Agronegócio continua como âncora da economia e deve bancar saída de nova crise política instalada no Brasil
Frente ao atual cenário, o professor Roberto Rodrigues, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que ângulos devem ser analisados: os efeitos sobre o agronegócio e como o nosso agronegócio reagirá a esses efeitos.
Para ele, questões fundamentais para o Brasil crescer, como as reformas que estavam em andamento, serão paralisadas. Assim, resta saber quão profundo serão os efeitos dessa delação sobre as reformas.
Ele lembra que o agronegócio continua sendo a âncora do país e que, não obstante tudo isso, o agronegócio deve bancar a saida dessa crise. "Precisamos de mão firme na direção e olho na estrada", diz o professor.
O cenário que se traça a partir dessa situação de crédito mais caro, aumentos dos custos e quebra de confiança, serão um custo caro para a agricultura, assim como o Plano Safra anunciado às pressas.
Uma pessoa de confiança do setor econômico, para o professor, considerando o fim do governo Temer, que ainda não é uma coisa clara, seria necessária. Dessa forma, precisaria-se de um grande pacto para definir um nome que seja capaz de fazer parte deste projeto.
Para o professor, é preciso ter muita seriedade em relação aos governantes que serão escolhidos nas próximas eleições, já que essas decisões irão definir o futuro do país.
Tendo em vista que Michel Temer não aceitou renunciar em seu pronunciamento realizado hoje, o professor diz que esse posicionamento era esperado, mas que "isso tem que ser esclarecido à exaustão".