Preços voltam a explodir em Chicago com importações da China. Olha o cavalinho passando aí de novo!!

Publicado em 27/05/2021 15:20 e atualizado em 27/05/2021 16:44
Edição do Tempo&Dinheiro desta 5a. feira, 27/maio/21, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Itaú eleva projeção para crescimento do PIB a 5% em 2021 e corta estimativa de desemprego

SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú Unibanco elevou de forma expressiva suas projeções para o desempenho do PIB em 2021, com normalização da taxa de poupança das famílias, forte retomada global com as commodities em ascensão e reabertura da economia brasileira em meio à expansão da vacinação.

O maior banco privado do país agora vê crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,0% em 2021, ante estimativa anterior de 4,0%. Para o primeiro trimestre, a previsão é de aumento de 0,6% na margem, enquanto entre abril e junho a atividade deverá agora crescer 0,6%, e não mais cair 0,1%.

O IBGE divulga o PIB do primeiro trimestre em 1º de junho.

O setor de serviços, o de maior peso no PIB, deverá mostrar recuperação mais forte no segundo trimestre, efeito do relaxamento em medidas de restrição a mobilidade. O banco projeta crescimento de 11,7% em abril e 30,9% em maio (com ajuste sazonal ante o mês anterior) para o componente de serviços prestados a famílias da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que tem relação importante com o PIB do setor.

Com base nos prognósticos para os dois primeiros trimestres do ano, o carrego estatístico para o crescimento de 2021 já será de +4,6%. Ou seja, mesmo se a atividade econômica ficasse estagnada no segundo semestre, o crescimento de 2021 já seria mais próximo de 5% do que de 4%, disse o banco.

Mas no segundo semestre o Itaú prevê crescimento de 0,7% do PIB em cada um dos trimestres.

"Avaliamos que o setor de serviços deve continuar crescendo ao longo do segundo semestre à medida que a vacinação avançar", disse o Itaú em relatório, que cita ainda a menor dependência das atividades de consumo de bens (vendas no varejo, produção industrial) a restrições de mobilidade.

"Tudo isto reforça nossa visão de que os efeitos econômicos de possíveis pioras da pandemia tendem a ser significativamente menores do que o observado na primeira onda."

Com a expectativa de atividade mais aquecida, o Itaú revisou ainda a projeção de taxa de desemprego ao final do ano de 12,7% para 12,3%. "Esta projeção envolve maior grau de incerteza do que o usual, porque implicitamente assumimos que os dados da Pnad Contínua ficarão mais consistentes com as nossas próprias medidas de evolução do mercado de trabalho."

O IBGE divulgou mais cedo que a taxa de desocupação chegou a 14,7% nos três meses até março, de 13,9% nos últimos três meses de 2020, atingindo 14,805 milhões de pessoas --a maior taxa de desemprego e o maior contingente de pessoas sem trabalho na série histórica.

Deral reduz projeção de 2ª safra de milho do Paraná para 10,3 mi t

SÃO PAULO (Reuters) - A segunda safra de milho 2020/21 do Paraná deverá ficar abaixo dos níveis projetados anteriormente, disse nesta quinta-feira o Departamento de Economia Rural (Deral), citando as condições de seca no Estado como principal motivo para o corte em sua projeção.

Segundo o órgão ligado ao governo paranaense, a chamada "safrinha" --principal do cereal no Brasil-- atingirá 10,3 milhões de toneladas, queda de 13% em relação ao ano anterior.

Em seu relatório de abril, o Deral estimava a segunda safra de milho desta temporada em 12,23 milhões de toneladas.

Diante dos danos causados pelo clima, os cortes na produção paranaense não devem parar por aqui, segundo o especialista em milho do Deral, Edmar Gervásio.

"O cenário não é dos melhores no sentido de abastecimento, produção bem menor que o esperado... É inevitável mais perdas nas próximas revisões", disse ele à Reuters.

"O principal fator é a estiagem que atingiu e atinge o Estado todo neste ano", acrescentou Gervásio, afirmando ainda que as perdas no campo já chegam a 30%.

Mais cedo nesta semana o Deral havia reafirmado a deterioração das condições.

O panorama negativo ocorre mesmo com um aumento de 8% na área plantada com a "safrinha" de milho no Estado, vista pelo departamento em 2,5 milhões de hectares, já que estiagem derrubou as perspectivas de rendimento, que figuram atualmente em 4.129 kg por hectare, ante 5.140 kg/ha na temporada passada.

O Deral ainda manteve praticamente estável sua estimativa para a safra de verão de milho do Paraná frente ao relatório de abril. A produção é vista em 3,1 milhões de toneladas, também uma queda de 13% no ano a ano.

A safra de soja 2020/21 foi projetada em 19,8 milhões de toneladas, também praticamente estável na comparação com o boletim de abril. Com isso, a produção da oleaginosa, cuja colheita já terminou, fica 5% abaixo da apurada em 2019/20.

Já a safra de trigo do Paraná, principal Estado produtor do cereal no Brasil, deverá atingir 3,8 milhões de toneladas, alta de 22% em relação ao ano anterior. A cultura de inverno está em fase de plantio.

Itaú BBA prepara criação de trading agrícola; anuncia contratação de ex-Cargill

SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú BBA prepara a criação de uma empresa de "trading" voltada ao setor agrícola no Brasil, disse o banco de investimentos nesta quinta-feira, ao anunciar a contratação de um ex-executivo da gigante norte-americana Cargill para o novo negócio.

O banco disse que o processo para a criação da companhia ficará a cargo de Daniel Erlich, que atuou por 18 anos como executivo da Cargill, onde chegou a ser diretor e responsável pela tesouraria do Banco Cargill, segundo informações de seu perfil no Linkedin.

"Daniel Erlich, ex-Cargill, vai liderar a montagem de uma trading que atuará no segmento Agro", afirmou o Itaú BBA em comunicado à imprensa.

A contratação de Erlich foi anunciada junto com a de outros executivos, que vão se somar aos negócios de banco de investimentos e corretora do banco.

O presidente do Itaú BBA, Flávio Souza, disse em nota que "essas áreas são alavancas de negócios prioritárias" para a instituição, que visa reforçar sua posição líder como banco de atacado.

Teresa Cristina cita Japão e Coreia entre prioridades em carne após novo status sanitário da pecuária

SÃO PAULO (Reuters) - Japão e Coreia do Sul estão entre os mercados que o Brasil deverá focar para ampliar suas vendas de carnes, após o reconhecimento nesta quinta-feira do status sanitário de área livre de febre aftosa sem vacinação para mais Estados da federação, segundo autoridades.

Esses mercados, que hoje já compram carne suína de Santa Catarina, desde 2007 o único Estado brasileiro com status internacional sanitário mais avançado, terão agora à disposição a produção da carne bovina de outras regiões do país, o maior exportador global desta proteína.

Rio Grande do Sul, Paraná, Rondônia, Acre e parte de Amazonas e de Mato Grosso foram reconhecidos nesta quinta-feira pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) como áreas livres de aftosa sem vacinação, e podem ser beneficiados por melhores preços pagos pela carne proveniente de tais áreas com esse status.

"Mercados novos, preços novos e o reconhecimento da qualidade dos nossos produtos", disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao fazer o anúncio ao lado de governadores de Estados com o novo reconhecimento.

A discussão sobre a abertura efetiva dos mercados, contudo, será feita com cada país e o setor privado, lembrou o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, em conversa com jornalistas por videoconferência.

"Abre negociação com cada país, quando falamos de áreas que não temos acesso, por exemplo, bovino, Japão e Coreia, se já existe negociação em andamento, agora vamos apresentar relatório, toda a documentação apresentada à OIE, e pede para fazer a análise e o reconhecimento", afirmou.

Ele explicou que alguns países demandam auditorias e verificação do sistema brasileiro, mas há casos, como o Canadá, no qual o Brasil tem equivalência sanitária, o que pode facilitar o processo.

"Para a carne suína, mercados já abertos, que já compram de Santa Catarina, vamos apresentar agora os demais Estados, principalmente Rio Grande do Sul e Paraná, na mesma condição de Santa, e pedindo aprovação do certificado", detalhou.

A remuneração da carne proveniente de animal sem vacinação é maior no mercado internacional, chegando a ser de 25% a 30% superior, disse a coordenadora de Produção Animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lilian Figueiredo, em uma nota nesta quinta-feira.

Ele lembrou que Japão e Coreia, além de Estados Unidos, México, Canadá, exigem que o Brasil não faça a vacinação --embora não cause problemas ao ser humano, a febre aftosa pode reduzir fortemente a produtividade de um rebanho.

"Abre negociação com cada país, o ritmo depende do tipo de avaliação que cada país vai fazer", acrescentou Leal.

Segundo ele, novos produtos, como carne com osso, para mercados já abertos podem ter avaliação mais rápida de alguns países com o novo status.

"Estamos trabalhando em várias frentes para garantir esta ampliação."

IMPACTO DE PREÇOS

Questionado sobre o impacto nos preços da carne, que já estão em patamares historicamente elevados, Leal comentou que o Brasil tem capacidade de aumentar a produção, e que na pecuária já há sinais de aumento de disponibilidade de gado após um ciclo de baixa oferta de animais para abate.

Ele disse ainda que a suinocultura está investindo para ampliar o plantel, mas admitiu que a questão do preço alto do milho e soja, principais insumos para a ração, é uma preocupação, não só no Brasil mas em outros países.

O secretário comentou que a ministra tem trabalhado uma série de pontos para permitir o crescimento sustentável da produção de grãos e amenizar a alta de custos dos insumos.

DEFESA SANITÁRIA

Segundo a ministra, que classificou a decisão da OIE como um "marco", a responsabilidade do serviço de defesa agropecuária aumenta com o reconhecimento de mais Estados como livres de aftosa sem vacinação e exigirá coordenação entre as federações para a garantia da sanidade do rebanho.

O secretário lembrou ainda que a pasta tem reiterado pedidos para a realização de novos concursos de fiscais agropecuários, e que o Ministério da Economia aguarda questões relacionadas à reforma administrativa para avançar com tais processos.

Com a liberação dos outros Estados, cerca de 20% do território nacional se torna livre de aftosa sem vacinação, gerando uma economia de aproximadamente 90 milhões de reais ao produtor rural, que não precisará mais vacinar o rebanho nestas áreas, segundo nota do Ministério da Agricultura.

As autoridades explicaram que, além dos Estados totalmente liberados, 14 municípios do Amazonas, na divisa com Acre e Rondônia, não precisarão do imunizante, algo que foi acertado considerando a dinâmica de movimentação de animais.

Esses municípios respondem por cerca de 70% rebanho do Amazonas. No caso de Mato Grosso, maior produtor de gado do Brasil, a parte liberada, perto de Rondônia, tem cerca de 350 mil bovinos, ou 1% do rebanho bovino do Estado.

Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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