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Bank of America eleva Brasil para 'overweight' em portfólio da América Latina
(Reuters) - Estrategistas do Bank of America elevaram para "overweight" a exposição a ações brasileiras em seu portfólio para América Latina, de acordo com relatório nesta sexta-feira, com rebaixou o Chile para "underweight".
"Tendo em vista as melhores perspectivas de crescimento e ruído político em outros países da região, estamos movendo o Brasil para overweight (de marketweight)", afirmaram David Beker e equipe.
"A maior volatilidade nos mercados globais e o sentimento de euforia continuam sendo os principais riscos", ponderaram.
Eles afirmaram que o seu foco é a reabertura no Brasil por meio de nomes de alta qualidade. "Gostamos do varejo tradicional, distribuição de combustível, construção e pagamentos."
O BofA acrescentou Natura&Co novamente em seu portfólio da América Latina (já estava no portfólio Brasil), bem como aumentou a exposição a grandes bancos já na carteira - Itaú Unibanco, Bradesco e também Banco do Brasil no portfólio Brasil.
Eles apostam na recuperação macro, dinâmica de lucros, valuation barato e desempenho inferior desde o início da pandemia. "Embora as histórias de reabertura e ações dos bancos tenham se recuperado amplamente no mês passado, elas continuam atrasadas desde o início da pandemia."
A equipe do banco norte-americano também disse que continua mais cautelosa em setores de maior risco, como serviços, companhias aéreas e shopping centers. Por fim, adicionou Energisa, buscando exposição à recuperação econômica do Brasil, enquanto BRF saiu após a alta recente.
Também afirmaram que continuam gostando de investimentos relacionadas à inflação conforme o mundo se reabre (commodities, Hypera, Carrefour).
Beker e equipe afirmaram manter a alocação em Vale citando o valuations, e que estão expostos ao petróleo por meio da Ecopetrol, bem como adicionaram Petrobras no Brasil à medida que o ruído político diminui. Também continuam com Grupo México, pois gostam da exposição aos preços do cobre.
Eles removeram a exposição à celulose devido à falta de catalisadores de curto prazo (excluindo Klabin no Brasil e a CMPC no Chile.
Na região, o corte do Chile a "underweight" (ante "overweight") ocorre após os resultados das eleições constitucionais e locais naquele país. México manteve a recomendação "overweight", assim como Colômbia continuou com marketweight.
Ação da BRF dispara após notícia de que JBS avalia contra-ataque a Marfrig
SÃO PAULO (Reuters) - As ações da companhia de alimentos BRF saltaram no início dos negócios na B3 nesta sexta-feira, após notícia de O Globo de que a rival JBS estuda um contra-ataque à Marfrig para supostamente avançar sobre o controle da dona das marcas Sadia e Perdigão.
Procurada, a JBS disse que não comenta especulações de mercado.
O movimento da JBS, maior produtora global de carnes, ocorreria depois de a Marfrig ter se tornado recentemente a maior acionista individual da BRF, num movimento que surpreendeu o mercado.
Por volta de 10:35, as ações da BRF desaceleravam os ganhos a 3,18%, negociadas a 28,84 reais. Na máxima, chegaram a 31,98 reais na máxima (+14,4%). JBS tinha elevação de 1,23% e Marfrig recuava 0,38%.
Eleito para Conselho de Segurança, Brasil defenderá paz e solução pacífica de controvérsias, diz Itamaraty
NOVA YORK (Reuters) - O Brasil vai buscar a defesa da paz e a solução pacífica das controvérsias em seu mandato de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para o qual foi eleito nesta sexta-feira pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, disse o Ministério das Relações Exteriores em nota.
"No Conselho de Segurança, o Brasil buscará traduzir em contribuições tangíveis a defesa da paz e da solução pacífica das controvérsias, dentre outros princípios inscritos na Constituição Federal de 1988 e na Carta das Nações Unidas. O país pretende, ainda, fortalecer as missões de paz da ONU e defender os mandatos que corroborem a interdependência entre segurança e desenvolvimento", disse o Itamaraty, em comunicado.
"O Brasil estará em posição privilegiada para atestar seu compromisso com a reforma do CSNU, para resguardar a legitimidade da atuação das Nações Unidas diante dos múltiplos e complexos desafios enfrentados pela comunidade internacional."
O Brasil foi eleito, juntamente com Albânia, Gabão, Gana e Emirados Árabes Unidos, para um mandato de dois anos que começa em 1º de janeiro de 2022. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, essa será a 11ª vez que o país integrará o mais importante órgão responsável pela segurança coletiva internacional.
"O resultado reflete o reconhecimento da histórica contribuição brasileira para a paz e a segurança internacionais", disse o Itamaraty.
PARTICIPAÇÃO
Todos os cinco países concorreram sem adversários a uma vaga no organismo de 15 membros, encarregado de manter a paz e a segurança internacionais. Eles substituirão Estônia, Níger, São Vicente e Granadinas, Tunísia e Vietnã.
As vagas são distribuídas a grupos regionais para garantir a representação geográfica, mas mesmo que os candidatos não tenham rivais em seus grupos, ainda precisam obter o apoio de mais de dois terços da Assembleia-Geral.
Gana recebeu 185 votos, o Gabão 183 votos, os Emirados 179 votos, a Albânia 175 votos e o Brasil 181 votos.
O Conselho de Segurança é o único órgão da ONU que pode tomar decisões legalmente vinculantes, como impor sanções e autorizar o uso da força. Ele tem cinco membros permanentes com poder de veto --Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia.
Ações europeias tocam máxima recorde com impulso de mineradoras e têm melhor semana desde início de maio
(Reuters) - As ações europeias atingiram uma máxima recorde nesta sexta-feira, impulsionadas pela esperança de que os principais bancos centrais continuarão com uma postura expansionista apesar dos sinais de aumento da inflação, enquanto uma recuperação das mineradoras impulsionou as ações do Reino Unido.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,63%, a 1.764 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,65%, a 458 pontos, sua sexta sessão consecutiva de ganhos, e encerrou a semana em alta de 1,1%, seu melhor desempenho semanal desde o início de maio.
As mineradoras saltaram 1,9%, elevando o FTSE 100 do Reino Unido depois que dados mostraram que a produção econômica britânica em abril foi 27,6% maior do que no ano anterior, um novo recorde.
As ações de viagens e lazer se recuperaram da queda da sessão anterior. A rede de hotéis espanhola Melia avançou 2,0% depois que seu presidente-executivo previu um retorno à lucratividade em junho, após 15 meses no vermelho.
O Banco Central Europeu elevou suas projeções de crescimento e inflação para a zona do euro na quinta-feira, mas prometeu um fluxo constante de estímulo durante o verão (no Hemisfério Norte), aliviando preocupações dos investidores com uma redução antecipada do apoio do banco.
Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,65%, a 7.134,06 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,78%, a 15.693,27 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,83%, a 6.600,66 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,31%, a 25.717,42 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,78%, a 9.205,00 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,82%, a 5.146,71 pontos.
Startup que usa psicodélicos para tratar depressão estima valer US$ 2,3 bi em IPO
(Reuters) - A Atai Life Sciences, apoiada pelo investidor bilionário Peter Thiel, disse nesta sexta-feira que quer levantar até 214 milhões de dólares por meio de uma oferta inicial de ações (IPO) nos EUA, visando uma avaliação de cerca de 2,3 bilhões de dólares.
A startup de biotecnologia com sede em Berlim, que explora o uso de tratamentos psicodélicos para transtornos mentais, disse que planeja vender cerca de 14,3 milhões de ações, com preço de 13 a 15 dólares cada.
Christian Angermayer, co-fundador da Atai, é um defensor de psicodélicos como a psilocibina, ingrediente ativo dos chamados cogumelos mágicos, para tratar depressão, ansiedade e transtornos mentais.
Lançada em 2018, a Atai arrecadou 362,3 milhões de dólares até agora, mostrou um documento regulatório.
Venda de café do Brasil avança a 40% da safra apesar de cautela com seca, diz analista
SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização de café da temporada 2021/22, com colheita em andamento no Brasil, atingiu 40% da produção potencial até 8 de junho, avanço de 6 pontos percentuais ante levantamento do mês anterior, apesar de produtores estarem mais cautelosos diante das preocupações com a quebra pela severa seca, avaliou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado.
O percentual de vendas é superior a igual período do ano passado, quando girava em torno em 34% da safra e também está bem acima da média dos últimos cinco anos para esta época (26%).
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, a justificativa para essa performance é a escalada dos preços, iniciada ao final do ano passado.
Mas agora o produtor "encurtou a mão" e reduziu o ritmo de venda da safra brasileira 2021, ressaltou o analista.
"Esse comportamento já é notado desde o início do ano, mas ganhou intensidade ao longo dos últimos dois meses. O clima ruim gerou medo em não cumprir os contratos de venda antecipada. E a escalada nas cotações fez crescer a aposta de alta. Isso tudo acabou afastando os vendedores do mercado", comentou.
Ao final de maio a Reuters informou que produtores de café do Brasil, maior fornecedor global da commodity, estão tentando renegociar contratos de venda com exportadores e operadores a preços mais altos, gerando na indústria temores de calotes, segundo profissionais do mercado.
De acordo com Barabach, da Safras, o produtor deve continuar administrando o seu fluxo de venda, particularmente nesse período de transição entre as safras.
"Até a primavera e as floradas da safra 2022 o mercado deve seguir favorável à estratégia de alongar posições, escalonando vendas. Já o recente ajuste na linha de preços e o gradual avanço da oferta nova no mercado não tem sido suficiente para mexer com o comportamento do vendedor, pelo menos, não por enquanto", disse o consultor em nota.
Até o início de junho, produtores tinham colhido cerca de 20% da produção da safra atual.
A comercialização de arábica segue como destaque, alcançando 43% da safra, bem acima da média para o período, que gira em torno de 27%.
"As vendas de conilon ganharam mais ritmo ao longo do último mês de maio, frente ao avanço da colheita e também diante da boa procura tanto de exportador como da indústria local pelo conilon", ponderou ele, observando que os negócios chegaram a 34% da safra.
A comercialização de café arábica e conilon do ciclo anterior atingiu 95% do total colhido até o dia 8 de junho, segundo a consultoria.
AgroGalaxy compra empresa de insumos Ferrari Zagatto por R$ 112,8 mi
SÃO PAULO (Reuters) - A plataforma AgroGalaxy anunciou nesta sexta-feira a aquisição de 80% do capital social da companhia paranaense de insumos Ferrari Zagatto, em um negócio de 112,8 milhões de reais, conforme comunicado ao mercado.
A operação e a assinatura do contrato foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração da empresa compradora, realizada na véspera.
O fechamento da transação está sujeito a condições precedentes, incluindo a obtenção de todas as aprovações regulatórias necessárias, dentre elas a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disse o comunicado.
"A conclusão da operação, quando do fechamento, representará mais um importante passo da companhia em sua estratégia de crescimento inorgânico e consolidação, através da aquisição de mais uma empresa ao grupo AgroGalaxy."
O AgroGalaxy é uma das maiores plataformas de varejo de insumos agrícolas do país, controlada pelo fundo de private equity Aqua Capital, com receita líquida de 4,5 bilhões de reais consolidada nos 12 meses encerrados em março.
Já a Ferrari Zagatto é uma rede que atua no varejo de insumos agrícolas com 14 lojas no Paraná e 9 silos. Em 2020, a receita auditada da empresa foi de 579 milhões de reais, com a venda de insumos representando 45% do total e a área de grãos com os 55% restantes.