UDOP manifesta repúdio com inverdades divulgadas por Coordenadora do INPE sobre fogo na cana
Nota de Repúdio – UDOP
Diante das declarações da Coordenadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Luciana Gatti, no Programa Especial de Domingo da GloboNews, exibido em 15 de setembro, a diretoria da UDOP - União Nacional da Bioenergia, em nome de suas mais de 80 associadas localizadas em 11 estados brasileiros e na Argentina, expressa seu repúdio pela disseminação de desinformação sobre um tema sensível para o setor e, especialmente, para a sustentabilidade.
A afirmação de que o uso do fogo para despalhar a cana-de-açúcar é benéfico ao setor não corresponde à verdade e ignora os esforços do segmento, que, por meio do Protocolo Etanol Mais Verde, antecipou em mais de uma década a eliminação dessa prática. Atualmente, mais de 99,9% da cana no estado de São Paulo é colhida mecanicamente.
Há muitos anos, a entidade vem se dedicando à consolidação do Plano de Auxílio Mútuo (PAM), envolvendo dezenas de associadas e estabelecendo uma ampla rede de assistência compartilhada. Essa rede realiza treinamentos e simulados frequentes com o objetivo de capacitar brigadas e equipes no combate eficaz a incêndios acidentais ou criminosos.
O uso do fogo, hoje, é amplamente prejudicial a toda a cadeia produtiva. A Campanha Zero Incêndios, realizada há mais de 5 anos pela UDOP, tem como mote nesse ano de 2024 o alerta que "Fogo Mata – a natureza, a biodiversidade, a vida".
Dessa forma, recebemos com perplexidade as declarações, que desconsideram os esforços empreendidos e o grande prejuízo enfrentado, uma vez que os incêndios atuais afetam diversas fases de desenvolvimento dos canaviais, desde as soqueiras até a cana-planta.
Reafirmamos nosso compromisso de continuar trabalhando incansavelmente em defesa da natureza e da vida, mantendo nossa dedicação à sustentabilidade do setor e respeitando rigorosamente os compromissos assumidos de não utilizar fogo no despalhe da cana. Além disso, colaboramos com as autoridades competentes para identificar os responsáveis pelos incêndios criminosos que vêm devastando milhares de hectares de canaviais e áreas de mata nativa.
Araçatuba/SP, 17 de setembro de 2024