Rio Grande do Sul colhe 2% da área total cultivada com trigo

Publicado em 09/10/2020 16:36

As condições do tempo no período foram distintas no Estado na última semana. De acordo com o Informativo Conjuntural produzido pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), e publicado nesta quinta-feira (08/10), em algumas regiões, predominaram tempo seco, alta taxa de insolação, vento e grande variação de temperatura durante o dia. Tais variáveis diminuíram a umidade do solo e do ar, mas sem produzirem impacto expressivo para a cultura. Em outras, as chuvas regulares de baixa intensidade auxiliaram na elevação do teor de umidade do solo e contribuíram para melhoria dos cultivos. 

Na região Sul, a queda acentuada de temperatura provocou a formação de geada de fraca intensidade nas baixadas, que não chegou a prejudicar as plantas. Na região de Santa Rosa, 7% da área de trigo já está colhida; Frederico Westphalen, 8%; e Ijuí, 3%. No Estado todo, a área colhida representa ainda somente 2% do total cultivado. E 8% está em floração, 32% em maturação e 58% em enchimento de grãos. 

CULTURAS DE VERÃO

O tempo teve comportamento distinto nas diferentes regiões do Estado. Naquelas onde o tempo seco predominou, houve diminuição do desenvolvimento das culturas devido à redução da umidade do solo. Nas regiões onde ocorreram, as chuvas regulares elevaram o teor de umidade do solo, que associado à boa radiação solar e temperaturas na média elevadas, permitiram iniciar a semeadura da soja e favoreceram o desenvolvimento vegetativo do arroz, feijão e milho. 

OLERÍCOLAS

Na regional de Ijuí, a baixa umidade do ar e a elevação da temperatura na semana contribuíram para o bom desenvolvimento das olerícolas, mas foi necessário o uso intenso da irrigação.

CANA-DE-AÇÚCAR

Na regional de Porto Alegre, as renovações dos plantios da cana-de-açúcar já estão concluídas. As plantas estão em desenvolvimento vegetativo; com a chuva da semana, apresentam bom crescimento dos perfilhos e touceiras bem formadas. 

BOVINOCULTURA DE LEITE

Apesar do bom desenvolvimento das pastagens nas últimas semanas, o excesso de umidade do solo tem dificultado o manejo das áreas de pastoreio, principalmente nas áreas mais baixas. Pelo mesmo motivo, foi interrompido o preparo destas áreas para o plantio do milho silagem e das pastagens de verão. Grande parte dos produtores ainda aproveita as pastagens de inverno, em final de ciclo, sobretudo o azevém. Apesar das chuvas, os animais têm se recuperado dos períodos mais críticos, com melhoras aparentes na produção do leite, principalmente devido ao aumento das vacas em lactação. 
É importante observar que os produtores que produzem leite com o uso de pastagens dependem menos da suplementação alimentar com rações, obtendo maiores lucros com a atividade. O bom rendimento das pastagens permite oferecer aos rebanhos proteína de alta qualidade a custos mais baixos.

APICULTURA

As condições do tempo favoráveis aumentaram a atividade das abelhas, sendo possível observar a formação e a liberação de novos enxames, favorecendo a captura de novas colmeias. Alguns produtores relatam que as quedas de temperatura, juntamente com períodos de chuva, têm ocasionado a aceleração do final do ciclo de floradas que iniciaram mais cedo, dificultando a coleta do néctar e do pólen destas espécies. 
Em geral, as práticas realizadas pelos apicultores neste período são roçadas nos acessos e apiários, limpeza de melgueiras e caixilhos, coleta e raspagem de própolis, manutenção dos cavaletes ou suportes para instalação de caixas nos apiários, reforma de caixas e melgueiras, substituição de caixilhos de ninho (escuros) por caixilhos com lâmina de cera alveolada, substituição de caixas danificadas, revisão de enxames e instalação de melgueiras. Nos locais onde há disponibilidade de floradas, estão sendo realizadas coletas de mel, com destaque para floradas de citros, mirtáceas nativas, vassouras, eucaliptos e outras. 

PISCICULTURA

As chuvas que ocorreram nos últimos dias vêm contribuindo para o enchimento dos viveiros. Entretanto, a falta de luminosidade provocada pela sequência de chuvas e dias nublados pode provocar redução do oxigênio na água e consequente mortalidade súbita nos viveiros povoados. Nestes casos, os produtores vêm sendo orientados ao uso da aeração artificial, quando possível, como manejo preventivo. O aquecimento gradual da água dos tanques de recria tem proporcionado melhor alimentação dos peixes. A fase predominante da atividade é de adequação da qualidade da água para o período de recebimento dos alevinos e juvenis, que inicia em breve. 

Fonte: Sec. de Agricultura - RS

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