Momento histórico para o Agro brasileiro; temos bons preços, chuva chegando e gente querendo plantar

Publicado em 08/10/2020 14:45 e atualizado em 27/10/2020 16:30
Assista no programa Tempo&Dinheiro desta quinta-feira, 8/outubro/20, com apresentação de João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
E mais:
 
Renato Dias:Fim da corrupção no governo acabou com Lava Jato, ironiza Bolsonaro.
Alessandra Mello: Bolsa brasileira sobre acompanhando otimismo internacional; 
Vlamir Brandalizze: Chicago realizando lucros com a Soja na véspera do USDA; 
App Debroker - Trigo: Disponível continua com preços atrativos, pela forte demanda;
Vlamir Brandalizze: Milho segue firme no Brasil que tem poucos vendedores;
Sérgio Braga: Arroba sobe em 21 praças com sumiço do boi terminado;
Agricultura Sustentável: O que fazer com a cobertura muito alta? Rola o Katrina e a braquiária fica picotadinha, diz produtor (por Frederico Olivi); e 
Alessandra Mello: Vendas no comércio batem recorde em agosto.

China e México compram soja dos EUA com preços tocando máximas em 2 anos e meio

CHICAGO (Reuters) - As exportações de soja dos Estados Unidos seguem robustas apesar de um salto dos preços para máximas em mais de dois anos e meio, mostraram dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), com México e China fechando grandes compras.

Em anúncios diários sobre exportações, o USDA disse que exportadores privados venderam 374 mil toneladas da oleaginosa para a China e 152,4 mil para o México, além de 132 mil toneladas para destinos não revelados.

Juntos, os negócios representaram a maior venda de exportação diária dos EUA anunciada desde 8 de setembro.

As vendas ocorrem em meio a preocupações com atrasos no plantio de soja devido ao clima seco no Brasil, maior exportador global e principal fornecedor da China. Isso poderia, segundo analistas, aumentar a demanda pela soja norte-americana em janeiro e fevereiro.

O USDA também divulgou dados mostrando vendas líquidas de 2,591 milhões de toneladas na semana passada, a quinta semana consecutiva em que as vendas ultrapassaram 2 milhões de toneladas. Do total da semana anterior, mais de 1,5 milhões de toneladas foram para a China.

Os futuros da soja em Chicago tocaram nesta quinta-feira o maior nível desde 8 de março de 2018, antes do início da guerra comercial entre EUA e China que impactou as exportações norte-americanas para os chineses.

A China precisaria manter o ritmo acelerado de compras de produtos agrícolas dos EUA nos próximos meses para cumprir totalmente seu compromisso de importar 36,5 bilhões de dólares no primeiro ano do acordo comercial Fase 1 entre os países assinado em janeiro.

Dados do governo dos EUA mostram que as importações foram de 10,71 bilhões de dólares entre janeiro e agosto.

Brasil prevê alta de 4,3% na safra de grãos 20/21, para recorde de 268,7 mi t

SÃO PAULO (Reuters) - A safra total de grãos e oleaginosas do Brasil 2020/21 foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 268,7 milhões de toneladas, aumento de 11 milhões de toneladas ou 4,3% ante 2019/20, com impulso de grandes colheitas esperadas de soja e milho, principalmente, apontou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No momento em que o plantio dessas safras está em fase inicial na maioria dos Estados, em meio a preços elevados decorrentes da forte demanda e um câmbio que estimula exportações, a Conab citou um crescimento na produtividade esperada, já que projeta alta de apenas 1,3% na área plantada na comparação com a safra anterior, para 66,8 milhões de hectares.

A Conab lembrou que o aumento maior na produção do que na área ocorre na expectativa de uma recuperação nas produtividade do Rio Grande do Sul, cujas lavouras foram "severamente prejudicadas pela estiagem na última safra, além da expectativa de melhores rendimentos para o milho segunda safra na região Centro-Sul".

A melhor produtividade ocorre apesar de a companhia considerar que o La Niña está estabelecido. Especialistas, contudo, dizem que o fenômeno tem baixa intensidade neste momento, o que limitaria danos às lavouras por eventuais estiagens, principalmente no Sul.

Além de uma nova safra recorde de soja, cuja estimativa de 133,7 milhões de toneladas ficou acima das expectativas de uma pesquisa realizada pela Reuters, a safra de milho do país foi estimada em históricas 105,2 milhões de toneladas, ante 102,5 milhões de toneladas em 2019/20.

A projeção para o milho se baseia na forte demanda, com um consumo doméstico projetado em 71,8 milhões de toneladas, aumento de 4,6%.

"Esse crescimento de consumo doméstico se deve ao bom desempenho esperado para o setor de proteína animal brasileira no mercado exportador para 2021", disse.

Diante disso, importações também serão necessárias, com a Conab mantendo um volume de 900 mil toneladas para a safra 2020/21, assim como o esperado para 2019/20.

"É importante destacar que a Conab se mantém atenta ao cenário nacional de abastecimento de milho e as probabilidades de realizar ajustes no volume total a ser importado do grão devido a deficiências logísticas regionais", continuou.

O estoque final de milho esperado para a safra 2020/21 deverá ser de 9,7 milhões de toneladas, queda de 7,2% em relação ao período anterior.

Apesar disso, em fevereiro de 2022 o Brasil deverá ter milho suficiente para atender a demanda total por um período de aproximadamente 1,6 meses, disse a estatal.

Para 2019/20, a Conab estimou a exportação de milho em 34,5 milhões de toneladas, enquanto vê embarques de 35 milhões em 2020/21, abaixo do recorde histórico de 2018/19, de 41 milhões de toneladas.

OUTROS PRODUTOS

No caso do arroz, outro produto que tem registrado recordes de preços, assim como a soja, a Conab projeta um crescimento de 1,6% na área plantada, com um produção estimada em 10,9 milhões de toneladas, queda de 2,7% na comparação anual, com a estatal esperando menores produtividades.

Tanto as importações quanto as exportações brasileiras de arroz em 2020/21 deverão se manter acima de 1 milhão de toneladas, mas no caso dos embarques para o exterior terão recuo de 400 mil toneladas na nova safra ante o ciclo anterior.

No caso do algodão, a Conab projeta redução de 3% na área plantada, para 1,6 milhão de hectares, e produção ficando em 2,8 milhões de toneladas, com o mercado da pluma sendo impactado pela pandemia.

Na safra anterior, a produção somou um recorde de 3 milhões de toneladas.

Fonte: Notícias Agrícolas/Estadão

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