O uso do glifosato segue como tecnologia importante para o cultivo da soja mas não deve ser encarado como única alternativa
Nesta segunda-feira (01), o consultor técnico Áureo Lantmann conversou com o Notícias Agrícolas a respeito do futuro da utilização do glifosato no agronegócio brasileiro. Após a liberação do uso do produto para esta safra, a pergunta agora é: até quando essa tecnologia será viável para os produtores do país?
Na discussão apresentada pelo consultor, observa-se que o uso do produto, por questões biológicas, está sendo vencido. "Não podemos imaginar que uma única tecnologia vai dar certo. Isso acaba criando um problema ao invés de trazer uma solução", ressalta.
Ele lembra que a biologia é dinâmica e muda de acordo com a pressão que se coloca sobre ela. O glifosato é uma tecnologia prática e barata para o produtor, mas há muito manejo inadequado envolvido em seu uso, sobretudo no que diz respeito à dose segura para a aplicação.
Para Lantmann, o uso do glifosato precisa ser redefinido. Até o momento, não existe uma tecnologia melhor no mercado e será precico retroceder para dar conta do que está vindo em forma de resistência. Ele lembra que, desde que bem conduzido, é possível fazer plantio direto sem glifosato.
O consultor ainda salienta que há materiais convencionais no mercado com potencial de produção igual ou até maior do que os transgênicos. Essa seria, portanto, uma forma de diversificar a tecnologia.
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