Colheita de trigo evolui pouco no RS e atinge 7% das áreas; plantio de soja vai a 3%

Publicado em 28/10/2022 08:53 e atualizado em 28/10/2022 11:04

SÃO PAULO (Reuters) – A colheita de trigo alcançou 7% das áreas no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, avanço de 2 pontos percentuais no comparativo semanal considerado lento pela empresa de assistência técnica e extensão rural Emater-RS, que vê forte atraso em relação a anos anteriores.

No mesmo período da temporada passada, a colheita do cereal estava em 30% e a média histórica para esta época do ano é de 41%, conforme dados do órgão estadual.

“Um dos fatores para essa demora se deve à semeadura mais tardia em sucessão às lavouras de verão, que foram ressemeadas após o período de estiagem do último verão, que, por sua vez, atrasou as colheitas”, disse a empresa em análise.

Outro fator citado pela Emater é a desuniformidade na maturação das lavouras, que levou parte dos produtores a terem que aplicar herbicidas para uniformizá-la, e os produtos utilizados demandam um período de ação e de carência para a colheita, segundo a Emater.

Ainda assim, a empresa avalia que o potencial produtivo para as lavouras gaúchas de trigo, em geral, é excelente.

Mais cedo, nesta quinta-feira, a empresa de sensoriamento remoto EarthDaily Agro alertou para a previsão de uma queda de temperatura no Estado, o que pode refletir em alguma medida nas lavouras que estão sendo colhidas, embora os rendimentos até momento sejam positivos.

Entre os cultivos da safra 2022/23, que está sendo plantada, a Emater destacou que a semeadura de soja atingiu 3% das áreas, sem detalhar se há atraso ou antecipação comparada aos anos anteriores.

“A atenção de produtores está na finalização de regulagem das semeadoras, na continuidade do tratamento de sementes e na armazenagem de insumos nas propriedades”, disse.

Já para o milho verão, o plantio alcançou 73% das áreas, aumento de 3 pontos na semana. Os trabalhos estão adiantados ante os 68% da média histórica para o período, mas atrás dos 75%de um ano antes.

“O plantio de milho prosseguiu de maneira mais lenta, pois parte da área destinada ao cultivo será implantada após as operações de colheita e/ou o plantio de outras culturas, como é o caso de trigo e soja”, explicou a Emater.

Em parte do Estado, a ocorrência de chuvas volumosas tornou momentaneamente inapropriada a semeadura em função do alto teor de umidade nos solos, o que contribuiu para a lentidão na semeadura dos últimos dias.

Por outro lado, as chuvas beneficiaram o desenvolvimento e o aproveitamento de nutrientes suplementados em adubações de cobertura, completou a empresa.

(Reportagem de Nayara Figueiredo)

Fonte: Reuters

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