No Sudoeste Goiano, perdas na soja podem chegar a até 10%; região está sem chuvas. Veja o relato de João Batista Olivi
Na região sudoeste do estado de Goiás, as perdas na cultura da soja podem chegar em até 10% em função das adversidades climáticas. Na propriedade localizada em Montividiu está sendo realizado um dia de campo em que vai testar 44 novas variedades de cultivares, na qual será selecionada apenas cinco que vão ficar a disposição dos produtores.
Segundo o jornalista, João Batista Olivi, algumas regiões estão sem receber chuvas e outras estão com precipitações espaças. “Aqui na fazenda Canaã faz vinte dias que não chove, mas a propriedade que fica a 10 km daqui recebeu chuvas. É uma realidade da safra que observamos no Brasil todo”, comenta.
No entanto, a situação das lavouras de soja é mais complicada no norte do estado do Goiânia. “Nós estamos recebendo relatos dos produtores da região que o problema não é só pelo fato da falta de chuvas, mas sim pela as altas temperaturas. Tendo em vista, que esse veranico de vinte dias pegou os agricultores de uma forma surpreendente”, relata.
Durante o dia de campo foi possível notar uma tendência para as variedades de ciclo médio, já que os produtores rurais que cultivaram a soja precoce tiveram problemas com a produtividade. “É uma nova tendência que a gente observa entre os agricultores que é optar pelas as variedades de ciclo médio e também os cuidados com o subsolo”, ressalta.
Nesta safra 2018/19 muitos produtores rurais iniciam o plantio da soja no dia 01 de outubro e cultivando a variedade precoce. “Nós vamos saber dentro de alguns dias se valeu a pena os agricultores iniciarem o plantio da soja cedo para ter uma janela melhor para cultivar o milho safrinha. Ou então, se quem esperou saiu ganhando”, diz.
Até o momento, a propriedade Canaã está com uma perspectiva de alcançar uma de produtividade de 65 sacas de soja por hectare. “Nós vamos torcer para que tudo isso dê certo”, pontua.
João Batista Olivi salienta que o Brasil possui inúmeras demandas, mas que o Ministério da Agricultora, Pecuária e Abastecimento deveria ter um foco na previsão do tempo voltado aos agricultores. “Do que adianta os institutos terem tantas tecnologias se não temos estações meteorológicas, sendo que o certo seria ter uma estação em cada 10 km”, conta.