Vacinação no Brasil começa dia 20; Nos EUA, Biden injeta US$ 2 trilhões na economia; mercado faz festa!

Publicado em 14/01/2021 15:09 e atualizado em 14/01/2021 19:39
Edição do Tempo&Dinheiro desta quinta-feira, 14 de janeiro de 2021, com João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Otimismo com pacote de US $ 2 tri nos EUA faz Ibovespa retomar os 123 mil pontos

SÃO PAULO (Reuters) - Expectativas em torno de um novo pacote de estímulo de 2 trilhões de dólares nos Estados Unidos colocaram investidores de volta à ponta compradora de ações pelo mundo, inclusive no B3, cujo principal índice recuperou o nível dos 123 mil pontos.

Apoiado no avanço robusto das ações de maior peso da carteira, o Ibovespa avançou 1,27% nesta quinta-feira, aos 123.480,52 pontos. O giro financeiro da sessão somou 30,6 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, tanto a expectativa de anúncio do pacote pelo presidente eleito dos EUA, Joe Biden, quanto às notícias de campanhas de vacinação pelo mundo contra Covid-19 reforçaram apostas de recuperação da economia global, inflando os ativos financeiros.

"A leitura é de que, com essa combinação, o crescimento econômico global já está contratado", disse o Sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane.

No caso brasileiro, porém, após o Ibovespa ter experimentado um rali de 33% em pouco mais de dois meses, para novas máximas históricas no início deste mês, como ações brasileiras ficam mais vulneráveis ​​a correções maiores.

A não ser, é claro, que o fluxo siga positivo no curto prazo como tem sido em janeiro. Só nas primeiras sete escolas de janeiro, o ingresso líquido de recursos no mercado à vista da Bovespa já supera 15 bilhões de reais.

Wall St cai conforme investidores ponderam esperanças de estímulo e dados sombrios de emprego

NOVA YORK (Reuters) - Wall Street encerrou em baixa nesta quinta-feira, depois de dar meia-volta ao fim da sessão, conforme notícias surgiam sobre a proposta de alívio pandêmico do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, seguindo-se a dados de mais cedo que mostravam um mercado de trabalho enfraquecido.

O relatório semanal de desemprego do Departamento do Trabalho do país conhecido que o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego pela primeira vez aumentou mais do que o projetado na semana passada, destacando o impacto do ressurgimento dos casos de seleção pela Covid19.

Embora o S&P 500 tenha perdido o ímpeto ao fim do dia, o índice passado a maior parte da sessão em território positivo, já que os investidores contavam com a revelação de um plano de estímulo de Biden, que poderia ultrapassar o valor de 1,5 trilhão de dólares.

"Há um cabo de guerra entre as perspectivas de mais estímulos fiscais, como resultado do controle democrata do Senado, e um mercado de trabalho que ainda tem um longo caminho a percorrer antes de se recuperar", disse Emily Roland, estrategista-chefe de investimentos da John Hancock Investment Management. "Você tem essas competências em ação que estão mantendo o alcance dos mercados limitados."

Mas Roland observou que dados decepcionantes do emprego podem fornecer "mais combustível para Biden potencialmente vender esse plano".

"Todo mundo está esperando para ouvir os detalhes ... Seja um trilhão de dólares ou dois trilhões de dólares, é uma enorme quantidade de estímulo fiscal", disse ela.

Mencionando duas pessoas familiarizadas com os planos, o "The New York Times" informou que o Biden deve revelar nesta quinta-feira um pacote de gastos de 1,9 trilhão de dólares.

Depois de ambos os índices tocarem máximas gravações no início da sessão, o Dow Jones encerrou em queda de 0,22%, aos 30.991,52 pontos, enquanto o Nasdaq teve queda de 0,12%, aos 13.112,64 pontos.

O S&P 500 perdeu 0,38%, aos 3.795,54 pontos.

Chuvas beneficiam lavouras de soja e milho da Argentina

BUENOS AIRES (Reuters) - As lavouras argentinas de soja e milho foram beneficiadas com chuvas recentes e há expectativa de novas precipitações que melhorar lentamente os ganhos das safras, depois que as culturas foram ameaçadas por um clima seco no início da temporada, especialistas especializados locais nesta quinta-feira.

As preocupações sobre a quebra de produção no terceiro maior país exportador de milho e líder em farelo de soja, em meio ao aperto na oferta global de grãos e oleaginosas, levaram os futuros de referência do cereal, da oleaginosa e do trigo aos níveis mais altos na bolsa de Chicago desde pelo menos 2014.

A crescente demanda por grãos para ração na China, o maior importador mundial de commodities, impulsionou ainda mais o rali.

As colheitas foram ajudadas por nuvens espalhadas nos últimos dias e há expectativas de mais chuvas. Resta saber se como próximo chuvas será suficiente para proporcionar bons produtos agrícolas.

"As chuvas proporcionaram algum alívio, mas a situação ainda não é a ideal", disse German Heinzenknecht, especialista em clima da consultoria local Climatologia Aplicada.

"O abastecimento de água continua apertado, embora esperemos chuvas no fim de semana em grandes partes do cinturão agrícola, concentradas em áreas ao norte como o centro-norte de Santa Fé, norte de Córdoba e norte da província de Buenos Aires", disse ele à Reuters.

A safra de trigo da Argentina é estimada em 17 milhões de toneladas, acima dos 16,5 milhões resultados em dezembro, graças aos recordes na província de Buenos Aires, disse a bolsa de grãos de Rosário na quarta-feira. A bolsa espera 47 milhões de toneladas de soja nesta safra e 46 milhões de toneladas de milho.

"Esperamos chuvas com a melhor frequência nos próximos 45 dias, o que ajudaria na produtividade", disse Heinzenknecht. Os efeitos piores do fenômeno climático La Niña, que tende a gerar seca na Argentina, ocorreram em novembro e dezembro, acrescentou.

Mas outros analistas foram mais cautelosos. "As chuvas ajudaram, mas é necessário mais umidade regularmente em uma área mais ampla. Ainda não está claro se isso vai acontecer", disse Gustavo Lopez, da consultoria local AgriTrend.

Enquanto lida com coronavírus, Ásia também enfrenta surto de gripe aviária

MUMBAI / TÓQUIO (Reuters) - Os produtores de aves da Ásia estão enfrentando o pior surto de gripe aviária da região em anos, com o vírus mortal atingindo granjas que vão do Japão à Índia, afetando os preços de alguns animais e não for qualquer sinal de redução.

Mais de 20 milhões de frangos já foram abatidos na Coreia do Sul e Japão desde novembro. Na semana passada, a cepa altamente patogênica H5N8 chegou à Índia, sexta maior produtora do mundo, e já foi detectada em 10 Estados.

Embora a gripe aviária seja comum na Ásia neste momento do ano, devido aos padrões migratórios dos pássaros, novas variantes do vírus se transmitido mais letais em aves selvagens, tornando os países que estão nas rotas dos animais particularmente vulneráveis, segundo especialistas.

"Esse é um dos piores surtos da história na Índia", disse Mohinder Oberoi, especialista em veterinária no país e ex-assessor da Organização para Alimentos e Agricultura das Nações Unidas (FAO, na sigla em inglês).

Os preços do frango na Índia caíram em cerca de um terço na semana passada, à medida que consumidores cautelosos, que desde a pandemia de Covid-19 estão cada vez mais nervosos com relação às doenças, evitam a carne.

A gripe aviária não afeta pessoas por meio do consumo de carnes e a cepa H5N8 é conhecida por jamais ter infectado humanos, mas os consumidores ainda estão com medo, afirmou Uddhav Ahire, presidente do Grupo Anand Agro, empresa avícola com sede na cidade de Nashik, oeste do país.

Os preços do frango vivo já estão em 58 rúpias indianas (0,79 dólar) por quilo, abaixo do custo de produção, segundo ele.

Na Coreia do Sul e no Japão, ainda não foram registrados impactos no mercado, de acordo com autoridades, com a demanda mais forte pela carne de frango para refeições domésticas durante os lockdowns tendo efeito maior sobre os preços.

A disseminação rápida e geograficamente ampla dos últimos surtos fizeram desta uma das piores ondas da gripe aviária na Ásia desde o início da década de 2000.

No Japão, onde em apenas dois meses surtos foram detectados de Chiba, próximo a Tóquio, a Miyazaki, na ilha de Kyushu, a mais de 1.000 milhas de distância, novos casos ainda estão ocorrendo.

"Não podemos dizer que o risco de uma maior disseminação da gripe aviária diminuiu, já que a temporada de migração das aves selvagens continua até março ou abril, em alguns casos", disse uma autoridade de saúde animal do Ministério da Agricultura japonês.

Brasil começa a vacinar contra Covid em 20 ou 21 de janeiro, diz frente de prefeitos

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil escolher uma vacinar uma população contra a Covid-19 no dia 20 de janeiro ou, se houver algum problema de logística, no dia 21, disse nesta quinta-feira o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) , Jonas Donizette, após reunião do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com chefes dos Executivos municipais.

Ele afirmou que a vacinação determinada com 6 milhões de doses das vacinas CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e 2 milhões do imunizante da AstraZeneca desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford. Esses 8 milhões de doses serão suficientes para vacinar 5 milhões de pessoas, afirmou.

O dirigente detalhou que essa forma de distribuição se deve ao fato de que a vacina da AstraZeneca pode ser aplicada em uma dose e ter um intervalo de três meses para a segunda e, no caso da CoronaVac, como prefeituras necessárias de dividir em dois lotes com um intervalo de 21 dias entre as primeiras e segundas doses.

Para o início da vacinação, o Ministério da Saúde depende que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceda autorizações para uso emergencial dessas duas vacinas, em reunião que será realizada no domingo.

"Então, 2 milhões de pessoas serão imunizadas pela AstraZeneca e 3 milhões de brasileiros pela CoronaVac e todas as cidades receberão como duas vacinas. Não há hipótese de um município querer apenas uma. Todas as cidades receberão as", destacou.

O marco do início da vacinação contra Covid-19 pelo governo federal deve ocorrer na próxima terça-feira, dia 19, disse uma fonte com o conhecimento do conhecimento à Reuters nesta quinta-feira.

"Para começar, (as vacinas) têm que chegar nas capitais. A autorização temporária da Anvisa deve sair nesse fim de semana", disse a fonte. "Dia 19 deve ser o marco do início da vacinação com anúncio no Planalto", acrescentou.

O Ministério da Saúde informou na véspera que prepara um evento no início da próxima semana em Brasília para divulgar o começo da vacinação contra Covid-19 no Brasil.

A vacinação vai começar de forma simultânea em todas as capitais.

EXPECTATIVA DE VACINAÇÃO

Segundo Donizette, o ministério vai passar 80 milhões de doses até abril e a expectativa é que, com a necessidade de duas aplicações, 40 milhões de brasileiros sejam imunizados até lá.

O presidente da FNP disse ainda que não vai faltar seringa nem agulha para a imunização.

"Os municípios estão preparados e aqueles que por ventura afirma alguma dificuldade nós já deixamos um canal aberto. O ministério já inclui 30 milhões de seringas e agulhas para apoiar algum município ou Estado que tenha alguma dificuldade", afirmou.

Donizzette afirmou que a compra desses insumos será feita de forma unificada pelo governo federal.

"A gente tem município com mais dinheiro e menos dinheiro, não seria justo com o brasileiro fazer essa diferenciação. Então será uma compra centralizada pelo governo federal", disse.

Fonte: Notícias Agrícolas

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