No Maranhão, produtores investem em tecnologia e buscam novos nichos de mercado para a cultura da soja

Diretamente de Balsas (MA), na AgroBalsas 2017, o Notícias Agrícolas conversou com a superintendente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen), Gisela Introvini, que destacou a importância da informação e da sustentabilidade para os produtores do estado.

Para Introvini, a AgroBalsas é um evento essencial para os produtores rurais da região conhecerem novidades a nível de Brasil, além de ainda possuir informações direcionadas especialmente para os agricultores familiares, que são carentes de novas tecnologias.

Como conta a superintendente, a agricultura no estado é proveniente da migração de pessoas de outras regiões que, depois de 20 anos, conseguiram corrigir e produzir nos solos do Cerrado. "Agora, podemos nos dar ao luxo de falar de sustentabilidade e de mercados diferenciados", diz.

A Fapcen "existe para quebrar paradigmas". O primeiro desses paradigmas foi um trabalho junto com a Embrapa, de 2000 a 2005, para consolidar as cultivares de soja, que se espalharam por vários outros estados que têm baixa altitude. Agora, o segundo desafio é a certificação das propriedades.

De acordo com Introvini, são mais de 500 mil hectares certificados até agora. Um outro desafio, ainda, é produzir soja convencional em algumas áreas ao invés da soja transgênica, para atender a uma demanda de mercado.

As transformações causadas pelo agronegócio não têm mudado somente a vida no campo - mas também a vida nas cidades, levando informação e gerando emprego. Ela conta que, com o ser humano motivado para produzir, "todo produtor que entender essa linguagem vai ter sucesso também na sua propriedade".

Qualquer coisa pode vir a interferir no clima nesta região. Por isso, os produtores devem estar preparados ainda para este futuro, além de manter a atenção nas questões sustentáveis.

O Maranhão, como conta a superintendente, tem uma produtividade "fantástica" e que oferece várias opções para os produtores. O que falta, entretanto, é a informação, mas ela destaca ainda que "tudo o que promovemos nós conseguimos fazer acontecer".