MST e FNL seguem com as invasões à fazendas no Pará. Outras duas propriedades foram invadidas nos últimos dias
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e FNL (Frente Nacional de Luta) estão intensificando as invasões a fazendas no Pará. Armados, amedrontam e depredam as propriedades, trazendo grande apreensão a produtores em todo o estado.
Marcelo Freitas, filho do proprietário da Fazenda Serra Norte, em Eldorado dos Carajá (PA), Geraldo Rodrigues de Freitas, conta que as terras estão invadidas desde 8 de agosto deste ano por grupos que levantam a bandeira do MST e FNL, entre outras do mesmo segmento.
Com dificuldade de realizar os tratos necessários, os funcionários convivem com homens armados que fazem ameaças constantes.
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No final de outubro (28), os integrantes dos movimentos organizaram o ataque a sede da propriedade. Segundo a Polícia Militar local, os invasores usaram explosivos para destruir a casa onde moravam os funcionários da fazenda. Máquinas e casas no terreno também foram incendiadas.
Na ocasião vinte e quatro pessoas foram presas e levadas para a delegacia de Parauapebas (PA), sendo acusadas de participar da invasão a Fazenda Serra Norte. Com o grupo foram encontradas armas e munição.
A Fazenda, porém, permanece invadida, sendo apenas a sede liberada pelos invasores. Segundo Freitas, "na quarta-feira (9) o oficial de justiça irá até o acampamento entregar a reintegração de posse, obrigando a retirada dos grupos".
"A situação ainda é tensa, continuamos recebendo ameaças, estão roubando gado e depredando patrimônio. A insegurança aqui é muita", declara o produtor rural.
Freitas relata que outras propriedades na região foram invadidas nos últimos meses. Além disso, o grupo tem fechado estradas e rodovias, impedindo o trafego de mercadorias e pessoas.
Há meses, integrantes do MST interditam a rodovia BR-155 em Eldorado dos Carajás. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os manifestantes reivindicam a desapropriação da Fazenda Surubim para reforma agrária.
Além da falta de segurança, Freitas reclama que "não existe investidor que queria entrar na região" devido as frequentes invasões e destaca a importância dos produtores se unirem para combater as frequentes ocupações.