Protecionismo resultado da guerra comercial entre China e EUA pode afetar economia mundial e derrubar preços das commodities
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Entrevista com José Augusto de Castro - Presidente da AEB sobre a Disputa entre EUA e China pode afetar o Brasil?
Em meio a uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, o Notícias Agrícolas conversou com José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), para saber se essa questão representa uma oportunidade ou um problema para o Brasil.
Castro visualiza, assim, que a guerra pode trazer oportunidades, já que há poucos produtores de soja em expressão no mundo e a Argentina enfrentou problemas com a sua produção. Contudo, a safra de 2018 do Brasil está praticamente vendida, de forma que o mercado nacional deve mirar a produção de 2019.
A safra norte-americana, entretanto, tende a vir com bons volumes, de forma que os produtores brasileiros podem se beneficiar de uma antecipação das vendas diante dessa incerteza para os Estados Unidos.
O problema que os brasileiros encontram, neste momento, é a questão dos fretes, o que pode criar uma barreira entre essas oportunidades. Para o presidente, as altas que viriam dos prêmios e do câmbio poderiam, ainda assim, compensar o valor.
Ele avalia que China e Estados Unidos são grandes países e que "um precisa do outro", fazendo com que a tendência para o futuro seja um acordo. "Mas, nesse momento, a gente não pode afirmar nada".