Alta nos preços dos insumos , combustíveis, energia elétrica e salários vão exigir uma safra sem erros e com alta produtividade
Os custos de produção podem ficar mais caros na safra 15/16, segundo levantamento do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Mauro Osaki, pesquisador do centro conta que foram criados diversos cenários prováveis para as principais regiões do país.
Segundo ele em um cenário que o produtor estaria comprando com o dólar a R$ 3,25 e comercializando a soja no vencimento de março a U$ 9,40/bushel, a "quantidade de sacos de soja necessários para cobrir o custo operacional estaria em 44 sacos", explica.
Dessa forma, essas projeções mostram que na safra 15/16 o produtor terá poucas margens de erro, e com a necessidade de uma produtividade elevada.
No entanto, o grande desafio nesse cenário é realizar reduções em custos sem afetar a produtividade, haja vista que a valorização do dólar prejudica a compra de insumos para o cultivo da próxima safra. "E também contamos com um clima favorável, com poucos ataques de pragas e doenças", explica Osaki.
"Esse ano será bem mais complexo, em função desse cenário macro que deu um choque de última hora em todo mundo, e aquela tranquilidade que estávamos vivenciando até o final do ano passado, de repente começou esse volatilidade do câmbio e todas essas discussões que estamos vivenciando. Enquanto essa situação não se acomodar nos teremos essas volatilidades", explica o pesquisador.
Além disso, o produtor precisa estudar com serão suas ações, ou seja, com que valor de dólar comprar os insumos, e em que valor vender sua produção, para garantir o mínimo de remunerção.