Sobe-desce da soja na CME, sol torra o milho no PR e câmbio indefinido no BR.. e agora, o que fazer?

Publicado em 23/04/2021 16:06 e atualizado em 23/04/2021 18:26
Edição do Tempo&Dinheiro desta 6a.feira, 23 de abril/21, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Datagro passa a ver queda na produção de milho do Brasil; eleva estimativa para soja

SÃO PAULO (Reuters) - A safra total de milho do Brasil 2020/21 foi estimada nesta sexta-feira pela Datagro em 105,76 milhões de toneladas, o que representaria uma queda na comparação com a temporada anterior, que marcou um recorde de 106,8 milhões de toneladas, segundo números da consultoria.

No início do mês, a Datagro divulgou uma previsão de 109,31 milhões de toneladas para o milho. O corte ocorreu devido especialmente a uma expectativa de produtividade menor na colheita de inverno por questões climáticas.

"As maiores incertezas ainda ficam para a safra de inverno, em função da expectativa de chuvas mais escassas em abril e maio e da previsão de inverno mais rigoroso", disse em nota o coordenador de Grãos da Datagro, Flávio França Junior.

"Neste caso, já começamos a ajustar para baixo a produtividade na safrinha de milho, mas ainda trabalhamos com relativa normalidade para o trigo", acrescentou.

A consultoria disse ainda que a colheita da safra de verão de milho registrou um avanço melhor, mas segue com ritmo abaixo da média normal, tendo atingido até 16 de abril o patamar de 83% da área projetada, contra 76% na semana anterior, 96% em 2020 e 88% da média de 5 anos.

Já a produção de soja do Brasil deverá atingir um recorde de 136,14 milhões de toneladas em 2020/21, disse nesta sexta-feira a consultoria, elevando sua estimativa em relação aos 135,47 milhões de toneladas projetados no início de abril.

O volume, de acordo com a Datagro, representa um avanço de 6% frente à safra anterior.

A Datagro vê a área cultivada com a oleaginosa no país na atual safra em 38,90 milhões de hectares, mantendo a projeção realizada no início do mês, o que significaria um aumento de 4% na comparação anual.

A consultoria reportou colheita em 91,3% dessa área até 16 de abril, avanço de 4,1 pontos percentuais ante a semana anterior. Os trabalhos seguem atrasados na comparação com igual período da safra 2019/20 (95,4%) mas superam a média histórica de cinco anos (89,4%).

Alto custo do milho faz Brasil olhar para trigo como substituto na ração animal

SÃO PAULO (Reuters) - Uma alta expressiva no preço do milho tem feito com que grandes frigoríficos brasileiros se voltem ao trigo como um substituto do ingrediente na ração animal, de acordo com um representante da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Francisco Turra, que preside o conselho consultivo da entidade, disse à Reuters na sexta-feira que a demanda das empresas de carne está levando a um aumento nas intenções de plantio de trigo em seu Estado, o Rio Grande do Sul.

O trigo poderia substituir 100% do milho na alimentação de suínos e aves, disse ele. A indústria de carne fornece ração para os criadores de animais integrados.

Citando dados da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Turra disse que a área a ser plantada com trigo e outras culturas de inverno em 2021, a partir do próximo mês, pode crescer de 1 milhão de hectares para 1,4 milhão de hectares no Estado.

"A JBS e a BRF já anunciaram que vão comprar safras de inverno como trigo, triticale e cevada para usar como ração”, disse Turra. Ele afirmou que essas empresa já fizeram negócios para entrega futura.

A JBS e BRF não responderam a pedidos de comentários.

Os contratos futuros do milho nos EUA atingiram seu maior nível em quase oito anos esta semana na bolsa de Chicago, impulsionados por preocupações com a produção do milho de segunda safra no Brasil. O tempo frio nos EUA, que afeta a germinação da safra de 2021 do cereal, também ajudou a elevar os preços.

Os altos preços e os atrasos na segunda safra de milho do Brasil têm pressionado as margens dos frigoríficos, levando algumas empresas a buscar suprimentos no Paraguai e na Argentina enquanto a oferta está restrita no Brasil.

Esta semana, o governo suspendeu temporariamente tarifas de importação de soja e milho de países fora do Mercosul, o que significa que o Brasil também poderia importar milho de nações como EUA e Ucrânia.

No entanto, com a "paridade de importação" acima de 30 dólares por tonelada, comprar milho de fora do Mercosul ainda não faz sentido economicamente, disse um trader.

Usar o trigo como ração animal é comum no Canadá e na Rússia, que não produzem milho nem o importam, disse Turra, que foi Ministro da Agricultura entre 1998 e 1999.

Além de ser uma alternativa para frigoríficos nacionais, o trigo na ração poderia ainda alavancar o potencial produtivo das lavouras no Rio Grande do Sul, que produz apenas 1,09 safra de grãos por ano, enquanto alguns Estados brasileiros produzem três.

Segundo dados da Farsul, a área plantada com culturas de verão no Rio Grande do Sul monta a 6,6 milhões de hectares, cerca de 6 vezes maior que a área destinada às culturas de inverno.

Dólar emenda 4ª semana de queda e analistas veem cenário favorável ao real

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar quebrou uma sequência de sete quedas e fechou em alta nesta sexta-feira, mas ainda se manteve abaixo de 5,50 reais e engatou a quarta semana seguida de perdas, após dias de forte redução de posições pessimistas no mercado de câmbio doméstico com algum alívio decorrente do desfecho do Orçamento nas perspectivas fiscais.

A semana foi marcada por relatos de que governo e Congresso chegariam a um acordo sobre o controverso texto orçamentário, o que por si só já contribuiu para descompressão no câmbio. No fim, um consenso foi alcançado e, na noite da véspera, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei orçamentária de 2021, com bloqueios para garantir o cumprimento do teto de gastos.

Após quedas seguidas, o mercado recompôs nesta sexta parte das posições em dólar, mas longe de aproximar a moeda dos patamares mais altos recentemente alcançados. Sinal de que o otimismo prosseguiu, o Ibovespa fechou em alta de quase 1%, e as taxas de DI chegaram ao fim do dia em quedas de até 8 pontos-base.

Na véspera, o dólar caiu para 5,4558 reais, mínima em dois meses, o que foi considerado pelo Société Générale como um "short-squeeze" --um abrupto desmonte de posições vendidas num ativo (no caso, no real).

O banco avaliou que o recuo de 1,67% levou a moeda a quebrar uma linha ascendente de vários meses, o que aponta mais depreciação. "As próximas projeções indicam 5,37 reais/5,34 reais", disseram estrategistas do banco em relatório.

O dólar flertou na sessão passada com suas médias móveis lineares de 200 (em torno de 5,44 reais) e 100 dias (cerca de 5,43 reais). Um rompimento sustentado desses suportes pode acionar novas ordens de vendas, baixando ainda mais o preço da moeda.

De forma geral, analistas veem os sinais mais recentes do lado político-fiscal-sanitário como fatores de estabilização da taxa de câmbio, após a moeda brasileira chegar a amargar por várias vezes neste ano o título de pior desempenho global.

"A volatilidade do real segue elevada e descolada de seus pares. Esperamos que até o final do pagamento do auxílio emergencial, no mês de julho, o cenário se torne mais estável, suavizando a trajetória futura da cotação do real frente ao dólar", disseram em relatório Álvaro Frasson, Leonardo Paiva e Luiza Paparounis, do BTG Pactual.

O BTG projeta em seu cenário-base que o dólar fechará o ano em 5,40 reais, mas considera tendência de que a moeda se aproxime de 5,20 reais --taxa esperada dentro de seu cenário otimista.

Estrategistas do JPMorgan veem período de estabilização nas taxas de câmbio e juros no Brasil na comparação com seus pares emergentes, após performance aquém nos últimos meses.

Além do noticiário político-fiscal menos caótico, o banco norte-americano chama atenção para o efeito dos aumentos da Selic sobre a taxa de câmbio --o JPMorgan projeta nova elevação de 75 pontos-base no juro básico em maio.

"Estimamos que para cada 100 pontos-base de aumentos de juros no Brasil em relação aos emergentes um total de 2,3 bilhões de dólares em posições vendidas em real nos contratos cambiais na bolsa doméstica (B3) pode ser revertido, o que representa um significativo apoio à moeda brasileira."

Os estrategistas avaliaram ainda que, apesar da melhora recente, o real ainda não parece "esticado", o que manteria espaço para mais valorização.

O índice de força relativa do dólar/real para 14 dias --que mede quão rapidamente um ativo se movimentou em relação à sua média histórica-- caiu para 41,9 nesta sessão, ainda a alguma distância da marca de 30, abaixo da qual um ativo estaria excessivamente desvalorizado (no caso, o dólar).

Na outra ponta, valores próximos a 70 sinalizam excesso de valorização. No fim de março, o IFR-14 estava em quase 65.

Ibovespa fecha em alta com suporte de NY, mas termina semana com sinal negativo

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, endossado por Wall Street, em sessão de recuperação após três pregões de queda, mas sem conseguir recuperar os 121 mil pontos e acusando o primeiro desempenho semanal negativo desde o final de março.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,98%, a 120.538,61 pontos, de acordo com dados preliminares, encerrando a semana com perda de 0,48%. O volume financeiro somava 24,58 bilhões de reais.

Em Nova York, o S&P 500 fechou em alta, com dados sobre a indústria e o setor imobiliário dos Estados Unidos apoiando apostas de uma rápida recuperação econômica e expectativas otimistas para resultados de empresas de tecnologia na próxima semana.

Minério de ferro segue para 5ª alta semanal na esteira do preço recorde do aço

(Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro avançaram na Ásia nesta sexta-feira, a caminho de uma quinta semana consecutiva de ganhos, à medida que limites antipoluição à produção de aço afetam importantes produtores chineses e o fortalecimento da demanda global impulsiona os preços a patamares recordes.

O minério de ferro para setembro na Bolsa de Commodities de Dalian da China encerrou as negociações em alta de 1,2%, a 1.104,50 iuanes (170,11 dólares) a tonelada. O contrato mais ativo subiu 4,3% nesta semana.

Os preços do aço na Bolsa de Futuros de Xangai ampliaram os ganhos, com o vergalhão para construção subindo 1,7%, para 5.299 iuanes por tonelada, logo abaixo do recorde de 5.300 iuanes.

A bobina laminada a quente, usada em carrocerias de automóveis e eletrodomésticos, subiu 0,9%, para 5.590 iuanes por tonelada, após atingir um pico de 5.597 iuanes.

"Este é um ciclo altista clássico do mercado de aço", disseram analistas da J.P. Morgan em nota. "À medida que o mundo fora da China emerge da pandemia e reage às medidas de estímulo, a demanda está se recuperando em um ritmo acelerado."

Isso também é um bom presságio para a China, que é o maior exportador mundial de materiais de aço e produtos à base de aço.

As conversas sobre novas restrições à produção de aço na China também ajudaram os preços do aço a disparar na Ásia. Seguindo restrições na principal cidade siderúrgica de Tangshan, Handan implementará medidas de controle de produção em seus setores de aço e coque de 21 de abril a 30 de junho, informou o China Metallurgical News.

Usiminas vê tendência de alta em preços de aço no Brasil e setor industrial aquecido

SÃO PAULO (Reuters) - A Usiminas deve voltar a elevar preços de aço no Brasil nos próximos meses, diante do cenário ainda aquecido de demanda e recomposição de estoques de clientes aliado à alta do dólar contra o real e nos preços internacionais da liga, que mantêm negativa a diferença de valores entre o material importado e o produto nacional.

"A tendência de preços ainda é positiva para os próximos meses. O objetivo de prêmio da Usiminas é de algo em torno de 10% e atingimos isso ao longo do primeiro trimestre", disse o vice-presidente comercial da maior produtora de aços planos do país, Miguel Camejo, em videoconferência com analistas e investidores.

"Mas mercado continuou evoluindo e hoje estamos com paridade negativa em torno de 3% a 5%", acrescentou. Segundo ele, os preço de aço da Usiminas, controlada pelos grupos Ternium e Nippon Steel, já foi 5% maior no fim de março que a média do primeiro trimestre.

O presidente da entidade que representa distruibuidores de aços planos, Inda, Carlos Loureiro, afirmou nessa semana que desde o início do ano, os reajustes nos preços de aço das usinas ao setor somam cerca de 35%, com o mais recente de entre 10% a 12%. No ano passado, os preços do aço ao segmento subiram cerca de 90%.

Mais cedo, a companhia divulgou resultado trimestral recorde, impulsionado pelas altas de preços nos meses anteriores e por aumento da demanda. Mas as ações da empresa recuavam cerca de 2% às 13h20, enquanto o Ibovespa tinha ganho de 0,7%.

O vice-presidente de finanças da companhia, Alberto Ono, afirmou que a Usiminas segue com foco em gerar caixa para bancar investimentos maiores neste e nos próximos anos e em redução de sua dívida total, apesar da alavancagem da companhia ter se mantido em 0,3 vez ao fim de março. Em razão dessas prioridades, a Usiminas pretende manter a política de pagamento de dividendos de 25%, o mínimo obrigatório, disse Ono.

O investimento previsto para 2021 é de 1,5 bilhão de reais e para 2022 Ono avalia que a cifra será semelhante, apesar da empresa não ter concluído o orçamento. Nos planos da companhia está a reforma geral do alto-forno 3 da usina de Ipatinga, que deve começar em meados do próximo ano, um projeto de cerca de 2 bilhões de reais. Em 2020, a Usiminas investiu cerca de 800 milhões de reais.

"Teremos nos próximos anos um nível de investimentos bastante elevado em relação ao que fizemos nos últimos quatro a cinco anos", disse Ono.

Apesar dessa expectativa de aumento nos investimentos, os executivos não mencionaram quando poderia ocorrer uma reativação da produção de aço da usina da empresa em Cubatão (SP), parada desde 2015 por falta de demanda. Mas reafirmaram plano de religamento de alto-forno 2 de Ipatinga em junho, marcando uma completa reversão da postura pessimista do ano passado, quando a empresa abafou dois dos três alto-fornos da usina mineira em resposta à repentina e forte queda da demanda gerada pelo choque inicial da pandemia no país.

Por causa da produção maior, que exige mais estoques de matéria-prima e produto acabado com preços mais altos, a companhia espera que a linha de capital de giro, uma das principais do balanço de qualquer companhia, siga aumentando no segundo trimestre, disse Ono.

No primeiro trimestre, o nível de capital de giro da Usiminas disparou 67% em relação aos três últimos meses de 2020 e foi 12% maior que no início do ano passado, atingindo quase 5 bilhões de reais.

"Isso basicamente foi efeito dos maiores volumes de vendas e preços maiores...A nossa inadimplência está quase zero", disse Ono. Ele explicou que a empresa elevou os estoques de aço em 22% sobre o fim de 2020, para 728 mil toneladas, enquanto no contas a receber houve incremento de cerca de 900 milhões de reais.

O giro do estoque de aço foi de 52 dias no trimestre encerrado em março ante 48 dias no quarto trimestre, patamar que já era considerado muito baixo pela empresa.

SP caminha para primeira queda na média semanal de mortes por Covid em dois meses

SÃO PAULO (Reuters) - O Estado de São Paulo caminha para a primeira queda na média de mortes diárias por Covid-19 em dois meses na semana epidemiológica que se encerra no sábado, mostraram dados da Secretaria de Saúde paulista nesta sexta-feira.

Até a quinta-feira, a 16ª semana epidemiológica do ano, iniciada no domingo e que termina no sábado, o Estado registrou, em média, 621 mortes por dia, uma queda de 23,6% se comparado com a média de 813 mortes por dia na semana anterior.

A última semana em que houve queda na média diária de mortes em relação à semana anterior foi a sétima semana epidemiológica, entre os dias 14 e 20 de fevereiro.

"Por dois meses é a primeira vez que nós temos uma redução concomitante dos três índices: casos, internações e óbitos", disse o secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

"É importante lembrar que nós já vínhamos apresentando uma queda há quatro semanas das internações. É a nossa primeira vez, neste período, com a queda de óbitos", acrescentou.

Também de acordo com os dados da secretaria, a ocupação nos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) está em 81,1%, depois de chegar a 92,3% no início deste mês.

A queda na média diária de mortes acontece em um momento em que o governo do Estado flexibiliza as medidas de restrição para conter a disseminação do coronavírus.

A partir de sábado, restaurantes, salões de beleza e barbearia e atividades culturais poderão voltar a atender presencialmente com 25% da capacidade das 11h às 19h, enquanto as academias de ginástica poderão funcionar com a mesma capacidade durante oito horas, desde que no período entre 6h e 19h. Parques estaduais e municipais também reabrirão e funcionarão das 6h às 18h.

Gastos com pandemia fora do teto em 2021 já somam R$103 bi, diz Funchal

BRASÍLIA (Reuters) - O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, disse nesta sexta-feira que as despesas com o enfrentamento à pandemia este ano já somam 103 bilhões de reais, valor que pode subir com a aprovação de novos gastos para a saúde.

Esses valores estão excluídos dos limites do teto de gastos do governo.

O valor inclui 88 bilhões de reais em despesas já contratadas --sendo 44 bilhões de reais com o auxílio emergencial e parte em restos a pagar do ano passado-- mais 10 bilhões de reais estimados com a reedição do programa BEm e 5 bilhões de reais com o Pronampe.

"Aí você tem um pouco de saúde, ou seja, o que vem de saúde. Aí tem que analisar os pedidos referentes à pandemia", afirmou Funchal.

Essas despesas serão cobertas por crédito extraordinário e não serão computadas no cálculo da regra do teto de gastos, mas são gastos primários que têm impacto sobre a dívida pública.

Anvisa marca reunião para 2ª para avaliar importação da vacina Sputnik V

BRASÍLIA (Reuters) - A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) marcou para as 18h de segunda-feira uma reunião extraordinária com o objetivo de avaliar pedidos de importação da vacina russa contra Covid-19 Sputnik V feita por Estados e municípios.

"A data da reunião foi marcada em razão do prazo de 30 dias definido pela lei, e confirmado pelo STF, para que a Anvisa avalie os pedidos de importação de vacinas para Covid sem registro", informou o órgão regulador.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), já concedeu liminar a diversos Estados para determinar que a Anvisa decidisse em até 30 dias sobre uma autorização excepcional para importação da vacina russa sob pena de liberar seu uso.

Entretanto, nesta semana, a agência chegou a pedir a suspensão deste prazo ao Supremo sob a alegação --lastreada em laudos produzidos pela sua área técnica-- de que havia “pontos críticos” referentes à demonstração de eficácia e segurança da Sputnik V.

Em meio ao atraso na vacinação no país, governadores trabalham para ampliar a oferta de imunizantes contra Covid-19.

Na próxima terça-feira a Anvisa fará outra reunião, às 15h, para apreciar o pedido de uso emergencial da combinação dos medicamentos biológicos banlanivimabe e etesevimabe, do laboratório Eli Lilly do Brasil Ltda, no tratamento de Covid-19.

Segundo a Anvisa, haverá ainda na quinta-feira, às 10h, uma reunião em que discutirá assuntos relacionados à área de regulação do órgão. Não foi informado, de antemão, quais seriam.

Preços do petróleo sobem com sinais de recuperação, mas Covid-19 preocupa na Ásia

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo avançaram nesta sexta-feira, apoiados por dados econômicos positivos dos Estados Unidos e Europa, embora a disparada no número de casos de coronavírus na Índia continue pressionando as cotações.

O petróleo Brent fechou em alta de 0,43 dólar, ou 0,7%, a 65,83 dólares por barril. Já o petróleo dos EUA (WTI) avançou 0,63 dólar, ou 1,1%, para 66,11 dólares o barril.

Na semana, porém, ambas as referências acumularam perdas de cerca de 1%, devido ao novo aumento das infecções na Índia e no Japão, terceiro e quarto maiores importadores de petróleo do mundo, respectivamente.

"Essa consolidação dos preços acontece depois de um forte período de quatro meses de altas, que foi amplamente baseado no progresso da vacinação dos EUA --que, por sua vez, forçou algumas revisões positivas nas estimativas para a demanda global ao longo deste ano", disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates em Galena, Illinois.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro registrou uma recuperação mais forte do que o esperado em abril, e mais países europeus começaram a flexibilizar lockdowns. A França anunciou que escolas reabrirão na segunda-feira.

Dados dos EUA levaram ainda mais otimismo ao cenário, uma vez que o número de norte-americanos que entraram com pedido de auxílio-desemprego atingiu uma mínima de 13 meses na semana passada.

"Os PMIs na Europa vieram realmente em nível muito alto, especialmente depois do forte relatório de desemprego dos EUA", opinou John Kilduff, sócio da Again Capital em Nova York.

Wall St tem rali com fortes dados econômicos; tecnologia entra no foco

(Reuters) - Os mercados acionários dos Estados Unidos subiram nesta sexta-feira, levando o S&P 500 para perto de uma máxima recorde de fechamento, depois que dados fabris e de vendas de novas moradias reforçaram leitura de uma economia em expansão, enquanto as ações de grandes empresas de tecnologia avançaram, com o mercado à espera de fortes balanços trimestrais a serem divulgados na próxima semana.

A recuperação dos índices ocorreu após uma liquidação na quinta-feira, quando relatos de que o presidente dos EUA, Joe Biden, planeja quase duplicar o imposto sobre ganhos de capital assustaram investidores. De forma geral, analistas minimizaram os declínios da sessão anterior e os classificaram como uma reação automática, preferindo se concentrar em fortes perspectivas.

Com a alta dos três principais índices de Wall Street, o índice de volatilidade da CBOE --conhecido como índice "do medo"-- despencou cerca de 10%, sinal de diminuição da ansiedade de investidores quanto aos riscos à frente.

Segundo dados preliminares, o Dow Jones subiu 0,66%, para 34.040,28 pontos, e o S&P 500 ganhou 1,08%, para 4.179,73 pontos. O Nasdaq teve alta de 1,43%, aos 14.016,06 pontos.

Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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