"É óbvio: Semente ruim não produz soja boa. O barato sai caro", diz Paulo Dejalma Zimmer
O pesquisador Paulo Dejalma Zimmer, que é professor na Universidade Federal de Pelotas (UFPel-RS), participou de um debate no estande da Fertiláqua durante a Showtec 2016, que está sendo realizada na cidade de Maracaju (MS). Neste debate, ele trouxe à tona a discussão do impacto da qualidade das sementes na produtividade no estado, além de algumas mudanças fundamentais na economia e no clima que interferem na lucratividade do produtor rural.
Zimmer começa a discussão dizendo que gostaria de planejar uma lavoura de soja que não dependesse de fatores móveis, como o mercado em Chicago e as questões climáticas, para planejar seu desenvolvimento. O desafio, segundo ele, é colocar a "engrenagem em sintonia", harmonizar as tecnologias para que seja possível passar por todas as intempéries.
Ele lembra que quem produz de 70 a 80 sacas por hectare vai estar confortável, independentemente dos preços em Chicago. As soluções buscadas pelos produtores para solucionar os problemas sempre foram inúmeras, mas, de acordo com o professor, é preciso apostar na construção de lavouras.
Para isso, é preciso se preocupar com o solo, buscar conhecimento em genética e ter uma atenção para a população de plantas aplicada. O checklist da produtividade, para ele, conta com a genética em primeiro lugar, depois, a capacidade de produtividade da planta e o desempenho de cada planta, harmonizada com o solo e com o ambiente.
Usar sementes de alta capacidade fisiológica, com alto vigor, é uma opção. A indústria sementeira vem adquirindo estrutura física, informação e conhecimento para atender aos produtores. No entanto, além de o produtor ter que tomar cuidado com a utilização dessas sementes, elas também não poem ser vistas como um insumo que não falha. Uma semente de alta qualidade pode formar uma lavoura de baixo potencial se as outras condições não forem benéficas.
Confira, no vídeo acima, o debate completo com Paulo Dejalma Zimmer.