USDA traz vendas semanais de soja e milho negativas para safra 2021/22; AMS está mais atrativa na soja
As vendas semanais de soja norte-americanas para exportação da atual temporada - e dessa vez as de milho também - vieram negativas de acordo com os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu boletim semanal nesta sexta-feira (8). De acordo com a equipe da Agrinvest Commodities, "a demanda foi muito fraca para todos os produtos, com uma queda na média móvel de quatro semanas para todos os grãsos, com exceção do trigo".
SOJA
Na semana encerrada em 30 de junho, as vendas da safra 2021/22 vieram negativas em 160,6 mil toneladas, mas ainda assim dentro do que o mercado esperava, uma vez que as expectativas variavam de negativas em 300 mil e positivas em 300 mil toneladas. A Holanda foi o principal destino. Assim, em toda temporada, os EUA já têm comprometidas 59,889,9 milhões de toneladas frente à estimativa total do USDA de 59,06 milhões de toneladas para o ano comercial.
Da safra nova, as vendas foram de 240,1 mil toneladas, também dentro do intervalo esperado de 100 mil a 300 mil toneladas. Destinos não revelados responderam pela maior parte do volume adquirido nos EUA.
"A China comprou um barco de soja no Uruguai, um na Argentina e dois no Brasil. A América do Sul continua mais barata em relação aos EUA para embarques de agosto a outubro", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest.
MILHO
Sobre o milho, o USDA informou as vendas negativas de 66,6 mil toneladas, enquanto o mercado esperava algo entre 200 mil e 500 mil toneladas. O México foi o principal destino do cereal americano, como tradicionalmente acontece. Assim, em todo ano comercial, o país já vendeu 60,357,3 milhões de toneladas, caminhando para se aproximar do total esperado pelo departamento americano de 62,23 milhões.
Da safra nova, as vendas foram vendidas 111,2 mil toneladas, também dentro do esperado que era de 0 a 300 mil toneladas. A China foi a principal compradora.