Câmara Setorial do Trigo emite nota técnica de boas práticas para redução da micotoxina DON
A Câmara Setorial do Trigo, coordenada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), divulgou nesta terça-feira (25) uma Nota Técnica com orientações sobre a micotoxina Deoxynivalenol (DON). Essa substância química é produzida durante o processo de infecção e colonização do fungo Fusarium graminearum nas espigas do trigo, principalmente na fase de florescimento, causando a doença conhecida como giberela do trigo.
A micotoxina é causadora de problemas de saúde em animais e humanos devido a sua ingestão na dieta. Por se tratar de questão de saúde humana e animal, o consumo de trigo e seus subprodutos, como farinhas, massas e outros com presença de DON, tem sido tema de debate nos principais países produtores e consumidores de trigo em todo o mundo. O tema dessas discussões é a definição de limites máximos toleráveis (LMT) de consumo de DON e medidas de manejo para redução do contaminante em pré e pós-colheita.
No Brasil, a Anvisa promulgou em janeiro deste ano o novo LMT de DON nos grãos de trigo para processamento (3.000 ppb), na farinha branca (750 ppb) e na farinha integral (1000 ppb). O trigo não é o único, outros cultivos, como milho e amendoim, têm outras micotoxinas e outros níveis a serem respeitados.
Com a atual legislação brasileira regulando o LMT de DON, é de suma importância que a cadeia produtiva tritícola trabalhe de forma unida e conjunta para atender a estes limites estabelecidos.
Com a nota técnica, a Câmara Setorial do Trigo da Seapdr pretende esclarecer e divulgar as boas práticas de manejo de controle da giberela no campo e práticas de beneficiamento de grãos pós-colheita que contribuirão para a redução dos níveis de DON nos grãos de trigo e consequentemente em seus subprodutos.