No dia da cobra, o programa n.o 100 mostra onde tudo começou: o plantio direto do seo Nonô Pereira
"...chegamos onde tudo começou, nas terras do seo Nonô Pereira, aqui em Palmeira, região de Ponta Grossa, centro do Paraná. Aqui há 40 anos começou a verdadeira revolução agrícola brasileira, o plantio direto na palha permante. Aqui não se mexe no solo, aqui embaixo dessa palhada tem minhocas, é uma beleza. Área produtiva e protegida... inacreditável!! É isso que vamos mostrar para vcs numa série de reportagens para o nosso quadro "agricultura sustentável", em comemoração ao programa n.o 100 do Tempo&Dinheiro"
(relato do repórter Frederico Olivi).
Deral faz leve redução da safra de soja do Paraná; vê alta para milho safrinha
SÃO PAULO (Reuters) - A produção de soja 2020/21 do Paraná foi estimada em 20,38 milhões de toneladas nesta quinta-feira, um leve recuo ante as 20,47 milhões projetadas em novembro, disse o Departamento de Economia Rural (Deral), que trouxe também perspectivas positivas para o milho segunda safra.
Com a revisão, a colheita de soja deve registrar queda de 2% em relação ao volume obtido na temporada anterior, no segundo maior Estado produtor da oleaginosa do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso.
Em sua primeira projeção para a segunda safra de milho --a maior da temporada-- o Deral estimou produção de 13,43 milhões de toneladas, alta de 14% ante as 11,79 milhões de toneladas colhidas na "safrinha" de 2019/20.
O otimismo para a safrinha é fruto de uma alta de 2% na área de plantio, para 2,34 milhões de hectares, e possível elevação na produtividade de 5,12 para 5,73 toneladas por hectare.
A estimativa para a primeira safra de milho foi mantida em 3,39 milhões de toneladas.
Reino Unido cria cota para compra de açúcar de cana sem tarifa, diz Unica
SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Reino Unido anunciou nesta quinta-feira a criação de uma cota sem tarifa para importação de 260 mil toneladas de açúcar bruto de cana, disse a associação brasileira da indústria do setor Unica, ressaltando que a medida pode favorecer o Brasil enquanto fornecedor.
De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a cota amplia o acesso a um mercado que era suprido majoritariamente pelo produto da União Europeia, e foi precedida de uma consulta pública da qual o setor produtivo brasileiro participou.
"Em um momento em que todos os países buscam parceiros para garantir cadeias produtivas que tenham sustentabilidade, o Brasil é um fornecedor privilegiado", disse em nota o diretor executivo da associação, Eduardo Leão de Sousa.
A cota entra em vigor a partir de 1º de janeiro, com a duração de 12 meses. Até o momento, a tarifa aplicada ao açúcar importado pelo Reino Unido é a mesma da União Europeia, de 339 euros por tonelada.
Com o Brexit, que marcou a saída do Reino Unido da União Europeia, o país agora possui independência para aplicar as suas próprias tarifas e passará a cobrar 280 libras por tonelada de açúcar extracota, disse a Unica.
No acumulado do ano até outubro, o Brasil exportou 186 mil toneladas do adoçante aos britânicos, volume que representa mais que o dobro do total embarcado em 2019, de 79 mil toneladas, conforme dados da Unica.
"Em 2020, nossos embarques para o Reino Unido foram ampliados devido a um conjunto de fatores favoráveis, como câmbio e safras menores em outros países produtores. No entanto, podemos observar que os volumes são menores do que a cota anunciada", afirmou Sousa.
"Vale ressaltar que o volume de 260 mil toneladas isento de tarifa será preenchido trimestralmente por qualquer país, respeitando a ordem de chegada", acrescentou.
Safra de café do Brasil cresce 27,9% em 2020 e tem novo recorde, diz Conab
SÃO PAULO (Reuters) - A safra de café do Brasil 2020 foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 63,08 milhões de sacas de 60 kg, o que representa um aumento de 27,9% ante a temporada passada, impulsionada pela bienalidade positiva do arábica, além de um aumento na área colhida, de acordo com relatório da Companhia Nacional de Abastecimento.
A nova previsão para o maior produtor e exportador global de café ficou acima da projeção de setembro da Conab de 61,6 milhões de sacas, superando também o recorde anterior de 2018, de acordo com os números da estatal.
"De maneira geral, as boas condições climáticas, observadas ao longo do ciclo, os efeitos fisiológicos relacionados à bienalidade positiva, o incremento na área em produção bem como a abundância e uniformidade nas floradas foram alguns dos fatores que influenciaram no aumento do volume...", disse a Conab.
O volume previsto pela Conab, contudo, ficou abaixo de estimativas do mercado, como acontece historicamente.
Nesta quinta-feira, a consultoria Safras & Mercado elevou a previsão de safra do Brasil para 69,5 milhões de sacas de 60 kg.
A Conab vê a safra de arábica de 2020 em recorde de 48,8 milhões de sacas, ante 47,3 milhões na previsão de setembro. Enquanto isso, a Safras projetou 50,1 milhões para a colheita do arábica.
Já a safra de robusta foi vista pela Conab em 14,3 milhões de sacas, ante 14,2 milhões na estimativa anterior. A consultoria apurou 19,4 milhões.
De acordo com a Conab, a safra de café arábica do Brasil fecha o ano com crescimento de 42,2% ante a temporada passada, enquanto a produção de robusta cai 4,7% versus 2019.
A área colhida de café do Brasil terminou o ano com aumento de 3,9%, para 1,88 milhão de hectares.
A Conab destacou que o maior produtor de café do Brasil segue sendo com folga Minas Gerais, com 34,65 milhões de sacas e crescimento de 41,1% no comparativo com 2019, graças principalmente ao arábica que responde por mais de 90% do café do Estado.
O Espírito Santo, em segundo lugar, produziu neste ano 13,96 milhões de sacas. Das lavouras capixabas, saíram 9,19 milhões de sacas de conilon (queda de 12,4% ante 2019) e 4,77 milhões de sacas de arábica (+58,7%).
São Paulo vem em seguida, com 6,18 milhões de sacas e aumento de 42,4%. A Bahia também obteve aumento expressivo, de 32,9%, alcançando 3,99 milhões de sacas. Rondônia produziu 2,44 milhões de sacas, crescimento de 11,2%.
EXPORTAÇÃO
Os grandes volumes produzidos estão encontrando mercado no exterior, apontou a Conab, lembrando que em novembro as exportações brasileiras de café foram recordes.
"O aumento foi de 32% sobre o mesmo mês de 2019, com o embarque de 4,3 milhões de sacas (60 kg), considerando-se a somatória de café verde, solúvel e torrado/moído", disse a estatal, em comunicado.
De julho a novembro, foram 19,8 milhões de sacas, o que representa aumento de 15% sobre 2019.
"Com o dólar valorizado, o café brasileiro se tornou ainda mais competitivo no mercado internacional e as vendas antecipadas ganharam ritmo", ressaltou.
Levantamentos da Conab indicam que, em novembro, cerca de 74% da produção da safra 2020/21 já se encontrava comercializada, enquanto que em igual período de 2019 e na média dos últimos cinco anos, essas porcentagens eram de, respectivamente, 71% e 69%.