Açúcar cai nesta 2ª feira com baixa do petróleo e pressão da produção no Brasil
Na tarde desta segunda-feira (28), os preços futuros do açúcar seguem em queda nas bolsas de Nova York e Londres. O adoçante tem pressão negativo no início desta semana pela redução das cotações do petróleo, que caem mais de 5%, e nos recentes dados de produção no Brasil.
“Os preços do açúcar na sexta-feira se estabilizaram mais baixos devido à produção de açúcar acelerada no Centro-Sul do Brasil, a maior região produtora de açúcar do país. A Unica relatou na sexta-feira que a produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil durante a primeira quinzena de outubro aumentou +8% a/a para 2,443 MMT. Além disso, a produção acumulada de açúcar do Centro-Sul de 2024/25 até a primeira quinzena de outubro aumentou +1,9% para 35,591 MMT”, destaca o Barchart.
Por volta das 12h30 (horário Brasília), o contrato março/25 caía 0,14 centavos, sendo cotado a 22,00 centavos/lbp. O maio/25 recuava 0,11 centavos, negociado a 20,34 centavos/lbp. O julho/25 tinha uma baixa de 0,11 centavos, com valor de 19,46 centavos/lbp, enquanto o outubro/25 perdia 0,11 centavos, cotado a 19,24 centavos/lbp.
Na Bolsa de Londres, o dezembro/24 recuava US$ 5,80, sendo cotado a US$ 560,40 por tonelada. O março/25 caía US$ 6,10, negociado a US$ 568,70 por tonelada. O maio/25 registrava uma perda de US$ 4,00, com valor de US$ 562,70 por tonelada, enquanto o agosto/25 recuava US$ 2,10, cotado a US$ 546,80 por tonelada.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta segunda-feira, Arnaldo Antônio Bortoletto, vice-presidente da Coplacana, destacou que a cana-de-açúcar neste ano foi prejudicada pela falta de chuva, porém, para levar para a usina, é muito bom o tempo seco, pois a safra não para. Ele afirma que por esse motivo já foi moída mais cana na comparação com o mesmo período de 2023, porém ele aponta que a safra será mais curta e indústria encerrará as atividades já em novembro.
Além disso, ele apontou também que, principalmente na região de Ribeirão Preto, as lavouras foram muito afetadas pelas queimadas e, por isso as usinas tiveram que fazer uma ajuda mútua para colher a cana rapidamente. O tempo seco, segundo ele, também deve fazer com que o início do próximo plantio também seja prorrogado. Assim, o Brasil deve ter um período prolongado de entressafra.