Entidades do agro precisam alinhar o discurso e as ações, principalmente pós desfile da escola no Rio de Janeiro
Podcast
Entidades do agro precisam alinhar o discurso e as ações, principalmente pós desfile da escola no Rio de Janeiro
O setor do agronegócio continua emitindo suas opiniões a respeito do samba-enredo "Xingu, o Clamor da Terra", que será apresentado pela escola de samba Imperatriz Leopoldinense no Carnaval carioca neste ano e, na visão do setor, traz uma crítica clara ao produtor brasileiro.
Almir Rebelo, presidente do Clube Amigos da Terra e vereador de Tupanciretã (RS), acredita que as entidades do setor "precisam entender que há um movimento ambientalista internacional muito forte contra o agronegócio". Na visão de Rebelo, o Carnaval e a grande mídia são utilizados para difundir essa visão.
Para ele, as entidades devem se reunir, saber quem está por detrás do tema apresentado pela escola de samba e discutir, juntos, ações concretas que podem gerar resultado. Ele lembra que a novela Velho Chico e o cantor Chico César já apresentaram visões parecidas com a apresentada anteriormente.
Ele diz que é preciso promover também uma audiência com o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, com o Ministro da Cultura, Roberto Freire e também com Sarney Filho, Ministro do Meio Ambiente, que já gerou polêmica ao tomar ações impopulares contra o setor. Nesta audiência, ele diz que deve ser cobrada uma atitude política e uma posição da organização do Carnaval, fazendo com que a escola tire as alas que criticam o agronegócio da avenida.
Na posição de Rebelo, a discussão de demarcação de terras indígenas deve ser encerrada. Ele lembra que as áreas indígenas ocupam uma porcentagem maior do território brasileiro do que a agricultura e que o setor precisa "desenvolver a humildade, o patriotismo e o senso de unidade para defender o espaço da agricultura na sociedade".