Alta do petróleo evita perda mais expressiva e açúcar fecha 6ª feira (22) com variações mistas

Publicado em 22/11/2024 16:20
Semana encerra com oscilações próximas da estabilidade

Os fundamentos do mercado de açúcar têm sido mistos e as variações ao longo desta semana vieram de fatores externos. Enquanto no Brasil as chuvas mantêm colheita e moagem em ritmo baixo, a precipitação em áreas de canaviais do país também pode impulsionar a produção no próximo ano, como destaca Jack Scoville, analista da The Price Futures Grop. Assim, as altas do dólar foram decisivas para movimentos de baixa nas últimas sessões, interrompidos ou amenizados após um avanço na cotação do petróleo nesta sexta-feira (22).

Na segunda-feira (18), os preços chegaram a registrar altas bastante expressivas, após projeção da Wilmar International  para o fechamento de usinas no Brasil, o que reduz a produção no país. Outro fator que teve interferência nas cotações foram as discussões envolvendo a EUDR (European Union Deforestation Regulation), a lei antidesmatamento da União Europeia.

Porém, ao longo dos dias seguintes, entre a terça-feira (19) e a quinta-feira (21), a alta do dólar em relação ao real foi decivisa para ampliar a força das baixas, como destacou o Barchart: “as perdas no açúcar aceleraram depois que o real brasileiro ( ^USDBRL ) caiu para uma baixa de 2 semanas em relação ao dólar, encorajando a venda de exportação pelos produtores de açúcar do Brasil”.  

Agora, nesta sexta-feira, o portal internacional destaca o avanço do petróleo como responsável por elevar as cotações: “Os preços do açúcar hoje estão moderadamente altos, já que os preços do petróleo bruto (CLF25) subiram mais de +1% para uma alta de 2 semanas. Preços mais altos do petróleo bruto beneficiam o etanol e podem levar as usinas de açúcar do mundo a desviar mais moagem de cana para a produção de etanol do que de açúcar, restringindo assim os suprimentos de açúcar”, destaca o Barchart.

Em Nova York, o contrato março/25 encerrou esta sexta-feira com leve queda de 0,02 centavos (-0,09%), negociado a 21,36 centavos/lbp. O maio/25 apresentou alta de 0,05 centavos (+0,25%), finalizando a 20,03 centavos/lbp. O julho/25 subiu 0,08 centavos (+0,41%), cotado a 19,37 centavos/lbp, enquanto o outubro/25 avançou 0,09 centavos (+0,47%), fechando em 19,25 centavos/lbp.

Na semana, o março/25 recuou 0,22 centavos (-1,02%), partindo de 21,58 centavos/lbp na segunda-feira (15). O maio/25 teve leve queda de 0,07 centavos (-0,35%), enquanto o julho/25 subiu 0,01 centavos (+0,05%). O outubro/25 apresentou alta de 0,03 centavos (+0,15%).

Na Bolsa de Londres, o março/25 terminou o dia com ligeira queda de US$ 0,20 (-0,04%), cotado a US$ 553,60 por tonelada. O maio/25 registrou alta de US$ 1,20 (+0,22%), sendo negociado a US$ 550,00 por tonelada. O agosto/25 subiu US$ 1,80 (+0,33%), fechando a US$ 539,20 por tonelada, enquanto o outubro/25 avançou US$ 2,00 (+0,38%), finalizando a US$ 528,70 por tonelada.

Na semana, o março/25 caiu US$ 1,40 (-0,25%) em relação aos US$ 555,00 registrados na segunda-feira (15). O maio/25 recuou US$ 0,80 (-0,15%), enquanto o agosto/25 avançou US$ 1,50 (+0,28%). Já o outubro/25 subiu US$ 2,00 (+0,38%).

 

Mercado interno

No mercado físico, conforme mostra o indicador Cepea Esalq, em São Paulo, o açúcar cristal branco teve uma redução de 0,20%, e está cotado em R$ 167,83/saca. O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 158,44/saca, após desvalorização de 0,33%. O cristal empacotado vale R$ 17,2417/5kg. O refinado amorfo está cotado em R$ 3,8820/kg. O VHP tem preço de R$ 111,81/saca.

Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 155,90/saca. Na Paraíba, a cotação é de R$ 158,25/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 151,57/saca.

Por: Igor Batista
Fonte: Notícias Agrícolas

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