Extrema-Imprensa é o maior problema do Brasil, diz Bolsonaro. E nós concordamos (saiba porquê!)...
Imprensa é o maior problema do Brasil, diz Bolsonaro a apoiadores
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que a imprensa é o maior problema do Brasil e classificou alguns veículos de comunicação como piores do que lixo, argumentando que o lixo ao menos pode ser reciclado, enquanto a mídia, na visão do presidente "não serve para nada".
"O maior problema do Brasil não é com alguns órgãos, é a imprensa", disse Bolsonaro a apoiadores ao deixar o Palácio da Alvorada pela manhã. "Se eu me preocupar com o que a mídia escreve, não saio de casa."
O vídeo com as declarações do presidente foi divulgado em canal de Youtube que apoia Bolsonaro.
O presidente reclamou da repercussão dada na véspera pela imprensa das declarações que deu a apoiadores quando disse que "o Brasil está quebrado" e atribuiu parte do desemprego no país ao fato de, na visão dele, o brasileiro não estar preparado para fazer "quase nada".
Ele lembrou que no ano retrasado determinou o cancelamento de assinatura de órgãos da imprensa pelo governo federal.
"No final de 2019 eu acabei com todas as assinaturas de jornais. IstoÉ, Veja, Estadão, Globo, Folha. Todos os ministros recebiam, mais alguns órgãos", disse.
"Quem quiser comprar lixo, vai na rodoviária. Não é nem lixo, porque lixo é reciclável. Não serve para nada, só fofoca, mentira o tempo todo", acrescentou.
Bolsonaro ataca constantemente a imprensa e responsabiliza jornalistas e veículos de comunicação, por exemplo, por, na visão dele, ter maximizado a pandemia de Covid-19, doença que já matou mais de 197 mil pessoas no Brasil.
O presidente já classificou a doença como uma "gripezinha" e que a pandemia deveria ser enfrentada "de peito aberto", reclamando que, segundo ele, o Brasil está se tornando um país de "maricas".
“Não vamos aguentar mais”, diz Trump; apoiadores invadem prédio do Congresso
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso a milhares de apoiadores, incluindo membros de grupos da extrema-direita, durante protesto em Washington contra sessão do Congresso, nesta quarta-feira, para confirmar sua derrota eleitoral para o democrata Joe Biden em novembro.
A uma curta caminhada, centenas de apoiadores de Trump derrubaram barricadas e entraram em confronto com a polícia no Capitólio dos EUA, onde o Congresso se reunia, escalando as estruturas erguidas para a inauguração da cerimônia de posse de Biden em 20 de janeiro e desfraldaram bandeiras. A polícia usou gás lacrimogêneo e spray de pimenta em alguns dos manifestantes.
Trump, que tem passado grande parte de seu tempo desde a eleição de 3 de novembro tentando reverter os resultados, disse falsamente que venceu ao discursar em um palco ao ar livre perto da Casa Branca, para a qual Biden se mudará em duas semanas.
Manifestantes reunidos na "Marcha Salve a América" usavam bonés de beisebol vermelhos e aplaudiam enquanto Trump repetia teorias da conspiração infundadas que têm consumido seus últimos dias no cargo --um período em que as infecções por coronavírus aumentaram nos Estados Unidos.
"Você não cede quando há roubo envolvido", disse Trump, após os alto falantes reproduzirem uma série de baladas poderosas de Elton John e Phil Collins. "Nosso país está farto e não vamos aguentar mais."
Por mais de uma hora, o republicano proferiu queixas familiares à mídia e Hillary Clinton, sua rival democrata na eleição de 2016, e encantou a multidão ao chamar as vitórias democratas de produto do que chamou de "explosões de mentira".
"Mentira! Mentira! Mentira!" gritou a multidão em resposta. A maioria não usava as máscaras recomendadas por especialistas em saúde para conter a disseminação da Covid-19, que já matou mais de 350.000 norte-americanos.
O Congresso deveria confirmar nesta quarta-feira a vitória de Biden. Muitos dos correligionários republicanos de Trump prometeram um esforço de obstrução que poderia esticar os procedimentos após a meia-noite, mas é quase certo que fracassará.