Açúcar sobe pela 5ª sessão consecutiva em NY e alta acumulada ultrapassa 10%
Nesta terça-feira (27), mais uma vez os preços do açúcar registraram altas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. Com isso, o adoçante acumula a quinta sessão consecutiva com resultado positivo, o que resultou em um avanço superior a 10% com comparação com a terça-feira (20) entre os principais contratos de Nova York.
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Na bolsa norte-americana, o contrato outubro/24 fechou esta terça-feira com alta de 0,56 cents (2,94%), e chegou a 19,60 cents/lbp. O março/25 também registou um aumento de 0,56 cents (2,89%) e passou a valer 19,93 cents/lbp. O maio/25 encerrou o dia contado em 19,20 cents/lbp, com avanço de 0,49 cents (2,63%).
Assim, o contrato outubro/24 de Nova York, que na última terça-feira, antes da sequência de altas, valia 17,57 cents/lbp, teve uma alta de 11,5%. O contrato março/25 fechou em 17,57 cents/lbp no dia 20 e acumulou avanço de 11,21% desde então. O maio/25 ganhou 10,07% nesse período, após partir de uma cotação de 17,37 cents/lbp.
Bolsa de Londres
Após não ter sessão na segunda-feira por conta de um feriado bancário no Reino Unido, o açúcar branco na Bolsa de Londres iniciou os trabalhos da semana nesta terça-feira com altas superiores a 4% entre todos os contratos mais negociados.
O outubro/24 fechou com uma alta de US$ 22,30 (4,24%) e passou a valer US$ 548,00/tonelada. O contrato dezembro/24 subiu US$ 21,90 (4,27%) e foi a US$ 534,60/tonelada. O março/25 encerrou o dia cotado em US$ 531,20/tonelada, ganho de US$ 23,10 (4,55%). O maio/25 terminou a sessão com elevação de US$ 22 (4,35%), com valor de US$ 527,50/tonelada.
Avanços consecutivos
Segundo informações de especialistas, os incêndios no Brasil, que atingiram lavouras de cana-de-açúcar, são o fator que está impulsionando os preços. “A Green Pool Commodity Specialists disse que até 5 MMT de cana-de-açúcar podem ter sido perdidos devido aos incêndios”, escreveu o Barchart nesta terça-feira.
A alta já vinha se acumulando desde meados da última semana, por conta de uma redução da expectativa da produção de açúcar pela Conab na comparação com o relatório anterior, antes mesmo da questão dos incêndios atingiram maiores proporções.
“Os preços do açúcar subiram acentuadamente desde a última quinta-feira, quando a Conab, agência de previsão de safra do governo brasileiro, cortou sua estimativa de produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil 2024/25 para 42 MMT de uma previsão anterior de 42,7 MMT, citando menores rendimentos de cana-de-açúcar devido à seca e ao calor excessivo”, apontou o Barchart.
Mercado interno
No Brasil, o açúcar crista tem alta de 1,55% e chegou a R$ 131,72/sc no indicador Cepea/Esalq. O açúcar crista empacotado caiu 0,43% e vale R$ 15,1970/5kg. O açúcar refinado amorfo vale R$ 3,3767/kg, redução de 0,23%.