Lavouras de trigo apresentam bom desenvolvimento e boa sanidade de plantas no RS

Publicado em 15/09/2022 16:40 e atualizado em 15/09/2022 18:00

A estimativa de cultivo de trigo para a safra 2022 no Rio Grande do Sul é de 1.413.763 hectares. A cultura segue com excelente desenvolvimento, beneficiada pelo grande número de horas com insolação e pela ocorrência de chuvas em baixo volume. Esses fatores diminuíram o excesso de umidade na superfície das folhas e contribuíram para atenuar a proliferação de doenças foliares, mantendo a cultura com boa sanidade.

De acordo com o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (15/09) pela Emater/RS-Ascar, os cultivos apresentam 44% da área em fases vegetativas, e 56% estão em fases reprodutivas de floração e granação.

Com a evolução para os estágios reprodutivos, o aspecto visual é de maior uniformidade no porte das lavouras, que estão com grande densidade de espigas, conferindo um alto potencial produtivo. Ao entrar nessa fase de definição de produtividade, intensificam-se os cuidados de proteção das plantas, visando prevenir doenças foliares e da espiga, especialmente ferrugem e giberela. A produtividade estimada permanece em 2.822 kg/ha.

CULTURAS DE INVERNO

Canola - A estimativa de cultivo de canola no Estado para a safra 2022 é de 48.457 hectares. A produtividade estimada permanece em 1.885 kg/ha.

Na região de Santa Rosa, 25% das lavouras estão em fase de floração, 54% em fase de formação da síliquas e enchimento de grãos, 16% em maturação e 5% foi colhida. Estima-se uma redução de 3% em relação à expectativa inicial de produtividade de 1.731 kg/ha em decorrência das geadas ocorridas no final de agosto e da queda de granizo, que atingiram algumas lavouras. A aparência das lavouras remanescentes é boa, com sanidade e sem incidência significativa de pragas e doenças.

Na semana, prosseguiu a estratégia de suspender a aplicação de inseticidas em lavouras com a presença de abelhas. Segundo a área técnica da maior empresa compradora de grãos de canola na região, as lavouras conduzidas nessa condição da safra anterior apresentaram aumento de até 15% na produtividade, atribuídas à melhor polinização.

Cevada - A estimativa de cultivo de cevada no Estado para a safra 2022 é de 36.727 hectares. A produtividade estimada permanece em 2.958 kg/ha.

Aveia branca grãos - A estimativa de cultivo de aveia branca no Estado para a safra 2022 é de 392.507 hectares. A produtividade estimada permanece em 2.217 kg/ha.

CULTURAS DE VERÃO

Milho - A semeadura alcançou 35% da área projetada para esta safra, que foi favorecida pelo tempo mais seco e pelos teores de umidade adequados nos solos. A operação foi efetuada com baixo revolvimento dos solos no sulco de plantio e com excelente deposição e cobertura das sementes, permitindo maior uniformidade no estabelecimento das lavouras. No entanto, as lavouras ainda apresentam os estágios de germinação e de desenvolvimento vegetativo mais lentos em decorrência das baixas temperaturas e da formação de geadas pontuais.

No aspecto fitossanitário, foram realizados o monitoramento e o controle das cigarrinhas (Dalbulus maidis) para evitar danos diretos por esse inseto-praga e a disseminação da doença do enfezamento, que provoca grandes danos e perdas na produção.

A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha.

Milho silagem - A área estimada de milho destinado à silagem para a safra 2022/2023, no Rio Grande do Sul, é de 365.467 hectares. A produtividade estimada é de 37.857 kg/ha, e a produção projetada é de 13.835.615 toneladas.

OUTRAS CULTURAS

Girassol - Na regional de Santa Rosa, está em andamento o preparo das áreas para o plantio da nova safra de girassol 2022/2023, sendo que em São Luiz Gonzaga, Giruá e Entre-Ijuís já foram plantadas as primeiras lavouras, as quais estão em germinação e com boa população de plantas. A expectativa inicial de produtividade média para esta safra está em 2.000 kg/ha. O preço apresenta redução em relação à semana anterior, e está em R$ 168,00/sc. de 60 quilos.

BOVINOCULTURA DE CORTE

Com a grande oferta de forragens advindas das pastagens cultivadas, aumenta o número de animais em condições de abate, porém sem demanda do mercado. Muitos produtores estão pressionados a liberar as áreas de integração com lavoura. Com a grande oferta de animais no mercado, os preços continuam em queda.

As matrizes seguem em parição, e os maiores cuidados sanitários estão voltados para os manejos com terneiros recém-nascidos, assim como o controle do carrapato bovino, que já começa a aparecer novamente nos animais. As temperaturas contribuíram para o bem-estar dos animais a campo.

BOVINOCULTURA DE LEITE

A presença de boa luminosidade, de temperaturas amenas e de umidade no solo resultaram no excelente desenvolvimento das pastagens, mantendo a produtividade leiteira e reduzindo os custos de produção pelo baixo uso de rações proteinadas.

A redução da ocorrência das chuvas impactou positivamente na queda dos casos de mastite, além de permitir o acesso dos animais aos potreiros, sem maiores limitações relacionadas ao pisoteio.

Apesar de satisfeitos com os bons preços pagos, no momento, pelo litro do leite, os produtores estão apreensivos com a possibilidade de queda nos preços nos próximos meses.

APICULTURA

As condições do tempo favoreceram o trabalho das abelhas campeiras, assim como aumentaram a disponibilidade de floradas. Entre as atividades desenvolvidas pelos apicultores estão as revisões dos apiários, a realização de roçada ao redor das caixas e nos acessos aos apiários, a reforma de melgueiras, ninhos e caixilhos, o preparo de caixilhos com cera alveolada para substituição de quadros de ninho e melgueiras, a colocação de melgueiras nas colmeias fortes e as práticas para o controle de inimigos naturais e da pilhagem. Segue a captura de enxames e a sanidade das abelhas foi satisfatória, sem relatos de abelhas mortas nem desaparecimento de enxames.

Fonte: Emater/RS-Ascar

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