Produtores do MT conhecem na índia tecnologia de ponta na agricultura

Publicado em 06/09/2018 13:07
Marcos da Rosa - Vice-Presidente da Famato
Agricultores do MT conheceram tecnologia de ponta na Índia -- Entrevista com Marcos da Rosa - Vice-Presidente da Famato.

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Entrevista com Marcos da Rosa - Vice-Presidente da Famato, Líderes do Agro verificam iniciativas na Índia

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Marcos da Rosa, vice-presidente da Famato, conversou com o Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (6) para contar um pouco do que viu em missão pela Índia, país que tende a ter o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, atrás de Estados Unidos e China.

A missão, que contou com os órgãos do Sistema Famato e parceiros, foi feita com o objetivo de saber mais sobre a produção de alimentos no país, bem como conhecer os avanços da economia e da pesquisa e a possibilidade de exportação de grãos por parte do Brasil.

Hoje, a Índia é o terceiro centro tecnológico do mundo, atrás de Estados Unidos e Israel. Com isso, várias startups relacionadas ao agronegócio vêm surgindo por lá. Dentre elas, Rosa destaca um levantamento por satélite que indica com 95% de acerto a área real de produção de cada produtor, bem como um serviço de aluguel de tratores, já que a disponibilidade de máquinas próprias é pequena.

O vice-presidente conta ainda que a missão foi verificar a possibilidade de produzir feijão e pulses para os indianos, embora tenham observado que, em condições normais de clima e produção, a Índia pode ser autossuficiente na produção de alimentos.

Com a saída da China do mercado norte-americano, o mais provável é que os Estados Unidos tenham a Índia como foco para as suas exportações. Rosa conta que já há vários escritórios norte-americanos no país asiático neste momento.

Confira a entrevista completa no vídeo acima

Leia o relato que o vice-presidente da Famato fez sobre a viagem à Índia

Iniciamos em Nova Delhi, 40 milhões de habitantes. Trânsito ruim mais, são hábeis motoristas, se respeitam, buzina o tempo todo, como aviso," estou aqui ao seu lado". Cidade limpa nos limites das instituições federais e internacionais. No restante da localidade, tem muita pobreza e lixo como todas as cidades que passamos. Agora 200 km, Hyderabad 1800km. Bangalore nas avenidas principais, mais limpo um pouco. 

Em todos os lugares comida com muito condimento, alimentação difícil para nós. Nos hotéis internacionais é possível se livrar um pouco dos condimentos, mas pimenta sempre tem um pouco. Visitamos Universidades, onde assinamos como FAMATO os termos de cooperação técnicas. Eles fazem pesquisa, treinamento e extensão rural.

Visitamos centros de startups e centros de incentivos a novas tecnologias. Este conceito é atuação na minha opinião está nivelado no mundo. No Brasil estamos bem. Em volume e organização 1° EUA, 2° Israel e 3° Índia. O que chama a atenção é a previsão dos Satélites. Na Índia um de aluguel de máquinas, igual a Uber, método eficiente.

A Índia utiliza 60% do território para produção agropecuária. Dados do Governo são de 1,5 ha/produtor. Dados de um levantamento particular por satélite 1,0 ha/produtor. São auto-suficientes na produção. O que precisam é produzir mais proteína, onde teremos chance de comércio no futuro. Nos feijões e pulse tem uma variedade enorme, estão mais adiantados que nós. Como por exemplo um milheto miúdo, utilizado para alimentação. Diante disto, nossa comercialização com eles é mínima. Existe apenas por segurança alimentar.

70% da população vive no Campo, são Vilas a cada 7 km. Em condições mínimas de sobrevivência. Motivo pelo qual, o êxodo rural inicia fortemente. Media é $800,00 dólares/ família/mês. Dificuldades sociais (saúde, ensino, alimentação, etc. 

Terras por onde andamos são planas. 1ha/por família não permite construções, por isto as vilas. Carne bovina não encontramos. Vaca é sagrada, o abate delas gera confusão e até ataque e morte de pessoas. Loucura. Comemos carne de búfalo e de ovinos. Carne de frango é normal.

Enfrentam problema hídrico, índices pluviométricos maiores de 1300mm. Na maioria das regiões produtoras 700mm, e algumas quase nada. Depósito de água no solo é pequeno. Por tanto nossas possibilidades de exportação é com o aumento de renda deles, maior consumo de proteínas e nos problema climáticos com reprodução menor. Escrevi este breve resumo viajando para casa. Sem sinal de internet.

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Por:
João Batista Olivi
Fonte:
Notícias Agrícolas

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