Alemanha se prepara para grande safra de trigo enquanto se recupera da seca de 2018

Publicado em 03/07/2019 10:27

HAMBURGO (Reuters) - A Alemanha está a caminho de registrar uma grande safra de inverno (no hemisfério norte) de trigo em 2019, depois que a seca causou danos massivos no ano passado, disse a associação dos agricultores alemães DBV nesta quarta-feira.

A Alemanha colherá cerca de 24,1 milhões de toneladas de trigo de inverno, acima da pequena safra de 19,6 milhões de toneladas registrada do ano passado, disse a DBV em seu primeiro relatório de colheita deste ano.

A safra de colza de inverno deverá cair para 3,1 milhões de toneladas, ante 3,7 milhões de toneladas no ano passado, devido a uma redução acentuada na área semeada após um outono difícil para as condições de semeadura na Alemanha.

A Alemanha é o segundo maior produtor de trigo da União Europeia depois da França e, em muitos anos, o maior produtor de colza da UE, a principal oleaginosa da Europa para a produção de óleo comestível e biodiesel.

A safra de grãos de todos os tipos em 2019 aumentará para cerca de 47 milhões de toneladas, um aumento de cerca de 9 milhões de toneladas em relação a 2018, disse a associação.

O impacto contínuo da seca de verão (no hemisfério norte) de 2018 dificultou a semeadura no outono de 2018, já que os campos ainda estavam muito secos, disse a associação.

As safras alemãs se beneficiaram da chuva generalizada em maio deste ano. No entanto, uma onda de calor em grande parte do país no fim de junho e início de julho pode ter estressado algumas safras de grãos, disse.

(Por Michael Hogan)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Clima desafia safra de trigo com incertezas na qualidade da produção nacional
Rússia diz que a colheita deste ano é de cerca de 85 milhões de toneladas de trigo até agora
Trigo/Cepea: Cereal cai com força neste início de outubro
StoneX: Clima reduz produtividade de trigo 2024/25 no Brasil para 7,89 mi ton
Egito planeja grandes economias na importação de trigo, dizem fontes
Trigo perde produtividade no Sul do Brasil e produtores veem dificuldade para cobrir custos