Cooperativa Digital: captação e análise das informações de cada associado possibilitam recomendações personalizadas nas fazendas
As inovações tecnológicas seguem cada vez mais ganhando espaço dentro do agronegócio. Diante desse cenário, até mesmo as cooperativas agrícolas começam a investir em novidades para melhorar a qualidade do serviços prestado e do atendimento ao produtor. Dentro dessas ações está a análise digital dos dados coletados no campo.
“Para a cooperativa prestar um bom serviço ela tem que conhecer o produtor melhor do que o próprio produtor. Com todos os dados coletados por máquinas desde o plantio, manejo e colheita a cooperativa poderá não mais contratar um agrônomo, mas um cientista de dados especializados no agro para extrair as informações e prover ao produtor um conselho melhor do que ninguém”, conta Fernando Martins, especialista em agricultura digital.
Segundo Martins, o futuro coloca como única alternativa para as cooperativas se tornarem cada vez mais digitais. “As cooperativas que não adotarem isso vão caminhar para a obsolescência, ou será digital ou não será. Esse é um cenário de mudança rápido, assim que tivermos duas ou três cooperativas operando e coletando mais dados digitais isso vira norma. Até porque o digital não é atrelado ao território, é possível operar em locais distantes sem estar fisicamente”.
Apesar de uma possível resistência em um primeiro momento, assim que o produtor começar a operar neste sistema irá ver os benefícios, aponta o especialista. “O importante desse diálogo é que as pessoas façam um questionamento interno e procurar entender mais. Vamos testar, pegar alguns dados, fazer um teste em uma lavoura menor. O produtor vai ver que a equação econômica é muito forte”.