Cultura do trigo já está 6% em fase de floração
A maioria das lavouras de trigo no Estado encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo) e 6% na fase de floração. De acordo com o Informativo Conjuntural (IC) da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (15/08), a área inicialmente estimada para o cultivo da cultura é de 739,4 mil hectares, que corresponde a 37% da área de plantio brasileira com o grão. Na próxima edição do IC serão divulgados os impactos na lavoura da geada ocorrida nesta semana.
Já a área cultivada com canola no Estado corresponde a 92,9% da área estimada pela Conab para o Brasil (agosto/2019). A estimativa da Emater/RS-Ascar para o plantio de canola nesta safra é de 32,7 mil hectares, com rendimento médio de 1.258 quilos por hectare. Entre as lavouras do Estado, 41% delas se encontram na fase de desenvolvimento vegetativo, 22% em floração, 36% na fase de enchimento do grão e 1% maduro por colher. As regiões da Emater/RS-Ascar principais produtoras dessa oleaginosa são Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria e Bagé.
E a área cultivada com cevada no Rio Grande do Sul corresponde a 36,6% da área estimada pela Conab para o Brasil (agosto/2019). A estimativa da Emater/RS-Ascar para a área implantada com a cultura é de 42,4 mil hectares, com rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. Em 91% das lavouras, a fase é de desenvolvimento vegetativo e 9% delas estão em fase de floração.
A área estimada com plantio de aveia branca para grão é de 299,86 mil hectares, com produtividade esperada de 2.006 mil hectares. A área cultivada com aveia no Estado corresponde a 78,8% da área estimada pela Conab para o Brasil (agosto/2019). No Estado, 51,7% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 31% em floração, 17% na fase de enchimento do grão e 0,3% maduro por colher.
Na região do Vale do Caí, foi finalizada a colheita das cultivares de bergamotas Ponkan e Pareci. Ainda resta colher a Montenegrina e o tangor Murcott, híbrido de bergamota com laranja, também conhecido por Morgote, cujo início de colheita foi registrado em São Sebastião do Caí.
Em Ibiraiaras, no Nordeste do RS, produtores de batata continuam preparando o solo e realizando o plantio da safra de primavera. Comercialização concluída. Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, foi finalizada a entrega de sementes encomendadas. Agricultores seguem forçando a brotação para plantio. Na região Sul, a colheita foi concluída, com boa produtividade. Seguem a encomenda de tubérculos sementes e o preparo das áreas para o plantio da nova safra em setembro.
Na região Nordeste, com o plantio da cebola concluído, as lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo; clima e desenvolvimento das culturas normais na semana. Na região Sul do RS, o transplante de mudas foi intenso na semana e avançou 20%, totalizando 55% da área, um pouco atrasado em razão das chuvas que acontecem semanalmente, acarretando alta umidade no solo. As lavouras apresentam bom desenvolvimento. Os produtores seguem realizando o preparo das áreas e a limpeza dos canais de dreno.
Nas pastagens cultivadas de inverno, produtores realizam manejo do pastoreio com adequações de carga animal e subdivisões de áreas para melhor aproveitamento das forragens pelas diferentes categorias animais e para melhor padronização das pastagens. A cultura do azevém está sob os efeitos das baixas temperaturas e das chuvas excessivas, com baixo crescimento. Mas a boa umidade do solo e a tendência de aumento de luminosidade na segunda quinzena de agosto deverão melhorar o quadro em geral.
As condições climáticas deste período, com a presença do frio e das geadas, resultam em maior demanda de energia pelos animais para manutenção da temperatura corporal; isto requer ações dos produtores como adequações da carga animal, utilização de sal mineral proteinado, rações e suplementações animais para garantir a nutrição dos rebanhos.
Na região de Erechim, as temperaturas amenas da última semana não causaram nenhuma baixa na população piscícola regional. Já na região de Passo Fundo, os frios intensos de julho provocaram morte de peixes, principalmente pela ocorrência de íctio e de doenças oportunistas associadas; essa situação pode se agravar pela baixa qualidade da água dos açudes. Também na região de Santa Rosa, os técnicos da Emater/RS-Ascar estão orientando os piscicultores a não realizarem o repovoamento dos açudes em função das condições atuais de queda de temperatura ambiental. Não há registros de mortalidade de peixes pelo frio.