Pesquisa que listou glifosato como cancerígeno apontou o potencial risco mas não considerou o tempo de exposição ao produto
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Pesquisa que listou glifosato como cancerígeno apontou o potencial risco mas não considerou o tempo de exposição ao produto
Guilherme Cruz, gerente de Assuntos Científicos da Bayer, conversou com o Notícias Agrícolas a respeito da decisão judicial que trouxe a possibilidade de suspensão do uso do glifosato no Brasil.
Na entrevista, Cruz destacou a importância do produto para sistemas como a rotação de culturas e o plantio direto no Brasil, que têm sua base no uso do herbicida.
A Bayer, segundo o gerente, recebeu a notícia com cautela, mas acredita que esta não tem um fundamento científico e, sim, político. Ele aponta que o glifosato é seguro e que outros países já consideraram o produto apto para o uso.
Há alguns anos, um órgão de pesquisa concluiu que o glifosato poderia ser, possivelmente, cancerígeno. Contudo, o produto foi colocado na mesma categoria de outros itens como salsicha, salame e café. Essa decisão serviu como gatilho para que agências regulatórias ao redor do mundo fizessem reavaliações, mas estas declararam a segurança do glifosato posteriormente.
A Anvisa está realizando uma reavaliação, o que exige um trabalho bastante técnico, de forma que Cruz acredita não fazer sentido apressar o resultado como a justiça está fazendo.
A Bayer aguarda a derrubada da liminar, mas, caso o produto for realmente suspenso, irá obedecer a justiça e parar a comercialização e a produção do glifosato.