USDA traz corte superficial de apenas 1 mi de t na safra de soja do Brasil, mas tira 3 mi do milho
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) conseguiu surpreender ainda mais o mercado e fez apenas um corte de um milhão de toneladas na safra de soja do Brasil de 157 para 156 milhões. O número surpreendeu o mercado diante de um corte tão superficial, porém, reage de forma ainda contida, variando de 3,75 a 5,50 pontos nos contratos mais negociados, por volta de 14h10 (horário de Brasília), com o março valendo US$ 11,85 e o maio, US$ 11,92 por bushel.
Para a Argentina, a produção foi mantida em 50 milhões de toneladas e a do Paraguai em 10,3 milhões. O relatório também manteve suas projeções para as importações de soja da China em 102 milhões de toneladas.
O USDA trouxe uma pequena mudança também em sua projeção para a safra mundial de soja 2023/24, de 398,98 para 398,21 milhões de toneladas, todavia, ampliou os estoques finais globais de 114,6 para 116,03 milhões de tonelada.
Soja EUA - No quadro norte-americano, os estoques finais subiram de 7,62 para 8,57 milhões de toneladas, enquanto as exportações foram revisadas para baixo, passando de 47,76 para 46,81 milhões de toneladas. O esmagamento ficou em 62,6 milhões.
MILHO MUNDO - Se no quadro brasileiro da soja poucas mudanças vieram para a soja, já no milho as mudanças feitas pelo USDA foram mais substanciais. Afinal, a produção foi revisada de 127 para 124 milhões de toneladas, os estoques finais - no ano safra americano - de 6,97 para 5,97 milhões e as exportações de 54 para 52 milhões de toneladas.
Já no cenário da Argentina, os números ficaram inalterados. A colheita de milho do país ainda é estimada pelo departamento em 55 milhões de toneladas, os estoques em 1,03 milhão e as exportações em 41 milhões de toneladas do cereal.
Para a Ucrânia, o USDA trouxe um aumento das exportações de milho - de 21 para 23 milhões de toneladas - e reduziu os estoques de 6,82 para 5,32 milhões.
Dessa forma, os estoques globais finais de milho passam de 325,22 para 322,06 milhões de toneladas, com uma safra mundial do cereal estimada em 1.232,57 bilhão de toneladas.
MILHO EUA - No cenário norte-americano, a mudança veio apenas no número dos estoques finais, que subiu de 54,91 para 55,17 milhões de toneladas.