Cadê a Ministra?
Após a declaração da ministra Kátia Abreu, afirmando que a contração dos financiamentos agrícolas cresceu 30% em julho, o Banco Central divulgou na quarta-feira (26) que os empréstimos rurais caíram 17% no primeiro semestre de 2015 (R$ 54,5 bi), em comparação ao mesmo período do ano passado (R$ 63,5 bi).
Além disso, o BC comunicou que as taxas de juros dos empréstimos destinados às pessoas físicas do setor subiram 37,3% em julho, ante o mês anterior. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 44,6%.
Diante desse cenário, o jornalista João Batista Olivi questiona qual o papel da ministra, já que a senadora mesmo antes de ser nomeada, era considerada por alguns um bom nome para assumir a pasta. No entanto, "ela deveria estar falando a linguagem do produtor, reivindicando e mostrando os fatos, não precisa querer enganar o povo", declara Olivi.
Ao contrário disso, Kátia Abreu declarou na terça-feira (25), após reunião com produtores agrícolas e representantes dos bancos privados e públicos para discutir o financiamento da safra, que "nada mais justo do que ouvir o choro. Ninguém chora sem motivo", ignorando todas as reivindicações apresentadas pelos produtores.
Por fim, João Batista ressaltou que ainda aguarda um posicionamento da ministra sobre as invasões de índios e do MST (Movimento do Trabalhador Rural Sem Terra) em diversas propriedades privados de todo o país.