Estava feliz com a volta das chuvas e a derrota da esquerda; mas aí aparece o Dória com a regressão em SP

Publicado em 30/11/2020 15:01
Acompanhe a íntegra do Tempo&Dinheiro desta segunda-feira, 30 de novembro/2020, com apresentação de João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Doria coloca São Paulo em regressão no comércio (fase amarela) e afeta economia do País

SÃO PAULO (Reuters) - A capital paulista, a região metropolitana e demais regiões do Estado de São Paulo que estavam na fase verde regrediram para a fase amarela do plano de reabertura da economia por causa do agravamento da pandemia de Covid-19;  e agora o comércio, como lojas, restaurantes e lojas terão redução de funcionamento e limitação do número de pessoas.

As medidas mais restritivas para o funcionamento dos dispositivos -- entre elas o funcionamento no máximo 10 horas por dia, limitação do funcionamento até às 22h e lotação de até 40% -- passam a valer a partir de quarta-feira.

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador João Doria (PSDB) enfatizou que, com a medida, todo o Estado passa a recuar para a fase amarela, mais restritiva do que a verde, onde estavam até então a capital e a região metropolitana, além de outras áreas do Estado. No total, 76% da população do Estado estava na fase verde.

"Com o aumento claro da instabilidade da pandemia, o governo do Estado de São Paulo e o Centro de Contingência do Covid-19 decidiram que 100% do Estado de São Paulo vai retornar para a fase amarela do Plano São Paulo", disse Doria, insisitindo em dizer que a mudança não afeta a programação de volta às aulas nem implica no fechamento de escolas.

"Essa medida, quero deixar claro, não fecha comércio descobertos, nem restaurantes. A fase amarela não fecha, promove..., mas é mais restritiva  para evitar aglomerações e o aumento do contágio da Covid-19", acrescentou.

A mudança ocorre no dia seguinte ao 2.o turno da eleição municipal. Dados sobre internações do governo do Estado e informações da rede hospitalar privada já vinham apontando para um crescimento da pandemia, mas o governo Doria optou por realizar a reclassificação do plano de reabertura somente nesta segunda.

Autoridades de saúde paulistas afirmam que a decisão de deixar a reclassificação para o dia seguinte ao segundo turno da eleição municipal deveu à instabilidade recente dos dados da pandemia de responsabilidade do Ministério da Saúde que, disse, impossibilitou uma análise segura dos indicadores da pandemia .

Doria também descartou a possibilidade de adoção de um bloqueio ("lockdown") no Estado para frear a disseminação do vírus e afirmou que esta medida sequer está sendo considerada pelas autoridades estaduais.

"Não há perspectiva de bloqueio. Nós não utilizamos o mecanismo de bloqueio durante todos esses meses", disse Doria. "Entendemos que, embora seja um mecanismo existente, ele não será aplicado, não está sendo considerado aqui", acrescentou.

Esquerda sai derrotada na maioria das cidades; Covas e Boulos perdem para os não-votos

(Reuters) - O 2.o turno das eleições municipais deste domingo mostrou um fortalecimento de partidos de centro e centro-direita e um desempenho irregular da esquerda em geral, mas particularmente ruim do PT, que fica fora do comando de qualquer capital pela primeira vez desde que alteram as alterações diretas para essas cidades.

O segundo turno das eleições municipais registrou uma taxa de abstenção de 29,47%, o maior da história, segundo informou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No primeiro turno, o percentual havia sido de 23,14%.

Neste domingo, em São Paulo, a taxa de abstenções chegou a 30,81%. Já no Rio de Janeiro, o índice foi de 35,5%.

É muita gente.

O não candidato (O Antagonista)

Somados os 273.216 votos brancos (4,39%), os 607.062 nulos (9,76%) e a abstenção de 2.769.179 eleitores paulistanos (30,81%), chega-se a um total de 3.649.457 não votos.

É mais que os 3.169.121 votos recebidos pelo prefeito reeleito, Bruno Covas, que disputou com Guilherme Boulos (2.168.109 votos).

As restrições por causa da pandemia pesaram, claro, mas o cenário serve de alerta para partidos e políticos que estão aí, vencedores ou derrotados.

Em Campinas, a maior cidade do Estado, a abstenção foi recorde; com brancos e nulos, os votos não válidos superaram 63%.

João Doria agora deve capitalizar a vitória, depois de ter se escondido durante a campanha, por causa do alto grau de rejeição que ele tem na capital paulista.

O governador precisava da vitória de Covas para entrar de cabeça na corrida presidencial de 2022.

Pela primeira vez, PT não elege nenhum prefeito nas capitais

 

Com as derrotas de Marília Arraes no Recife e de João Coser em Vitória, o PT não elegeu nenhum prefeito nas capitais brasileiras pela primeira vez desde que foi fundado, em 1980 —é o maior fiasco da história do partido em eleições municipais.

Em 2004, quando Lula estava na metade de seu primeiro mandato na Presidência, os petistas fizeram nove prefeitos de capitais, recorde da legenda.

Candidatos de outros partidos apoiados pelo ex-presidiário no segundo turno em 2020 também naufragaram, como Manuela D’Ávila, do PC do B, em Porto Alegre e o psolista Guilherme Boulos em São Paulo.

O 2º turno mostrou que o PT perdeu, Gleisi (O Antagonista)

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, foi ao Twitter dizer que “o 2º turno mostrou que a esquerda sabe lutar”.

“Nosso desempenho nas grandes cidades e a unidade que construímos em tantas delas confirma que temos uma alternativa para o Brasil. Parabéns à militância pela garra, num cenário tão difícil”, acrescentou.

Gleisi, o segundo turno mostrou que o PT perdeu. (O Antagonista).

No Twitter, Dilma ameaça: 'voltaremos!'

Dilma Rousseff, aquela, comentou neste domingo (29) um tuíte de uma seguidora que dizia “Saudades do PT destruindo minha vida”.

“Voltaremos!”, ameaçou a petista.

"E vocês aí achando que 2020 tinha esgotado o repertório de desgraças possíveis".(O Antagonista).

Plantio de soja ganha ritmo no Matopiba; clima preocupa em MT e PR, diz AgRural

SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de soja seguiu forte na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) na última semana, ajudando a elevar a taxa de semeadura no Brasil, que atingiu 87% da área plantada.

Após um atraso inicial devido à irregularidade das chuvas, o plantio avançou seis pontos percentuais na última semana, equiparando-se ao índice do mesmo período do ano passado.

"Com os trabalhos virtualmente encerrados no Centro-Oeste e já nos talhões finais no Sudeste, Paraná e Rondônia, a semeadura agora segue concentrada no Matopiba, que tem ritmo mais forte que o da média histórica devido à boa umidade na região ..." , disse a AgRural em nota.

Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde o plantio continua atrasado por conta da irregularidade das chuvas, também registraram avanços na última semana.

"A semana passada foi marcada pelo retorno muito bem-vindo das chuvas ao Rio Grande do Sul", comentou.

Outras áreas importantes produtoras voltaram a preocupar, notou a consultoria.

"No resto do país, porém, a combinação de tempo seco e elevação em elevação voltou a predominar, após as boas chuvas da terceira semana de novembro. Isso acendeu novamente o sinal amarelo em algumas áreas com umidade do solo mais ajustada, especialmente em Mato Grosso e no Paraná ", disse. 

De acordo com a AgRural, "a preocupação com esse período mais seco (algo pouco usual nesta época do ano) só não é maior porque, como o plantio foi feito com atraso, a maior parte das lavouras ainda está em período vegetativo ou no início da fase reprodutiva, quando o impacto do clima desfavorável sobre o potencial produtivo é menor do que na formação de vagens e enchimento de grãos ".

Por ora, a AgRural mantém sua estimativa a produção de soja do Brasil em recorde de 132,2 milhões de toneladas, com base em linhas de tendência de produtividade, que será substituída por resultado com resultados do campo a partir de dezembro.

"Embora a safra 2020/21 tenha problemas gerados pela extrema irregularidade das chuvas no plantio e desenvolvimento inicial, cortes na estimativa de produtividade durante a fase vegetativa da safra não são recomendados."

MILHO

A consultoria informou que o Brasil semeou 94% das áreas com milho primeira safra, enquanto o clima seco anteriormente no Rio Grande deve colaborar para um novo corte na projeção de safra.

"Apesar do retorno das chuvas ao Rio Grande do Sul, o Estado já tem perdas de produtividade consolidadas e deve passar por um terceiro corte na estimativa de safra que a AgRural divulgará no início de dezembro", afirmou.

Em novembro, devido a cortes nos três Estados do Sul, a produção do centro-sul do Brasil foi estimada pela AgRural em 20,7 milhões de toneladas, contra 21,9 milhões em outubro e 19,7 milhões de toneladas na safra 2019 / 20

 

 

Fonte: Reuters

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