Logística comprometida e volatilidade cambial comprometem chegada de insumos da safra 2018/19; falta de paraquat preocupa
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Entrevista com Eduardo Lima Porto - Diretor da LucrodoAgro sobre a Logística dos insumos da safra 2018/19
Nesta terça-feira, Eduardo Lima Porto, diretor da LucrodoAgro, conversou com o Notícias Agrícolas a respeito do custo e da logística dos insumos para a nova safra, frente a um cenário de incerteza cambial e financeira, bem como de dúvidas a respeito da questão dos fretes rodoviários.
Ele salienta que o agricultor, "além de precisar ter habilidade matemática acima do normal, também é um grande malabarista". A situação segue confusa desde o tabelamento dos fretes e alguns produtores não receberam insumos.
Nesta frase, como avalia Porto, o problema caiu na mão das indústrias de fertilizantes, que trabalha com margens afetadas. Contudo, qualquer alteração no quadro logístico traz prejuízos para a cadeia.
A região Centro-Oeste, em principal, está sofrendo a falta do paraquat, já que esta é uma ferramenta de dessecação fundamental nessas áreas, sem uma alternativa tecnicamente viável de performance.
Também há relatos de cancelamentos de pedidos justificados pela alteração de custos e pela variação cambial. Algumas moléculas poderão ter uma diferenciação em termos de custo comparado ao que houve na safra anterior - de forma que esta é a preocupação mais crítica no momento.
O produtor, com a somatória dos preços de Chicago e as questões fundamentais internas, tem conseguido uma margem favorável advinda da safra passada. Essa margem deve influenciar também a nova safra, embora esta esteja com índice de comercialização menor do que as anteriores.
Para ele, o que mais causa preocupação são as recuperações judiciais brasil afora, o que aumentou a percepção de risco no mercado de crédito em relação a determinados players.
Em regiões onde os módulos rurais são menores, como no Sul do país, a presença da cooperativa se torna importante para os fornecedores, já que reduz o custo logístico.