Entrada de feijão irrigado do Brasil Central derruba preços e encerra a crise de abastecimento

Publicado em 04/07/2016 10:04
"Atenção srs. ladrões: roubar cargas de feijão, agora, é mico"!!!"

Podcast

Atenção srs. ladrões: roubar cargas de feijão, agora, é mico

 

Download

 

Por Notícias Agrícolas 

Com uma oferta expressiva de, aproximadamente, 27.000 scs (vinte e sete mil sacas), o mercado sofreu uma forte oscilação negativa já no pregão realizado na madrugada, onde foi negociado 1.400 scs (mil e quatrocentos sacas) com oscilações negativas em média de R$ 40,00 (quarenta reais) por saca. 

Porém, nesse momento, já foram reportados negócios com oscilações negativas variando entre R$ 60,00 (sessenta reais) a R$ 70,00 (setenta reais) por saca e as sobras giram em torno de 20.000 scs (vinte mil sacas).

Segundo o Informativo Bolsinha de Feijão o movimento de compradores foi bom, mas a venda deixou a desejar. Os lotes abaixo de R$ 500 a saca foram rapidamente vendidos deixando apenas os lotes mais caros nas sobras. A oferta do feijão carioca recém-colhido era de Minas Gerais, Goiás e São Paulo.

 

Boletim extraordinário: Com entrada da safra irrigada de feijão, preços devem começar a ceder

Por Juliano Seabra

Carioca (*Mercado em Baixa*)

Preto (*Mercado Firme*) 
Caupi (*Mercado Estável*)
Rajado (*Tendência de Baixa*)

MERCADO NA LAVOURA

Como já vínhamos anunciando, estamos publicando hoje um resumo do levantamento realizado pelo *APP DO FEIJÃO* sobre o mercado de feijão, em âmbito nacional, principalmente sobre a safra de pivô que está no seu início, atendendo a um pedido de toda a cadeia (produtores, empresas e etc...) por ser o *APP DO FEIJÃO* a maior referência do mercado de feijão a nível nacional, pela sua forma real e imparcial de repassar as informações doa a quem doer.

PICO DE SAFRA

Vamos ter uma mudança significativa esse ano. Na verdade, vamos ter uma antecipação em relação aos anos anteriores. 

O pico da safra de pivô ocorrerá entre a próxima quarta-feira (06/07) e vai até final de agosto, porém, vamos ter num intervalo pequeno de tempo entre 03 (três) a 05 (cinco) dias, a partir da próxima quarta-feira (06/07), uma oferta significativa de aproximadamente 1.000,000 (hum milhão de sacas). 

Nos patamares atuais de preços, uma oferta nessas proporções não será recebida de maneira positiva pelo mercado.

Obs.: Em nosso levantamento já estamos deixando de fora o feijão que tinha sido comercializado antecipadamente e que está sendo colhido e entregue nesse final de semana. 

Sobre a oferta, ela se refere a todas as regiões que estão ofertando feijão nesse momento ex: GO, MG, MT, MS, RO, DF, interior paulista e oeste baiano, além das sobras da região Sul do país.

JANELA

Na verdade, todo o mercado já estava esperando essa oscilação negativa, tanto o produtor rural, como os compradores, e não devem ser pequenas oscilações. Vamos ter oscilações negativas em grandes proporções nesse pico de safra, não adianta taparmos o sol com a peneira. Temos que repassar a realidade, porém, se trabalhava com possibilidades de novas oscilações positivas passando esse pico de ofertas na *janela* entre safras, principalmente da safra paulista e da safra do Nordeste. Diante disso, o nosso pessoal de campo que esteve fazendo o levantamento nessas respectivas regiões, apontam que vamos ter uma antecipação na safra paulista de novembro para outubro e, desta maneira, diminuindo a *janela* e dificultando uma recuperação nas cotações. 

Já sobre a safra do Nordeste, temos que esperar os próximos dias monitorando os fatores climáticos, porém, já se sabe que, se tudo ocorrer dentro da normalidade, vamos ter safra cheia, já que o plantio foi grande. É verdade que houve um atraso no plantio em algumas regiões a espera das primeiras chuvas, mas todo o trabalho de plantio praticamente foi finalizado durante a última semana.

Obs.: A safra que mas preocupa os produtores das regiões de GO, MG e entorno de Brasilia é, com certeza, a safra do Nordeste, já que uma safra cheia naquela região faz com que o Nordeste deixe de comprar de outras regiões.

FÉRIAS

Vamos ter uma queda significativa no consumo em virtude das férias escolares, e essa informação não é lenda, realmente temos uma queda significativa nesse período (julho).

FEIJÃO PRETO

Aumento no consumo. Recentemente recebemos uma informação reportada pelo Sr. Jerry (feijão Barão) de Goiânia nos reportando que na sua empresa o aumento foi na casa de 83% (oitenta e três por cento). Essa é uma informação bem relevante, já que um aumento no consumo dessa variedade representa um menor consumo do feijão "Carioca".

Obs.: Logicamente que essa porcentagem vai variar de empresa pra empresa, mas o aumento nas vendas do feijão preto é uma realidade e podemos afirmar que, no geral, o aumento fica em torno de 70% (setenta por cento).

CADEIA DE COMPRAS

É natural que na próxima semana toda a cadeia de compras saia fora do mercado. Vamos escutar muito a expressão "os compradores pularam no mato, ninguém quer feijão". Os compradores, melhor que ninguém, estão no campo todos os dias e sabem que vamos ter um aumento significativo na oferta nos próximos dias. Desta forma, ninguém vai querer correr o risco de comprar feijão na casa de R$ 400,00 (quatrocentos reais) a R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) a saca, sabendo que na próxima semana o feijão possa vir a ser comercializado entre R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) a saca.

JOGO DURO

Gostaríamos de informar principalmente ao produtor rural que terá feijão disponível para ser comercializado na próxima semana. Não será o momento de fazer jogo duro teremos dias ruins pela frente, para o mercado de feijão a coisa certa a fazer será, ver quem é o comprador que estará pagando o melhor preço e vender, ou seja, concretizar a venda.

IMPARCIALIDADE

Assim como anteriormente repassamos as informações com grande antecedência para todos que iria ocorrer um desabastecimento (falta) de feijão carioca no mercado, e que iria se vender feijão acima de *R$ 500,00 (quinhentos reais)* o saco, alertando o produtor rural a não vender, também temos a obrigação de informar com antecedência que o mercado vai recuar e vamos ter, sim, fortes oscilações negativas, principalmente a partir do dia 10 (dez) ao dia 15 (quinze) desse mês (julho). 

Estamos recebendo várias mensagens de produtores rurais dizendo que essas informações não poderiam ser repassadas. Nós gostaríamos de informar que o que tornou essa ferramenta a principal referência do mercado foi justamente a sua forma real e imparcial de repassar as informações, doa a quem doer. Vamos além, feijão somente atingiu índices históricos graças ao *APP DO FEIJÃO*, se não fosse essa ferramenta, jamais feijão passaria de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) o saco. Temos ciência que o informativo de ontem e essas informações que vão ser repassadas hoje vão repercutir muito negativamente no mercado, porém, são informações reais e repassadas de maneira imparcial, como sempre fizemos e vamos continuar a fazer.

Por: João Batista Olivi
Fonte: Notícias Agrícolas + Bolsinha

NOTÍCIAS RELACIONADAS

T&D - Íntegra do programa de 24/12/2024
Do Marco Temporal à Lei dos Bioinsumos, 2024 foi ano de grandes batalhas para o agronegócio em Brasília
Cenário futuro do milho é promissor, mas infraestrutura precisa acompanhar
Suzano vai elevar preços de celulose em todos os mercados a partir de janeiro
A grande volatilidade do mercado do café foi o maior desafio para a indústria cafeeira em 2024
Retrospectiva 2024: Emater impulsiona negócios de 844 famílias com o Fomento Rural em Goiás
undefined