Preços batem no teto, chuvas chegam para amenizar; mas ... quem é o general "banana de pijama"?!

Publicado em 23/10/2020 15:19 e atualizado em 27/10/2020 16:19
Assista à íntegra do programa Tempo&Dinheiro desta sexta-feira, 23 de outubro/20, com apresentação de João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi

Eduardo Bolsonaro e outros governistas apoiam Salles contra Ramos

(no Poder360)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, recebeu o apoio de governistas depois de ter ido ao ataque contra o colega Luiz Eduardo Ramos, titular da Secretaria de Governo da Presidência da República. Na noite de 5ª feira (22.out.2020), Salles chamou o general de “Maria fofoca ao comentar reportagem sobre sua relação com a ala militar do governo.

O ataque a Ramos foi feito nas redes sociais, por onde Salles recebeu manifestações de apoio de bolsonaristas. O filho do presidente Jair Bolsonaro e deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi 1 dos que publicaram a favor do chefe do Meio Ambiente. “Força, ministro. O Brasil está contigo e apoiando seu trabalho“, escreveu.

Também se posicionaram pró-Salles nomes como Jorge Seif (secretário de Aquicultura e Pesca), Bia Kicis (deputada), Caroline De Toni (deputada), e Vicente Santini (assessor especial de Salles).

Sabemos quem é quem nesse governo. Tamo junto!“, escreveu Seif. Leia as manifestações ao fim deste post.

A irritação de Salles se deu por causa de uma nota (para assinantes) publicada pela jornalista Bela Megale, no jornal O Globo, com o título “Salles estica a corda com ala militar do governo e testa blindagem com Bolsonaro”.

O texto da reportagem não cita Ramos. Diz apenas que o titular do Meio Ambiente “decidiu testar a blindagem dada por Bolsonaro e partiu pra cima do próprio governo” ao ter decidido que, por falta de fundos, seria necessário desmobilizar brigadistas que trabalham no combate a focos de incêndio.

Salles entendeu que a fonte da informação teria sido o general, que tem assento dentro do Palácio do Planalto e foi colega de Jair Bolsonaro na Academia das Agulhas Negras.

A postagem pegou de surpresa Ramos e seus auxiliares. A estratégia, porém, é não responder em público ao desafeto. O Poder360 apurou que ainda nesta 6ª feira (23.out), Ramos pretende chamar Salles para uma conversa. Nesse meio tempo, se indagado, Ramos não irá colocar mais lenha na fogueira.

O episódio ajudou a amadurecer a ideia sobre a necessidade de uma reforma ministerial ao mais tardar no início de 2021. Até o momento, porém, ninguém crava quem fica e quem sai do governo.

Salles é malvisto pela ala militar do governo, mas apoiado pela chamada “ala ideológica”. Da mesma forma, Ramos não tem muita simpatia entre os ideológicos.

Vicente Santini, ex-secretário-executivo da Casa Civil, atribui a Ramos a sua queda do governo após o episódio em que ele usou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para uma viagem exclusiva à Índia. Ele agora está lotado no ministério de Salles.

Da mesma forma, o secretário-executivo do ministério das Comunicações Fabio Wajngarten é desafeto de Ramos. Ele é próximo dos filhos do presidente.

Eis abaixo a publicação inicial de Salles atacando o general da Secretaria de Governo. Trata-se de um dos confrontos mais fortes e abertos entre 2 ministros de Bolsonaro desde o início do governo.

Ricardo Salles chamou o colega Ramos de ‘#mariafofoca’ e logo recebeu apoio de bolsonaristas, como a deputada federal Carla Zambelli

Maia, Alcolumbre e centrão saem em defesa de Ramos em meio a embate com ala ideológica do governo

(Reuters) - Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assim como lideranças do centrão, saíram neste sábado em defesa do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, após ele tornar-se alvo de ataques da ala ideológica do governo Jair Bolsonaro, iniciados pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O embate, que teve as redes sociais como palco, começou na quinta-feira, quando Salles afirmou no Twitter que Ramos tem uma postura de "Maria Fofoca", ao citar uma nota do jornal O Globo, que não mencionava Ramos, e que afirmava que Salles "estica a corda com a ala militar do governo".

"@MinLuizRamos, não estiquei a corda com ninguém. Tenho enorme respeito e apreço pela instituição militar. Atuo da forma que entendo correto. Chega dessa postura de #mariafofoca", escreveu Salles, que foi apoiado na sexta-feira por parlamentares governistas da ala ideológica, como o filho do presidente deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a deputada Bia Kicis (PSL-DF).

Neste sábado, reportagem do jornal Folha de S.Paulo afirmou que o núcleo ideológico do governo pressiona Bolsonaro para trocar Ramos, responsável pela recente aproximação do presidente com parlamentares do centrão e articulador da melhoria das relações de Bolsonaro com o Congresso nos últimos meses.

Maia, também no Twitter, adotou o tom mais duro contra Salles.

"O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo", escreveu.

Mais contido, Alcolumbre, na mesma rede social, exaltou o papel de Ramos na relação com o Congresso e sobre Salles, sem citar nominalmente o titular do Meio Ambiente, afirmou: "Não é saudável que um ministro ofenda publicamente outro ministro. Isto só apequena o governo e faz mal ao Brasil".

Presidente do PP, partido que é a ponta de lança do centrão, o senador Ciro Nogueira (PI), que tem se aproximado bastante de Bolsonaro, disse que o partido "manifesta total apoio" a Ramos.

"Sua atuação tem sido fundamental na construção e estabilidade de uma base sólida no Congresso Nacional", afirmou.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), publicou, também no Twitter, uma foto em que aparece ao lado de Bolsonaro e de Ramos e elogiou o ministro responsável pela articulação política do governo.

"Ministro Ramos competente na articulação política. Ainda ontem, em solenidade no Palácio do Planalto, tratamos do tema da articulação com o presidente Bolsonaro. Entrosado com os líderes do governo e dos partidos na Câmara e no Senado , Ramos está assegurando governabilidade."

Guedes deve liberar R$ 60 milhões para Ibama continuar ações de combate a queimadas, diz Salles

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai liberar 60 milhões de reais para ajudar na continuidade de ações de servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no combate às queimadas e ao desmatamento ilegal, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em sua conta no Twitter nesta sexta-feira.

"Quero agradecer ao nosso Min. Paulo Guedes que acaba de me informar que deve liberar, ainda hoje, os 60 milhões necessários à continuidade das ações do Ibama no combate às queimadas e ao desmatamento ilegal. Tks PG!", afirmou Salles.

Na quinta-feira, o Ministério do Desenvolvimento Regional já havia oferecido cerca de 30 milhões de reais para que o Ibama e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) tenham recursos a fim de retomar atividades de campo de combate a queimadas, segundo nota da pasta.

Mais cedo na quinta, o Ibama chegou a informar que a determinação para que os brigadistas que atuam no Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) se desmobilizassem fora decorrência da exaustão de recursos.

"Desde setembro, a autarquia passa por dificuldades quanto à liberação financeira por parte da Secretaria do Tesouro Nacional. Para a manutenção de suas atividades, o Ibama tem recorrido a créditos especiais, fundos e emendas. Mesmo assim, já contabiliza 19 milhões de reais de pagamentos atrasados, o que afeta todas as diretorias e ações do instituto, inclusive, as do Prevfogo", disse, em nota.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, o repasse de recursos da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) para o Ministério do Meio Ambiente será realizado por meio descentralização de crédito, situação prevista em um decreto de julho e não será necessário haver publicação de portaria no Diário Oficial da União.

A pasta disse que a descentralização dos recursos está relacionada para "o crédito para ações de resposta aos incêndios florestais ainda não controlados e ao ressarcimento de despesas realizadas com o mesmo propósito".

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IPCA-15 tem maior alta para outubro em 25 anos

(Reuters) - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou em outubro para alta de 0,94%, maior salto para o mês desde 1995, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,81 por cento para o período.

A alta no mês foi impulsionada por um aumento no segmento Alimentação e Bebidas, que subiu 2,24%. A segunda maior variação veio dos Artigos de Residência (1,41%), cujos preços subiram pelo sexto mês consecutivo. O único grupo dos nove pesquisados a apresentar queda em outubro foi Educação (-0,02%).

Em setembro, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,45%. No ano, o índice agora acumula alta de 2,31% e, nos últimos 12 meses, a variação acumulada é de 3,52%.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 12 de setembro a 13 de outubro de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes entre 14 de agosto e 11 de setembro de 2020 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

Não há movimento para reverter processo de contingenciamento e responsabilidade fiscal, diz Economia

(Reuters) - O Ministério da Economia informou em nota de esclarecimento que tem tomado "todas as medidas" para estabilizar a folha de pagamento do Executivo Civil e manter o equilíbrio fiscal, acrescentando que não há alteração da política ou movimento para reverter o processo de contingenciamento e responsabilidade fiscal.

O texto foi divulgado após reportagens publicadas pela imprensa nesta semana sobre brechas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021, entregue ao Congresso Nacional no fim de agosto, que permitiriam contratação de mais de 50 mil servidores pelos três Poderes no ano que vem.

"O Ministério da Economia esclarece que desde o início deste Governo tem tomado todas as medidas para manter o equilíbrio fiscal e estabilizar a folha pagamento do Executivo Civil", disse a pasta na nota, citando queda no quadro de servidores ativos, de 630 mil para 601 mil entre dezembro de 2018 e setembro de 2020.

De acordo com o ministério, houve crescimento nominal da folha de pagamento dos ativos em 2019 de cerca de 0,4%, ante alta média de 8,76% nos últimos dez anos.

"A estabilização da folha continua neste ano, com crescimento negativo até julho, quando comparado ao mesmo período do ano passado, na ordem de -0,1%", disse.

Segundo o ministério, do provimento de 51.021 vagas entre os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, 48.272 são do Poder Executivo.

Desse montante, mais de 33 mil são voltadas para o Banco de Professor Equivalente e Quadro de Referência dos Cargos de Técnico Administrativos em Educação. Essa destinação inclui autorizações de substituição de professor, de cerca de 20% das vagas, para cobrir licenças e afastamentos.

"Por fim, a quantidade restante de 12 mil destina-se ao provimento de cargos efetivos e cargos e funções comissionadas que encontram-se vagos, não infringindo as regras da Lei Complementar nº 173, de 2020.", informou a Economia.

"Essa projeção tem caráter meramente autorizativo, isto é, não obriga a sua execução, o que poderá deixar de ocorrer em virtude de várias razões, como por exemplo, medidas de contingenciamento orçamentário que se imponham em face do cenário macroeconômico do país ou em função de diretrizes da equipe governamental", concluiu o ministério.

Fonte: NotíciasAgrícolas/EstadãoReuters

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