Acordo EUA e China: Mais importante é a demanda por carnes do Brasil, diz Gerhard Bohne (Bayer)
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Confira e entrevista com Gerhard Bohne - Presidente da Divisão de Crop Science Brasil - Bayer
Para 2020, as expectativas da Bayer são positivas para o agronegócio brasileiro, é o que afirma Gerhard Bohne, presidente da divisão de Crop Science Brasil da Bayer. Segundo ele, mesmo com um possível acordo entre Estados Unidos e China, o Brasil continuará sendo beneficiado. "A China precisa dos dois parceiros e será de grande importância a demanda por carne", disse Bohne.
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Com a demanda por proteína animal, diversos setores do agronegócio brasileiro irão se beneficiar. Soja e milho, por exemplo, terão que atender a produção de ração. Além disso, o setor de carnes brasileiro terá que ter mais investimentos para aumentar sua produção. Por sua vez, a tecnificação e profissionalização do setor de carnes exigirá maior produção de grãos, formando assim um ciclo virtuoso entre as duas cadeias produtivas.
Nesse cenário, a Bayer consolida seu primeiro ano na integração com a Monsanto, considerado como um grande sucesso para Bohne. Para o futuro, o presidente vê que apenas com a agricultura digital e a adoção de inovação será possível que os produtores rurais alcancem maiores patamares de produtividade. "Com o uso de germoplasma, biotecnologias e proteção de cultivo, é possível que os produtores cheguem a 100 sacas por hectare. O concurso promovido pelo CESB está aí para comprovar isso", explicou Bohne.
Ao ser questionado sobre os processos que a empresa vem enfrentado por causa de patentes, Bohne disse que a Bayer decidiu postergar o lançamento de novas tecnologias. "O desenvolvimento desse tipo de tecnologia exige anos de investimentos, então a lei permite que a exclusividade da tecnologia seja garantida pela patente. Dessa forma, a empresa recupera o capital investido na tecnologia. Quando produtores, através de associações, nos processam, fica a pergunta: Será que esses produtores estão mesmo interessados em inovação?", disse.
Veja a entrevista completa no vídeo acima.