Chove no nordeste e Sergipe está pronto para dar salto na produção agrícola
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Entrevista com Gleiton Medeiros - Consultor em Agronegócio sobre o Barragem em Sergipe
O estado do Sergipe tem recebido bons volumes de precipitações nos últimos dias que vai beneficiar diversas produções agrícolas. Além disso, os produtores rurais do menor estado da federação estão investindo em tecnologias e conhecimentos para alcançarem altas médias de produtividade com o cultivo do milho.
De acordo com o Consultor em Agronegócio da região de Itabaiana/SE, Gleiton Medeiros, a agricultura está promovendo uma transformação no semiárido nordestino em que a localidade está investindo na produção de milho e batata doce. “o estado de Sergipe é uma área nova de produção de conhecimento da população brasileira, porém já cultivamos o cereal a mais de 35 anos e gera excelentes produtividades”, afirma.
Ainda segundo o consultor, os solos nos estados são considerados os mais férteis de todo o país em que proporciona uma rentabilidade média de 220 sacas do grão por hectare. “Claro que o produtor precisa investir em tecnologia para alcançar essas médias de produtividade. Por outro lado, temos muitos problemas com a falta de assistência técnica rural e com a estiagem”, comenta.
No ano de 2016, o estado registrou 90% de quebra, sendo a maior perda na agricultura devido às condições climáticas adversas. Já no ano de 2017, quando a barragem Cajaíba sangrou, os produtores rurais tiveram a maior safra de milho com 13.2 milhões de sacas com base nos dados da Conab.
“Sergipe é o menor estado da federação só que um dos gigantes em termos de produtividade, na qual é o segundo maior do nordeste. Na safra passada, tivemos uma quebra de 50% por conta da falta de chuvas durante o plantio e muitos precisaram fazer o replantio”, relata.
Em vídeo o Consultor em Agronegócio, Gleiton Medeiros, destacou que no dia 12 de maio de 2019 a Barragem da Cajaíba estava com o nível baixo devido a falta de chuvas.
Atualmente, as referências para o cereal estão ao redor de R$ 41,50 a saca. “Para ver que a produtividade e os preços no nosso estado são extraordinários. Inclusive, a soja está cotada a R$ 70,00 a saca na região de Luis Eduardo Magalhães/BA e no nosso estado está em torno de R$ 84,00 a saca”, ressalta.
Na região do agreste do estado todas as áreas destinadas à agricultura são irrigadas através de grandes barragens e tanques. “Infelizmente não estão sendo feitas as manutenções devidas nessas reservas de águas e as barragens podem vir a sangrar nos próximos dias já que falta 30 cm para escorrer a água", comenta.
Confira o vídeo em que o Gleiton Medeiros gravou no dia 08 de junho na Barragem de Cajaíba
Imagens dos últimos dias da Barragem de Cajaíba cheia
Confira as imagens da Barragem de de Cajaíba seca no dia 12 de maio de 2019
Confira o vídeo que o Consultor Gleiton Medeiros gravou no dia 12 de maio de 2019
na barragem da Cajaíba que estava seca.
Batata Doce
Com relação à produção de batata doce, o consultor salienta que a localidade é responsável por umas das maiores produções da variedade e abastece todos os estados. “Nós estamos correndo atrás de tecnologia para ver se aumenta a oferta de comprados e garantir uma renda melhor aos produtores locais.
Além disso, parte da produção de batata doce é destinada para o Uruguai e a Argentina por conta de qualidade diferenciada do produto. “Por ser um solo argiloso a batata fica com uma particularidade diferenciada e posso garantir que é uma das melhores batatas do planeta”, destaca.