Bolsonaro manda recado aos esquerdistas: "não ultrapassem a linha da Constituição; não permitiremos!"

Publicado em 17/05/2021 16:24
Edição do Tempo&Dinheiro desta 2a.feira, 17/maio/21, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

"Se o campo tivesse ficado em casa esse cara tinha morrido de fome"

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro chamou, nesta segunda-feira, de "idiotas" aqueles que defendem o isolamento social para combater a disseminação do coronavírus, apesar de a medida ser considerada por alguns especialistas como uma das principais armas para conter a Covid-19.

"Tem uns idiotas aí até hoje do fique em casa. Se o campo tivesse ficado em casa esse cara tinha morrido de fome", disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, ao agradecer o apoio que recebeu no fim de semana de produtores e representantes do agronegócio que participaram de ato em Brasília.

Desde o início da pandemia o presidente ataca medidas adotadas por governadores e prefeitos com base em recomendação científica para restringir a circulação e aglomerações de pessoas como forma de reduzir a transmissão do coronavírus.

Ao discursar no ato em seu favor no sábado, que provocou aglomeração, Bolsonaro disse que "não é ficando embaixo da cama em casa que vamos solucionar esse problema" da pandemia.

No início do mês, Bolsonaro ameaçou editar um decreto para "garantir o direito de ir e vir" e desafiou o Supremo Tribunal Federal (STF) na ocasião ao dizer que se o texto for publicado não seria contestado em "nenhum tribunal".

“Lula é o maior corruptor da história brasileira”, afirma Ciro (no Poder360)

Ciro Gomes (PDT) afirmou que o seu alvo na corrida eleitoral de 2022 é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eu vou pra cima dele [Lula], é o maior corruptor da história brasileira”, disse em entrevista publicada pelo jornal Valor Econômico nesta 2ª feira (17.mai.2021).

Para ele, o ex-presidente é “parte central da corrupção” e quer apenas voltar ao poder. “Lula se esforça para retomar o poder e eu, para recuperar o país. O povo vai arbitrar.”

Ciro também afirmou que existe a possibilidade de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não chegue ao 2º turno das eleições. De acordo com ele, “vai faltar chão” para alavancar a candidatura de Bolsonaro.

“Hoje, a tendência consistente é que Lula está em seu máximo e Bolsonaro, em processo de derretimento”, avalia o pedetista.

 

Pesquisa do PoderData realizada de 10 a 12 de maio mostra que Bolsonaro e Lula estão numericamente empatados na intenção de votos para o 1º turno das eleições de 2022. Cada um tem 32%. Ciro registra 6%.

Foram 2.500 entrevistas em 489 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Mas, para Ciro, a probabilidade de um 2º turno entre ele e o ex-presidente está crescendo. Ele também afirma que o governador João Doria (PSDB), um dos possíveis nomes da sigla tucana, não conseguirá avançar na disputa.

“Acho que [Sérgio] Moro e [Luciano] Huck não são candidatos. Nem Doria. Se ele for, será fragilizado porque está muito mal em São Paulo e nunca teve entrada no Brasil. O único organizado, com o partido harmônico, sem confusão, sou eu.”

Para isso, Ciro avalia que é necessário uma aliança com o centro. O pedetista afirma que está conversando com o DEM, apesar dos problemas internos do partido, como o rompimento do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele afirmou também que existe uma disputa entre o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e o presidente do partido, ACM Neto.

“Bolsonaro tenta apropriar-se do DEM em hostilidade ao ACM Neto. É disputa que está acontecendo. Onyx é do DEM. Vamos ver quem ganha“, afirma.

Além disso, Ciro afirma que já tem propostas para uma aliança com outros partidos.

“O PSD tem proposta formal para nossa aliança, além do PSB, PV e Rede. É com essa aliança que estou trabalhando“, afirmou. E completou: “Mas o Brasil não cabe na esquerda, nunca coube. Mas também não cabe na direita. O que precisamos é de uma aliança de centro-esquerda.“

Bolsonaro responde colunista da IstoÉ que o chamou de “babaca”

“Não jogo no time de vocês”, disse, "não adianta me cantar", disse em declaração nas redes sociais (poder360)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, respondeu nesta 2ª feira (17.mai.2021) texto publicado pelo colunista Ricardo Kertzman, da revista Isto É. No texto “Bolsonaro, além de brocha, deve ser gay ‘passivo’; só pode”, o presidente é chamado de “um tremendo babaca”. A publicação também faz referencias a declarações do chefe do Executivo e cita vários comportamentos hostis de Bolsonaro.

“Uma coisa é certa: homossexual latente ou não; brocha (ou meia-bomba) ou não, o presidente da República é, no mínimo, retrógrado, preconceituoso, inconveniente e infantil. É o tiozão do churrasco. Na verdade, é um tremendo de um babaca”, afirma o colunista.

No texto, é citada “a quantidade e frequência com que [Bolsonaro] repete piadinhas velhas e infantis sobre os gays”. Nesta 2ª feira, se comemora Dia Internacional da Luta contra a LGBTIfobia. A data marca a retirada da homossexualidade da lista internacional de doenças pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

“Não adianta tentar me cantar! Já disse que não jogo no time de vocês!”, escreveu o presidente em sua página no Twitter em resposta à publicação da revista.

Em seu texto, Kertzman faz referência ainda a tendência a “modos agressivos e gestos e palavras ameaçadores” do presidente. As recorrentes declarações de Bolsonaro sobre ser “imbrochável” também é mencionada. Nesta manhã (17.mai), o presidente repetiu a fala na saída do Palácio da Alvorada.

“Fique tranquilo. Já falei que sou ‘imorrível’, ‘imbrochável’ e também sou ‘incomível’”, disse Bolsonaro nesta 2ª quando questionado sobre sua saúde por apoiadores.

“Acho engraçado que maconha pode e cloroquina não pode”, diz Bolsonaro

Criticou projeto em discussão na Câmara; ICMS é “estupro” em Estados, diz (no Poder360)

O presidente Jair Bolsonaro conversou com apoiadores no Palácio da Alvorada nesta 2ª feira (17.mai)

O presidente Jair Bolsonaro conversou com apoiadores nesta 2ª feira (17.mai.2021) em frente ao Palácio da Alvorada. Criticou o PL (projeto de lei) 399/2015, que pretende regulamentar o cultivo de Cannabis para fins medicinais, e voltou a falar sobre a hidroxicloroquina.

“Isso aí [o PL 3999] é com o Parlamento. Se chegar para mim, eu veto. Engraçado, maconha pode e cloroquina não pode”, disse, depois de uma visitante do Palácio criticar o projeto.

“A esquerda sempre pega uma oportunidade para querer liberar as drogas”, completou o presidente.

A hidroxicloroquina, medicamento cuja eficácia contra a covid-19 não é comprovada por estudos científicos conclusivos, é um dos assuntos mais constantes na CPI (Comissão de Inquérito Parlamentar) da Covid no Senado. O colegiado apura omissões na condução da pandemia.

O relator do projeto de lei sobre medicamentos à base de Cannabis, deputado Luciano Ducci (PSB-PR), apresentou parecer favorável ao tema, que deve ser votado nessa 3ª feira (18.mai).

ICMS

Bolsonaro também falou com apoiadores sobre o projeto enviado pelo governo ao Congresso para fixar a cobrança do ICMS sobre o litro dos combustíveis nos Estados. Voltou a dizer que deve ser derrotado na Câmara.

“Tem Estado que é um estupro o ICMS, e o pessoal culpa a mim. Que o Estado cobre o que quiser, mas diga o que está cobrando. Quando aumenta a gasolina o pessoal me culpa, quando diminuo não baixa na ponta da linha”, disse.

Atualmente o imposto, que é estadual, incide sobre o preço do combustível (valor médio ponderado ao consumidor final, reajustado a cada 15 dias).

Em março, o governo zerou as alíquotas de impostos federais para o gás de cozinha e, pressionado por caminhoneiros, o PIS/Cofins para o diesel. No caso do diesel, a mudança durou 2 meses e acabou em abril.

Mercado aumenta previsão de crescimento da economia no ano para 3,45% (no POder360)

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 3,21% para 3,45%.

As estimativas estão no Boletim Focus desta 2ª feira (17.mai.2021), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos. Eis a íntegra (243 KB).

Para o próximo ano, a expectativa para PIB (Produto Interno Bruto) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2,38%, ante a previsão da semana passada de 2,33%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.

INFLAÇÃO

A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano subiu de 5,06% para 5,15%. Para 2022, a estimativa de inflação passou de 3,61% para 3,64%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

A estimativa para 2021 está próxima do limite superior da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

TAXA DE JUROS

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 5,5% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 6,5% ao ano. Na semana passada, a expectativa era 6,25% ao ano. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão permanece em 6,5% ao ano.

CÂMBIO

A expectativa para a cotação do dólar caiu de R$ 5,35 para R$ 5,30 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,35. A previsão anterior era R$ 5,40. Com informações da Agência Brasil.

Bolsonaro diz que deve levar ação ao STF para definir valor de ICMS sobre combustíveis

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação para definir um valor fixo em cada Estado para o ICMS que incide sobre os combustíveis, antecipando que deve sofrer uma derrota no Congresso na votação de um projeto de lei sobre o tema.

"Entramos com um projeto lá, pedimos urgência e acho que vou ser derrotado, para que cada Estado defina um valor fixo do ICMS... Como devo perder isso daí, só tenho um caminho, vou depender do STF. É o que temos no momento", disse Bolsonaro a apoiadores ao sair do Palácio da Alvorada nesta manhã, de acordo com vídeo divulgado nas redes sociais.

"Seria talvez uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) por omissão para a gente definir o preço do ICMS", afirmou.

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é calculado atualmente com um percentual em cima do valor cobrado pelas refinarias. A intenção do presidente com o projeto de lei enviado ao Congresso era que a cobrança passasse a ser feita com um valor fixo em reais, como a Cide, uma contribuição federal que também incide sobre os combustíveis.

Bolsonaro tem reclamado das críticas feitas ao governo federal pelo preço alto dos combustíveis, alegando que os governadores têm a maior responsabilidade devido ao ICMS.

Segundo Bolsonaro, não é possível saber qual a composição do preço do combustível em termos tributários atualmente, e a população coloca a culpa nele.

"Tem Estado que é um estupro o ICMS. E o pessoal me culpa. Então queremos a definição. O Estado cobra o que quiser, mas ele que diga o que está cobrando, porque hoje em dia você não sabe disso. Aí quando aumenta a gasolina o pessoal me culpa", afirmou.

O presidente lembrou ter reduzido por dois meses --a partir de março-- a incidência do PIS/Cofins sobre os combustíveis, mas disse que a medida não serviu para reduzir os preços "na ponta da linha".

Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters/Poder

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