USDA informa nova venda de soja e volume passa de 1 mi de t na semana; China de volta
Os Estados Unidos venderam mais soja para a China nesta quinta-feira (24). De acordo com o anúncio diário do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), foram 392 mil toneladas da oleaginosa 2021/22, sendo 132 mil para a China e 260 mil para destinos não revelados.
Este é o terceiro anúncio da semana e com ele o volume total vendido pelos EUA para a nação asiática e mais destinos não revelados chega a 1,178 milhão de toneladas, depois de dois meses sem novos informativos.
Os chineses estão aproveitando as baixas recentes nos preços da soja e chegam por meio de suas estatais ao mercado de olho em mais produto para recompor suas reservas.
"Traders comentam sobre mais compras por parte da Sinograin, volumes de oito a dez barcos. As compras estão sendo destinadas para suas reservas", acredita a Agrinvest Commodities.
E não só as compras estão sendo feitas nos EUA, como no Brasil. De sexta (18) e terça-feira (22) cerca de 11 navios - ou cerca de 660 mil toneladas - de soja brasileira teriam sido comprados pela China, conforme informações apuradas junto à Pátria Agronegócios, também diante das cotações mais baixas sendo registradas nos últimos dias em função do recuo dos futuros na CBOT.
O Brasil segue apresentando soja mais competitiva em relação à norte-americana, pelo menos, até agosto, quando ainda conta, principalmente com prêmios mais baixos nos próximos meses. A partir de setembro, a situação começa a mudar.
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"O chinês está vendo nossa soja como uma barganha, está comprando o que há remanescente porque sabe que mesmo com a safra cheia nos EUA não será suficiente para atender toda a demanda asiática e internas no Brasil e nos EUA. O chinês agora é o puro reflexo de que os preços da soja estão baratos agora e eles estão voltando com compras cada vez mais agressivas", explica Matheus Pereira, diretor da Pátria.