Safra de soja exuberante garante boas notícias para o Brasil neste ano (apesar da Covid em Manaus)

Publicado em 08/02/2021 15:34
Edição desta 2a.-feira, 8 de fevereiro/21, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Colheita de soja do Brasil atinge 4% da área e atraso persiste, diz AgRural

SÃO PAULO (Reuters) - O tempo mais firme em parte do Centro-Oeste do Brasil permitiu que a colheita da safra de soja 2020/21 evoluísse com ritmo um pouco melhor na semana passada, deixando a área colhida em 4% do total cultivado, mas ainda com forte atraso na comparação com a média histórica, informou a consultoria AgRural nesta segunda-feira.

Até a semana anterior, produtores tinham colhido somente 2% da área. Na mesma época da safra passada, a colheita de soja havia atingido 16%.

Apesar do avanço, disse a AgRural, o índice colhido no Brasil segue como o menor para esta época do ano desde a temporada 2010/11.

"No Sul, as chuvas da semana passada favoreceram o desenvolvimento das lavouras do Rio Grande do Sul. Mas, ainda que um pouco menos volumosas e constantes, as precipitações ainda dificultaram o avanço da colheita nas poucas áreas do Paraná e de Santa Catarina que já estão prontas", afirmou a consultoria em nota.

Há problemas de qualidade que persistem nas lavouras do Sul --por enquanto, restritos a talhões semeados em setembro, quando as regiões produtoras ainda passavam por uma estiagem.

"O tempo mais seco previsto para os próximos dias deve favorecer a perda de umidade e o avanço da colheita", estimou a consultoria, ainda sobre os Estados do Sul.

A AgRural também alertou que chuvas abaixo do normal registradas até a semana passada inspiram cuidado em pontos de Minas Gerais, Goiás e do Matopiba --região composta pelo Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

Além disso, a consultoria afirmou que, com poucas áreas de soja já prontas para a colheita e os produtores de Mato Grosso ainda focados na semeadura do algodão, que também está atrasada, o plantio da segunda safra de milho chegou na última quinta-feira a 3,4% da área prevista para o centro-sul do Brasil.

Trata-se de um atraso considerável, visto que este percentual estava em 23% das áreas um ano antes.

Luiz Fernando Munaretto mostra a recuperação da soja em Charruas (RS)

Wall St bate máximas recordes com apostas em estímulos

(Reuters) - Os principais índices de Wall Street alcançaram máximas históricas nesta segunda-feira, com investidores apostando na esperança de que um pacote de alívio fiscal e uma vacinação global levarão a uma rápida recuperação econômica.

Os preços do petróleo atingiram o valor mais alto em mais de um ano, elevando as ações do setor de energia em 2,2%, a maior alta entre os principais índices setoriais do S&P.

Os setores imobiliário, de serviços públicos e de consumo básico --considerados defensivos-- tinham desempenho inferior.

O S&P 500 e o Dow Jones subiam pela sexta sessão consecutiva, mais longa sequência de ganhos desde agosto, também ajudados por balanços trimestrais positivos.

Walt Disney Co, Cisco Systems Inc e General Motors Co ganhavam entre 2,2% e 3,5%, antes da divulgação de seus relatórios.

O sentimento também era impulsionado pelo comentário da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, no domingo, de que, se o Congresso aprovar o plano de ajuda de 1,9 trilhão de dólares, o país voltaria ao pleno emprego no próximo ano.

O Congresso aprovou na sexta-feira um plano orçamentário que permitiria que um projeto de lei de alívio ao coronavírus fosse aprovado nas próximas semanas sem o apoio republicano.

"Agora temos uma situação em que os democratas não precisam da aprovação republicana para seguir em frente com o pacote de estímulo de 1,9 trilhão de dólares", disse Thomas Hayes, gerente da Great Hill Capital LLC, em Nova York.

Às 12:57 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,45%, a 31.289 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,532825%, a 3.908 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 0,68%, a 13.950 pontos.

Estudo indica que vacina da Pfizer é eficaz contra 3 variantes do coronavírus

  Poder360

Estudo publicado na revista Nature Medicine nesta 2ª feira (8.fev.2021) indica que a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 é eficaz contra 3 variantes do novo coronavírus. Nos testes, tanto as mutações presentes nas variantes da África do Sul, do Reino Unido e do Brasil foram neutralizadas pelo imunizante.

O estudo foi realizado pela Pfizer e pela Universidade do Texas. Os pesquisadores colheram amostras de 20 pessoas que foram vacinadas com as duas doses do imunizante. Essas amostras foram expostas às variantes do coronavírus.

As conclusões do estudo são consideradas limitadas porque mutações específicas foram monitoradas. e não todo o conjunto de alterações entre as versões do vírus. No entanto, os genes que foram analisados pelos pesquisadores são exatamente aqueles que estão associados a uma maior capacidade de transmissão e de enfraquecimento da resposta imunológica.

 

 

Cada uma dessas mutações são encontradas na variante África do Sul e na do Reino Unido. A variante brasileira concentra as duas mutações em uma única mutação, mas ainda assim a vacina da Pfizer/BioNTech se mostrou eficaz nos testes do estudo norte-americano.

Um ponto de atenção, segundo os cientistas, foi a resposta imunológica à mutação E484K, que pode ser encontrada nas variantes da África do Sul e do Brasil. Segundo os dados, o soro humano já vacinado produziu uma quantidade um pouco menor de anticorpos do que o normal ao entrar em contato com essa variante.

Isso significa que a capacidade de proteção pode ser um pouco menor, ainda que tenha permanecido dentro dos limites aceitos. Essa mutação é identificada exatamente por essa capacidade de enfraquecer a proteção do corpo humano.

Dessa forma, os pesquisadores alertam que é necessário continuar a monitorar a eficácia das vacinas, assim como identificar as mutações significativas do coronavírus que possam resultar em novas variantes. Outros estudos para avaliar a eficácia de outras vacinas já estão em andamento, como a pesquisa preliminar que fez a África do Sul suspender a vacinação com o imunizante da AstraZeneca/Oxford.

 

Lira defende auxílio "viável" e diz que vacinação é saída para crise

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta segunda-feira que irá trabalhar por solução "viável" para a concessão de auxílio emergencial para os vulneráveis dentro do teto de gastos e voltou a defender a vacinação como instrumento de enfrentamento da crise provocada pela pandemia de coronavírus.

Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), assumiram o comando das duas Casas do Congresso na última semana com a promessa de uma atuação coordenada com o Executivo e bastante ênfase na necessidade de uma renda emergencial aos mais atingidos pelos efeitos da pandemia de Covid-19, mesmo diante das dificuldades fiscais que se desenham para este ano.

"Vamos com o Senado e o Executivo discutir e construir uma política de auxílio viável para quem mais precisa. Devemos incluir também crédito para apoiar quem gera emprego. Sempre respeitando o teto", publicou o deputado em seu perfil do Twitter.

"Mas está cada vez mais claro que a porta de saída da pandemia é acelerar a vacinação", completou, na publicação.

Ainda que conte com a simpatia do governo --o Palácio do Planalto trabalhou por sua eleição à presidência da Câmara-- Lira tem ressaltado a necessidade da vacinação, discurso que destoa da posição adotada pelo próprio presidente, Jair Bolsonaro, há algumas semanas. O presidente em diversas ocasiões desdenhou da eficácia da imunização e chegou a afirmar que não iria se vacinar.

Mais cedo, em vídeo de conversa com seus apoiadores na saída do Palácio da Alvorada publicado nas suas redes sociais, Bolsonaro abordou o tema do auxílio emergencial e afirmou que deve debatê-lo com Lira nesta segunda ou na terça-feira. O presidente não deixou de ressaltar, no entanto, o contexto de dificuldades econômicas enfrentadas pelo país.

"A economia está cambaleando. Está saindo do sufoco pela política do fique em casa... muita gente perdeu emprego, perdeu o ganha-pão. O auxílio emergencial tem limite... já se fala em novas parcelas do auxílio", disse o presidente.

Bolsonaro citou a inflação dos produtos da cesta básica e a perda do poder de compra dos mais pobres, acrescentando que é necessário "buscar uma solução para isso". Destacou, no entanto, que essa equação "não passa apenas pelo presidente".

"Hoje conversei com o novo presidente da Câmara, devemos nos encontrar nas próximas horas, no máximo amanhã. Quer resolver também. Mas são soluções que não são fáceis", afirmou.

Pacheco e Lira já tiveram uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na última semana, para discutir o assunto. Na ocasião, segundo relato do presidente do Senado, o ministro teria se mostrado receptivo ao desejo do Congresso de aprovar medida nesse sentido e aventou-se a possibilidade de retomada do auxílio emergencial, mas abarcando menos pessoas do que o executado em 2020.

Bolsonaro diz que quer fechar nesta 2ª proposta para reduzir imposto sobre combustíveis

  

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende bater o martelo nesta segunda-feira, em reunião com a equipe econômica, sobre medidas para reduzir o valor do PIS/Cofins cobrado sobre o combustível.

Em vídeo de conversa com seus apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, publicado nas suas redes sociais, Bolsonaro voltou a dizer que não tem influência sobre os preços praticados pela Petrobras, precisa seguir as leis e não quer ser ditador.

"O imposto federal é alto, o estadual é alto, a margem de lucro das distribuidoras é grande e dos postos também é grande. Então está todo mundo errado no meu entendimento. Pode ser que eu esteja errado", disse o presidente. "Como diminuir isso? Hoje tenho uma reunião com a equipe econômica para ver, mais uma vez, para ver se bate o martelo. Queremos diminuir os impostos federais."

Preocupado em desfazer a imagem que poderia interferir na política de preços da Petrobras para baixar o valor do litro do diesel, Bolsonaro voltou a dizer que a empresa mantém a política atrelada aos valores internacionais e que ele não tem poder para interferir nisso.

"Não é novidade para ninguém, está previsto outro reajuste de combustíveis para os próximos dias. Vai ser uma chiadeira, com razão? Vai. Eu tenho influência sobre a Petrobras? Não", afirmou. "Aí o cara fala, você é presidente do quê? Olha, votaram em mim, atrás de mim tem um montão de lei aí. Ou eu cumpro a lei ou vou ser ditador. E para ser ditador vira uma bagunça o negócio. Ninguém quer ser ditador, não passa pela cabeça da gente."

O novo reajuste para as refinarias foi anunciado na manhã desta segunda pela Petrobras, e será de 0,17 real por litro para gasolina, 0,13 real para o diesel e de 0,14 por quilo para o gás GLP.

Na última sexta-feira, depois de uma reunião com ministros envolvidos no tema, Bolsonaro anunciou que o governo estava procurando formas de reduzir o valor do PIS/Cofins, imposto federal, sobre os combustíveis, e que também iria propor um projeto de lei para alterar a forma de cobrança do ICMS, um imposto estadual.

Bolsonaro quer que os Estados façam um valor fixo por litro ou um percentual cobrado sobre o combustível nas refinarias, e não nas bombas, como hoje.

A proposta do governo de mexer no ICMS incomodou os governadores, que alegam não ter margem nas receitas estaduais hoje para alterar impostos.

Bolsonaro afirma que não quer intervir no ICMS, mas que é preciso trabalhar em conjunto e não se pode colocar a responsabilidade apenas no governo federal.

"Quando é que nós todos --eu, governadores, distribuidoras, donos de postos-- vamos tomar uma providência para isso? Será no momento pacífico ou no momento conturbado? Para mim sairia a partir de agora. Espero sair um bom entendimento da reunião da equipe econômica hoje, quem sabe convidar os governadores... eu não quero intervir no ICMS, não é verdade isso", afirmou.

    

Cientistas que previram colapso em Manaus alertam para terceira onda e pedem lockdown (no Estadão)

Segundo eles, região pode ser responsável por crise sanitária em todo o território nacional e facilitar o surgimento de novas cepas

A mesma equipe de cientistas que previu, em artigo publicado em agosto na Nature, o segundo colapso na saúde em Manaus por causa da covid-19, aponta agora para um terceira onda do coronavírus na região. Segundo os pesquisadores, o Estado do Amazonas corre o risco de espalhar a crise sanitária para todo o território nacional caso autoridades não imponham lockdown com pelo menos 90% da população isolada e vacinação em massa mais acelerada do que no resto do País. 

“Sem o isolamento social adequado, Manaus deve enfrentar uma terceira onda ainda em 2021. É necessária uma fiscalização forte da polícia para garantir o fechamento de Manaus. Além disso, é impensável a volta às aulas presenciais para qualquer local do Brasil neste momento, justamente para impedirmos o espalhamento da variante que surgiu no Amazonas.  (LEIA mais no Estadão). 

Produtores de Ponta Grossa/PR aproveitam parada da chuva para aplicar defensivos e conduzir final da safra

Gustavo Ribas Netto - Presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa/PR

Excesso de precipitações causou problemas de desenvolvimento e abortamento de vagens no município, além de aumentar a incidência de Ferrugem Asiática e Oídio, impossibilitando a entrada nas lavouras para aplicações. Produtividade média deverá ser menor do que a da safra passada, mas expectativa é para bons preços de venda da oleaginosa.

(seguem imagens do Charruas e Condor (RS) + colheita no oeste de S. Catarina (7/2/2021)

      

 

Lira defende auxílio "viável" e diz que vacinação é saída para crise

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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