Jair abraça Tóffoli, abraça Maia... Pra quem se espantou, ele replica: "E daí?.. preciso governar!" (envie-nos sua opinião)

Publicado em 05/10/2020 14:56 e atualizado em 05/10/2020 18:37
Assista no programa Tempo&Dinheiro desta segunda-feira, 5 de outubro/20, com apresentação de João Batista Olivi
Tempo & Dinheiro - com João Batista Olivi
Renato Dias: Bolsonaro precisa mostrar resultados que justifiquem o estilo "paz & amor";

E mais:

Alessandra Mello: Pesquisa Focus revisa pra cima previsão para inflação este ano;
Vlamir Brandalizze: Colheita rápida nos EUA limita avanços da Soja em Chicago;
Sérgio Braga: Boi gordo crava novos recordes de preços. B3 descola acima do físico;
Vlamir Brandalizze: Milho com poucos vendedores no Brasil e indicativos recorde;
APP Debroker: Trigo tem preços altos no Brasil e também no Exterior. Bom sinal para o mercado...
Agricultura Sustentável: Imagine uma plataforma de milho com 14 ° de inclinação?!... Essa é a Magna, que não deixa espiga deitada (por Frederico Olivi).

'Tomei café com Maia. E daí? Estou errado?', diz Bolsonaro a apoiadores

O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira, 5, seus encontros com autoridades do Legislativo e do Judiciário, criticadas por parte dos seus apoiadores.

No sábado, o presidente se reuniu com o ministro Dias Toffoli, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e foi criticado por bolsonaristas nas redes sociais. Na manhã de hoje, se encontrou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"Com quem eu tomei café agora, alguém sabe? Rodrigo Maia. E daí? Estou errado? Quem é que faz a pauta na Câmara?", disse Bolsonaro a apoiadores, no Palácio da Alvorada, quando um deles questionou se era difícil governar com o STF. "Não entro no detalhe, não entro no detalhe. É um Poder que respeito", afirmou

Bolsonaro não deu detalhes sobre o café da manhã, mas informou que pode sancionar amanhã o projeto que altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)."Talvez amanhã eu vou sancionar com ele (Maia) e com o Alcolumbre a mudança no Código de Trânsito."

Um outro apoiador, então, afirmou que o presidente estava certo e acrescentou:"Isso é fazer política". "É facilitando a vida para o povo, em vez de 5 em 5 (anos), vai ser de 10 em 10 (anos)", respondeu Bolsonaro. Pela proposta aprovada, entre outras mudanças, a carteira de motorista passará a ter validade de dez anos, ponto que foi destacado por Bolsonaro hoje.

Indicação para STF é como escalar a seleção brasileira, diz presidente

Como vem fazendo desde o fim da semana passada, o presidente voltou a defender sua decisão de indicar o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) Kassio Marques para a vaga de Celso de Mello, que vai se aposentar do Supremo em outubro.

O nome de Marques tem sido atacado com base na atuação dele na magistratura e em suas convicções: desde a liberação para uma licitação do STF que previa a compra de alimentos como lagostas e vinhos caros; passando por uma suposta proximidade ao PT, a pecha de "desarmamentista" atribuída a ele e até o apoio que recebe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

No domingo, motivada tanto pelo encontro de Bolsonaro com Toffoli quanto pela indicação de Marques ao Supremo, apoiadores do presidente levaram a hashtag #BolsonaroTraidor a ser o assunto mais comentado no Twitter.

Segundo o presidente, a indicação para a vaga é como "seleção brasileira". "É muita crítica ai de quem eu tô indicando pro Suapremo, ou não? É que indicação pro Supremo, para muita gente ficou igual escalar a seleção brasileira: todo mundo tem seu nome, e aquele que não entrou o nome dele reclama, ai começa a acusar o cara de tudo. Esse mesmo pessoal, no passado, queria que eu botasse o Moro", disse.

O presidente disse que Marques era "católico e tem uma certa vivência na área militar". Em seguida, voltou a defender que quem decidiu pela permanência do italiano Cesare Battisti no Brasil foi o Supremo, e não o desembargador, e que a decisão de Marques que derrubou a liminar que proibia a compra de lagostas e vinhos caros no STF foi por uma questão jurídica.

"Mentira aquela questão que votou para o Battisti ficar aqui, quem disso isso foi o STF, não foi ele, decidiu em 99. O negócio das lagostas: é que a liminar não pode proibir isso ou aquilo que o Supremo pode comprar. Tem que ver se o processo licitatório estava legal e estava legal", disse.

Bolsonaro também falou que Marques não era desarmamentista e, citando o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, defendeu que o indicado não era comunista, por ter relações com governos do PT.

"Acusa ele de comunista: 'Ah, ele trabalhou com o PT'. Pô, o Tarcísio trabalhou com o PT. Parece que o ministro da Defesa também trabalhou para o PT. Um montão de militar serviu no governo do PT.".

 

Apresento o projeto (Renda Cidadã) quando estiver aprovado por Guedes, diz Bittar

O senador Márcio Bittar (MDB-AC) afirmou nesta segunda-feira, 5, que apresentará o relatório sobre a PEC emergencial, que terá a proposta para o Renda Cidadã, quando o texto estiver aprovado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Bittar entrou no final da manhã na sede da Economia para reunião com Guedes.

Mais cedo, Bittar esteve no Palácio da Alvorada para café da manhã com o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Guedes não participou desse encontro, que teve ainda a presença do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Na entrada do ministério, Bittar afirmou apenas que a reunião com Bolsonaro e Maia "foi ótima".

Farpas

Guedes e Marinho trocaram farpas na última sexta-feira, 2, em discussões sobre a forma de financiar o Renda Cidadã. Conforme o Broadcast revelou, Marinho teria dito em um "call" fechado da Ativa Investimentos que é preciso viabilizar o programa, mesmo que para isso seja necessário flexibilizar o teto de gastos, regra constitucional que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação. Fontes que participaram do encontro disseram à reportagem que ele afirmou ainda que o Renda Cidadã "sai por bem ou por mal".

Em resposta, Guedes afirmou que, caso as críticas de Marinho fossem verdadeiras, o chefe do Desenvolvimento Regional seria "despreparado, além de desleal e fura teto".

 

Bolsonaro diz ter conversado com príncipe saudita e fala em aprofundar parceria

O presidente Jair Bolsonaro informou via redes sociais nesta segunda-feira, 5, ter conversado com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman Al Saud. O chefe do Executivo citou que na conversa foi tratado sobre "dar seguimento" às iniciativas acordadas em outubro de 2019, quando Bolsonaro foi a Riad, capital da Arábia Saudita.

"Estamos aprofundando nossa cooperação em Defesa, comércio, investimentos e outros temas", escreveu o presidente. Durante a viagem do ano passado, Bolsonaro chegou a dizer que tinha "certa afinidade" com o príncipe herdeiro. A visita de Bolsonaro teve o objetivo de fortalecer a cooperação econômica bilateral com o País, que é principal parceiro comercial do Brasil no Oriente Médio.

O Ministério das Relações Exteriores também informou, na ocasião, que a visita contribuiria para a atração de investimentos sauditas em setores como infraestrutura, defesa, inovação, energia e agronegócio por meio do incentivo à participação em programas brasileiros de concessões e privatizações.

Em nota do Itamaraty divulgada na época, a pasta informou que o mandatário saudita, Rei Salman bin Abdulaziz, e Bolsonaro "mantiveram discussões construtivas e frutuosas sobre as relações bilaterais e sobre formas de desenvolvê-las ainda mais, aumentando e intensificando a cooperação entre os dois países amigos no nível político e nos campos da economia, da cultura e da defesa".

Sobre a área da Defesa, foi relatado na nota que "ambos os lados ressaltaram o fortalecimento da cooperação em defesa entre os dois países amigos e acordaram em continuar a cooperação em matéria de treinamento".

Mourão diz que críticas a ação ambiental do Brasil são ideológicas e miram Bolsonaro

BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira que as operações de comando e controle na floresta amazônica serão mantidas sem interrupções até o final de 2022 e avaliou que o Brasil vem sendo alvo de críticas na área ambiental internacionalmente, por causa de um ataque ideológico ao presidente Jair Bolsonaro.

Mourão afirmou que os números do desmatamento na Amazônia vem caindo nos últimos três meses e que entre 2000 e 2018 a média de desmatamento anual teria sido de 15 mil quilômetros quadrados, mas as críticas não teriam sido tão severas nessa ocasião.

"Hoje existe muito mais um ataque ao país por questões ideológicas, na pessoa do presidente, muito mais do que pelo que está acontecendo", disse Mourão em entrevista à rádio Eldorado.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o país teve taxas acima de 15 mil quilômetros quadrados entre 2000 e 2005, com picos de 21 mil e 25 mil quilômetros quadrados em 2003 e 2004, respectivamente. Desde então, os valores ficaram abaixo desse valor, com o menor índice, 4,7 mil quilômetros quadrados, em 2012.

Mourão, que também é presidente do Conselho da Amazônia, defendeu ainda que o país precisa que investimentos privados sejam usados para financiar diretamente ações na região, mas negou que exista interesse do governo brasileiro em trazer grupos ou países específicos para exploração da Amazônia.

A resposta veio de uma pergunta sobre uma fala do presidente Jair Bolsonaro em Davos, no ano passado, em que ele diz ao ex-vice-presidente americano Al Gore que tinha interesse em explorar a Amazônia com os Estados Unidos --o fato foi revelado em um documentário sobre o Fórum Econômico Mundial.

Mourão minimizou a fala, disse que Bolsonaro estava recém-operado e tinha assumido o governo há pouco tempo.

"Nós não queremos trazer nenhum tipo de grupo estrangeiro específico para dentro da Amazônia. Queremos que haja investimento em cima de projetos para desenvolvimento da Amazônia que permitam gerar emprego e renda", afirmou.

Segundo o vice-presidente, doações de recursos ao governo brasileiro, como o que o candidato democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden, afirmou que faria, impactam o teto de gastos do governo federal e seria difícil de ser usado. Mas, afirmou, doações específicas para projetos ou para Estados podem gerar desenvolvimento na região.

Mourão defendeu ainda a regulamentação da mineração em terras indígenas e afirmou que a situação atual é uma briga de gato e rato para tentar impedir a exploração ilegal.

"A regulamentação vai permitir a exploração dentro das normas ambientais, vai gerar impostos e royalties para as comunidades", defendeu.

Médicos avaliam possível alta de Trump ainda nesta segunda, diz TV

A equipe médica que cuida do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em tratamento contra a covid-19 desde sexta-feira, deve avaliar a possibilidade de alta nesta segunda-feira, 5, de acordo com a rede de televisão Fox News.

O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse que está "otimista" com a volta do presidente à Casa Branca ainda nesta segunda, mas comentou que Trump ainda vai conversar com médicos e enfermeiras para avaliar o progresso. "Falei com o presidente esta manhã. Ele continuou a melhorar durante a noite e está pronto para voltar a um horário normal de trabalho", afirmou à Fox News.

"Estamos otimistas de que ele poderá retornar à Casa Branca ainda hoje, com seus profissionais médicos tomando essa decisão ainda hoje (segunda)". A contaminação de Trump ocorreu em meio à corrida eleitoral pela presidência, na qual Trump aparece atrás nas principais pesquisas. Muitos americanos criticam a forma pela qual o presidente lidou com a crise sanitária - hoje, os EUA são o país mais afetados em número de casos e de mortes.

Contaminação

O presidente americano tornou público que havia se contaminado com o novo coronavírus na manhã da sexta. Na noite do mesmo dia, foi levado de helicóptero ao hospital militar Walter Reed porque apresentou febre e fadiga.

No sábado, Mark Meadows afirmou que o quadro de saúde de Trump era preocupante pois ele precisou receber oxigênio suplementar antes de sair para o hospital. Momentos antes, a equipe médica do presidente se negou a confirmar tal informação.

No domingo, no entanto, os médicos disseram que Trump recebeu oxigênio suplementar duas vezes, mas se recuperava bem e poderia ter alta na segunda. "Eu não queria dar nenhuma informação que pudesse direcionar o curso da doença em outra direção e, ao fazer isso, pareceu que estávamos tentando esconder algo, o que não era necessariamente verdade", afirmou o médico Sean Conley, na coletiva realizada no domingo. (Com agências internacionais).

'Tomei café com Maia. E daí? Estou errado?', diz Bolsonaro a apoiadores

 

Fonte: Notícias Agrícolas/Estadão

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