Satélite da Telebras consome R$ 800 mill por dia e não atende às populações excluídas. Decisão está com Carmen Lúcia, do STF
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Satélite que leva internet as áreas rurais, com Lia Ribeiro Dias - Diretora Editorial do Momento Editorial
Lia Ribeiro Dias, diretora editorial do Momento Editorial, conversou com o Notícias Agrícolas nesta terça-feira (08) para debater a questão da falta de conectividade no Brasil, em um momento no qual um satélite da Telebrás está no espaço e, por conta de embargos judiciais, está sendo aproveitado apenas para uso militar.
Dias conta que esse satélite, construído pela França, começou com uma licitação de capacidade para terceiros, que não recebeu interesse. Depois, a Telebrás partiu para uma parceria e foi contestada na justiça. A decisão, agora, está nas mãos da ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A diretora avalia, portanto, que "toda essa confusão decorre de um processo de encaminhamento errado que deveria ter encarado a exploração do satélite como uma exploração social do país", já que muitas áreas dependem de conectividade e os projetos não possuem agilidade na decisão.
Agora, empresas internacionais estão entrando no país para concorrer e oferecer esses serviços de competitividade, aproveitando a inoperância dessa situação.
Briga judicial faz satélite brasileiro de R$ 2,7 bilhões levar internet a menos de 0,1% dos pontos planejados (no G1)
Um ano após ter sido lançado ao espaço, o primeiro satélite integralmente controlado pelo Brasil foi usado para levar banda larga a menos de 0,1% dos locais planejados inicialmente, devido a uma briga judicial que envolve a Telebras e empresas de telecomunicações e já foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF).
O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) completou aniversário de um ano da decolagem nesta sexta-feira (4), após consumir R$ 2,78 bilhões em investimentos.
Parceria entre o Ministério da Defesa e a Telebras, o SGDC tem seu uso compartilhado entre militares e civis. O Exército usa 30% da capacidade do equipamento para conectar suas instalações, como postos da fronteira. Já empresa de capital misto usa o restante para fornecer conexão contratada por diversos órgãos do governo federal.
O negócio foi modelado para que a Telebras contratasse uma empresa para instalar a infraestrutura de rede em todo o Brasil. Em contrapartida, ela poderia explorar a capacidade não utilizada para ofertar seus próprios serviços de banda larga.
Prejuízo de R$ 100 milhões
Após manter um processo de chamamento público aberto por oito meses e não encontrar interessados, a Telebras passou a receber propostas privadas. No começo do ano, escolheu a norte-americana Viasat, que até então não atuava no país.
Leia a notícia na íntegra no site do G1.