Economia liberal,o agronegócio está pronto? Ferramentas de proteção de preços funcionam em cenário de menor intervenção estatal?
Com o início de um novo governo no Brasil a partir de 2019, o agronegócio brasileiro se depara com uma novidade: a previsão de que haja uma economia liberal. Agora, a dúvida é se o setor deve passar por um processo de transição para se adaptar a ela.
Marcelo de Baco, corretor de mercado da De Baco Corretora de Mercadorias, conversou com o Notícias Agrícolas nesta terça-feira (27) para ajudar a entender que tipo de mudanças podem ocorrer.
Para ele, não é possível alegar "despreparo" para que o agronegócio se adapte a essa realidade. Há algum desconhecimento, mas ele visualiza que toda tecnologia que foi apresentada para o produtor, geração pós geração, foi absorvido muito rápido.
Assim, "preparado, o produtor sempre esteve". O ponto é adquirir o conhecimento. Um dos pontos necessários para se reformular é a maneira com a qual o mercado opera, no que diz respeito ao câmbio e as operações de bolsa.
A relação de paternalismo que existe com o Governo até o momento, para de Baco, tende a se sofisticar. Na Argentina e no Paraguai, o mercado já trabalha muito mais a futuro, com uma referência alheia à Bolsa de Chicago (CBOT). Assim, ele questiona o porquê de não existir uma bolsa brasileira.
A ideia é deixar com que o mercado se autorregule e para que o Governo estimule que isso aconteça. O mais importante, para Baco, é que os negócios sejam transparentes, com operações seguras e governo intervindo pouco.