Nº de queimadas é o menor da série histórica, comprova Ricardo Amorim (Jornalista e economista)

Publicado em 24/09/2020 14:57 e atualizado em 24/09/2020 17:57
Tempo & Dinheiro - com João Batista Olivi

Dados do INPE desmentem narrativa sobre as queimadas (comentário de Renato Dias);

E mais: 

  • Vlamir Brandalizze: Investidores vão em busca de lucros em Chicago e Soja recua;
  • Sérgio Braga: Boi gordo a R$255@ já é realidade em SP e com tendência de alta;
  • Vlamir Brandalizze: Milho segue com forte demanda no Brasil;
  • Frederico Olivi: Como melhorar os ambientes produtivos? Dirceu Brock ensina: faça bom manejo da palhada...

Avaliação positiva de governo Bolsonaro sobe a 40%, maior patamar do mandato, diz CNI/Ibope

SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - A avaliação positiva do governo do presidente Jair Bolsonaro subiu e atingiu o maior patamar desde que ele tomou posse em janeiro de 2019, alcançando 40%, ante os 29% registrados em dezembro do ano passado, mostrou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira.

De acordo com o levantamento, a avaliação negativa do governo ficou em 29% ante os 38% do levantamento do final do ano passado, e 29% apontam o governo como regular, contra 31%.

O levantamento apontou ainda que 50% aprovam a forma de Bolsonaro governar, ante 41% na pesquisa anterior, ao passo que 45% a desaprovam, contra 53% no final de 2019.

A pesquisa, feita pelo Ibope e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), auferiu ainda a confiança no presidente, e 46% disseram confiar --ante 41% em dezembro-- e 51% afirmaram não confiar --contra 56% na sondagem anterior.

Foram ouvidas 2 mil pessoas entre os dias 17 e 20 de setembro em 127 municípios. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Paraná reduz projeções para safras de milho e trigo 2019/20; mantém soja 2020/21

SÃO PAULO (Reuters) - A produção de trigo do Paraná deve alcançar 3,32 milhões de toneladas em 2020, estimou o Departamento de Economia Rural (Deral) nesta quinta-feira, com leve queda ante os 3,47 milhões de toneladas projetados no fim do mês passado.

Na mesma linha, o Deral revisou para baixo a estimativa de produção de milho segunda safra 2019/20, para 11,65 milhões de toneladas, em relação aos 11,77 milhões projetados no fim de agosto.

Com poucas chuvas para avançar com o plantio do cereal, o órgão ligado ao governo do Estado manteve as projeções para o milho primeira safra 2020/21, assim como para a soja, cuja semeadura ainda não começou.

As projeções para a área de plantio da temporada iniciada neste mês também foram mantidas em alta de 1% tanto para o milho verão (360,4 mil hectares) quanto para a soja (5,54 milhões de hectares).

EUA registram novas vendas de arroz e trigo ao Brasil

(Reuters) - O Brasil comprou mais arroz e trigo dos Estados Unidos na última semana, mas dessa vez os volumes semanais registrados pelo Departamento de Agricultura norte-americano (USDA) foram relativamente pequenos, com brasileiros mantendo importações dentro das cotas isentas de tarifas em um ano de preços recordes das commodities agrícolas no país.

Depois de marcar na semana passada uma atípica venda de 30 mil toneladas de arroz norte-americano ao Brasil, após o governo brasileiro ter zerado a Tarifa Externa Comum (TEC) para países de fora do Mercosul à uma cota de 400 mil toneladas válida até o fim do ano, nesta semana o USDA registrou negócios de 7,2 mil toneladas.

Com isso, o total de vendas de arroz dos EUA para o Brasil em 2020 já supera as 35,5 mil toneladas marcadas pelo governo norte-americano em todo o ano de 2010, o último de negociações mais expressivas do cereal entre os dois países.

A cota sem tarifa é vista pelo governo como uma forma de aliviar os preços para os consumidores no Brasil.

Contudo, a cotação da saca de 50 kg do arroz no Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro, segue renovando recordes, atingindo 106,24 reais na quarta-feira, máxima histórica, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

TRIGO

A cotação do trigo perdeu força em relação às máximas do ano de mais de 1.200 reais a tonelada vistas anteriormente em 2020, mas ainda continua em patamares historicamente elevados, em torno de 1.150 reais, apesar do início da colheita no Brasil e de compras de centenas de milhares de toneladas do produto fora do Mercosul, principalmente nos Estados Unidos, segundo Cepea.

Trigo e arroz têm tido forte demanda devido às medidas de isolamento em função da pandemia, mas o câmbio é fator importante na composição dos preços aos produtores.

Com isso, o governo brasileiro isentou da TEC uma cota de 1,2 milhão de toneladas de trigo neste ano até novembro, favorecendo importações como as marcadas pelos USDA na última semana.

Nesta semana, o USDA registrou vendas de apenas 3,1 mil toneladas de trigo HRW, elevando para mais de 600 mil toneladas o total adquirido do produto nos EUA este ano.

(Por Roberto Samora)

Cenário econômico global "é um pouco menos sombrio" do que se esperava, diz FMI

WASHINGTON (Reuters) - A perspectiva econômica global não é tão sombria quando esperado há apenas três meses, afirmou nesta quinta-feira uma importante autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI), citando dados econômicos melhores do que o esperado da China e de outras grandes economias.

Entretanto, Gerry Rice, porta-voz do FMI, disse a repórteres que o cenário global geral permanece desafiador como resultado da pandemia de coronavírus e de seu impacto sobre muitos setores econômicos.

A situação continua "precária" em muitos países em desenvolvimento e mercados emergentes, excluindo a China, disse ele, destacando que o FMI também está preocupado com o aumento dos níveis da dívida.

O FMI vai divulgar seu mais recente relatório Perspectivas Econômicas Globais em 13 de outubro. Em junho, o Fundo reduziu ainda mais suas previsões para a produção global de 2020, prevendo que a economia mundial encolherá 4,9%, ante contração de 3,0% prevista em abril.

Rice não apresentou novos números, mas disse que dados recentes da China e de outras economias avançadas foram melhores do que o esperado.

"Dados recentes sugerem que as perspectivas podem ser um pouco menos terríveis do que no momento da atualização das últimas perspectivas econômicas em 24 de junho, com partes da economia global começando a virar a esquina", disse ele em uma coletiva regular.

Também há sinais de que o comércio global está começando a se recuperar lentamente após lockdowns generalizados com o objetivo de conter a propagação do vírus, disse Rice.

"Mas eu gostaria de enfatizar que não estamos fora de perigo e as perspectivas continuam muito desafiadoras, especialmente para muitos mercados emergentes e países em desenvolvimento, exceto a China", disse ele, observando que muitos desses países enfrentaram uma fraqueza contínua na demanda doméstica, menor demanda de exportação, redução das remessas e declínios no turismo.

"Com esses fatores em conjunto, estamos muito preocupados com a possibilidade de esta crise reverter os ganhos na redução da pobreza que foram feitos nos últimos anos e o progresso que foi feito em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", disse Rice, referindo-se às ambiciosas metas estabelecidas pelas Nações Unidas há cinco anos para acabar com a pobreza e a desigualdade.

Não estamos dispostos a correr riscos inflacionários por questões fiscais, diz Campos Neto

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira que, ao condicionar o compromisso de não elevar os juros à manutenção do atual regime fiscal, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou claro que não está disposto a correr riscos nesse campo.

"O que nós queremos dizer é que nós não estamos dispostos a correr riscos inflacionários oriundos de questões fiscais, essa é a mensagem principal", afirmou Campos Neto ao ser questionado exatamente a que o BC se refere quando cita, em sua nova política de prescrição futura, que o compromisso é condicional à "manutenção do atual regime fiscal".

"Não podemos trabalhar com suposições, então eu acho que foi delineado o que nós queremos dizer com isso", disse Campos Neto. "Se esse fator for atingido, nós vamos retirar o 'forward guidance' e passar a examinar qual é a situação que vai se apresentar no momento seguinte."

Investimento direto no país está mais volátil, mas vejo como positivo, diz diretor do BC

 

BRASÍLIA (Reuters) - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, afirmou nesta quinta-feira estar notando um aumento da volatilidade quanto ao Investimento Direto no País (IDP), mas disse ver o movimento como positivo.

"É capital indo para alocação que faz mais sentido", afirmou ele em coletiva de imprensa, após dizer que era um pouco "jabuticaba brasileira" IDP ser tão estável em períodos tão distintos.

Sobre a economia, Kanczuk afirmou que analistas e o próprio BC têm se surpreendido com números melhores para atividade, com uma volta mais rápida do que a esperada.

Dólar abandona alta e passa a cair mais de 1% com melhora externa

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar abriu mão da alta de mais cedo e passou a mostrar firme baixa nesta quinta-feira, caindo cerca de 10 centavos de real desde que bateu a máxima acima de 5,62 reais, puxado por uma melhora de sinal nos mercados externos.

No fim da manhã, a moeda já havia zerado os ganhos anteriores, depois de o Tesouro Nacional anunciar volumes e disposição de vencimentos de títulos públicos para leilão nesta quinta-feira que agradaram a investidores.

Às 13:11, o dólar recuava 1,04%, a 5,5296 reais na venda. Na mínima, atingida há pouco, a cotação desceu a 5,5225 reais (-1,17%), depois de na máxima, alcançada por volta de 10h45, subir a 5,625 reais (+0,67%).

No exterior, o índice do dólar ante uma cesta de moedas virou e passou a cair, enquanto divisas emergentes experimentavam firme recuperação, com o peso mexicano em alta de 0,9% depois de cair 1,4% mais cedo.

O Tesouro reduziu a oferta de LFT (título com rentabilidade atrelada à Selic) para 100 mil papéis, ante 500 mil de operações recentes, e elevou a disponibilidade de NTN-F --ativo com tradicional demanda de estrangeiros-- de curto prazo.

No geral, o ajuste feito pelo Tesouro foi elogiado, depois de leilões recentes em que os volumes e disposição dos lotes causaram instabilidade no mercado de renda fixa, o que acabou contaminando o câmbio, tendo de pano de fundo temores sobre a sustentabilidade fiscal do país.

Alguns analistas afirmam que o nível baixo da Selic, de 2% ao ano, tem contribuído para a pressão no mercado de renda fixa, elevando temores sobre liquidez no sistema em meio a sinais de alta na inflação.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira que, ao condicionar o compromisso de não elevar os juros à manutenção do atual regime fiscal, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou claro que não está disposto a correr riscos nesse campo.

O contrato mais líquido de dólar futuro caía 1,13%, a 5,5285 reais, após alcançar 5,6240 reais, maior patamar intradia desde 26 de agosto.

Na última sessão, o dólar à vista saltou 2,18%, a 5,5876 reais na venda. O movimento foi reflexo da aversão a risco generalizada nos mercados internacionais após uma aceleração na disseminação do coronavírus levar à adoção de novas medidas de restrição no Reino Unido, gerando temores de que mais economias importantes voltem a limitar sua atividade diante do avanço da pandemia.

A queda do dólar nesta sessão ocorria após quatro pregões seguidos de alta, período em que a cotação saltou 6,8%.

"O ponto-chave é que existe muita volatilidade derivada de um nível de incerteza grande", disse à Reuters Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Haitong, citando um arrefecimento no movimento de compra de dólares nesta manhã depois da disparada registrada na véspera, mas destacando que "ainda há um sentimento de cautela tanto doméstica quanto internacional em meio a risco de uma segunda onda de Covid".

"A rapidez na valorização reflete o risco exterior, e com o risco fiscal local tudo é exacerbado", completou Serrano.

O principal temor dos investidores domésticos gira em torno do teto de gastos, já que há dúvidas sobre como o governo Jair Bolsonaro financiaria um programa de assistência social sem estressar as contas públicas.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou na quarta-feira que a gestão irá manter o teto de gastos e o rigor fiscal e que não haverá propostas para aumentar carga tributária.

Fonte: Notícias Agrícolas/Reuters

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