Potencial produtivo da soja no PR será afetado pela redução das chuvas em pleno período de floração e frutificação, diz Cropview
Esta análise vem em um momento climático no qual deve-se ter a incidência do La Niña que, ao contrário dos anos anteriores, retira as chuvas do sul do Brasil e leva grandes volumes para o Centro-Norte do país.
Em Toledo, que é uma importante região produtora do país, a simulação de plantio a partir do dia 15 de setembro, após a liberação do vazio sanitário, possui 100% de produtividade no início da safra, mas devido à interferência do corte das chuvas, pode chegar a uma produtividade de 78% na colheita. A previsão é inferior à média dos últimos 10 anos, o que deve gerar uma penalização dentro da normalidade.
Já em Maringá, na região norte do Paraná, o plantio está atrasado por falta de chuvas, com produtor evitando arriscar neste momento. Com previsão de data de plantio para 01 de outubro, a situação é favorável para o desenvolvimento, penalizando menos do que no oeste por conta de chuvas mais regulares.
Quem deixou para plantar mais cedo, em 15 de setembro, a penalização deve ser maior. Já para 01 de novembro, há mais chances de um melhor rendimento, por conta de um maior volume de chuvas.
Na cidade de Bom Jesus (PI), o regime de previsão de chuvas é bastante favorável. Com o plantio em 10 de outubro, o desenvolvimento vegetativo, no entanto, sofre uma penalização por conta da falta d'água, já que o plantio foi feito em um momento no qual o solo ainda não se encontra recuperado, gerando assim um quadro de 66% de produtividade ao final da colheita. Já para quem plantou em 10 de novembro, a produtividade aumenta. As chuvas encontram a lavoura no florescimento, com pequena penalização no desenvolvimento vegetativo. Para 10 de dezembro, a penalização pelo excesso de chuvas é pequena, devendo gerar uma produtividade de 62 sacas por hectare ao final da safra.
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