Possibilidade de chuvas atrapalharem colheita de cana eleva futuros do açúcar nesta 5ª feira (31)
Por conta da preocupação de que chuvas pesadas que estão previstas para o Centro-Sul do Brasil possam trazer um atraso à colheita da cana-de-açúcar em algumas regiões, os preços futuros do açúcar subiram de forma expressiva nesta quinta-feira (31), sobretudo na Bolsa de Nova York, onde os ganhos superaram 2% entre os principais contratos.
“Os preços do açúcar hoje subiram para máximas de 2 semanas devido à preocupação de que a previsão de chuvas pesadas para o Brasil pode atrasar a colheita de cana-de-açúcar do país e manter os suprimentos de açúcar apertados no curto prazo. O meteorologista Climatempo prevê hoje chuvas pesadas para o Centro-Sul do Brasil, a principal região produtora de açúcar do país, a partir deste sábado”, destaca o Barchart.
Essa condição já havia sido relatado nesta semana ao Notícias Agrícolas pelo presidente do Sindicato Rural de Nuporanga/SP, Vinícius Bocalon. “O pessoal vai ter que terminar essa colheita de cana que está bem atrasada aqui na região. E não é uma usina ou outra não, é o complexo, é uma união de todas as usinas que está bem atrasada mesmo. Engraçado que foi um ano seco. Agora que a gente está vendo o regime de chuva se normalizar, que ficam dois, três dias sem parados e volta a colher”, relatou em entrevista ao Realidades da Safra.
Com isso, no fechamento desta terça-feira, o contrato março/25 de Nova York subiu 0,52 centavos (+2,34%), sendo cotado a 22,74 centavos/lbp. O maio/25 avançou 0,48 centavos (+2,33%), fechando a 21,05 centavos/lbp. O julho/25 registrou um aumento de 0,41 centavos (+2,09%), negociado a 20,07 centavos/lbp, enquanto o outubro/25 teve uma alta de 0,40 centavos (+2,06%), encerrando o dia a 19,79 centavos/lbp.
Na Bolsa de Londres, em dezembro/24 registrou uma alta de US$ 6,60 (+1,16%), sendo negociado a US$ 576,50 por tonelada. O março/25 subiu US$ 8,30 (+1,44%), cotado a US$ 585,20 por tonelada. O maio/25 teve um ganho de US$ 9,40 (+1,65%), fechando a US$ 578,40 por tonelada, enquanto o agosto/25 subiu US$ 8,60 (+1,56%), fechando a US$ 559,70 por tonelada.
Outubro encerra sem grandes variações de preços
O mês de outubro chegou ao fim com pequenas variações das cotações. Em Nova York, no acumulado do mês, o contrato março/25 avançou avançado 0,27 centavos (+1,20%) desde os 22,47 centavos/lbp em 30 de setembro. O maio/25 manteve-se estável em 21,05 centavos/lbp. O julho/25 registrou uma leve queda de 0,05 centavos (-0,25%), ao começar o mês a 20,12 centavos/lbp. Já em outubro/25 caiu 0,10 centavos (-0,50%), partindo de 19,89 centavos/lbp.
Em Londres, o contrato dezembro/24 caiu US$ 1,00 (-0,17%) ao longo de outubro, partindo de US$ 577,50 por tonelada. O março/25 registrou um aumento de US$ 4,00 (+0,69%), subindo de US$ 581,20 por tonelada. O maio/25 ganhou US$ 6,10 (+1,07%), iniciando o mês a US$ 572,30. O agosto/25 subiu US$ 4,00 (+0,72%), partindo dos US$ 555,70 por tonelada.
Mercado interno
Segundo as informações do indicador Cepea Esalq, o açúcar cristal branco, em São Paulo, teve alta de 1,41% e passou a ser cotado em R$ 162,28/saca . O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 160,12/saca, após valorização de 1,80%. O cristal empacotado, em São Paulo, permanece em R$ 16,1799/5kg, o refinado amorfo segue cotado em R$ 3,6127/kg e o VHP continua com preço de R$ 112,81/saca.
Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 157,28/saca. Na Paraíba, a cotação é de R$ 158,25/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 151,57/saca.