Bebedouro abre os levantamentos de custos de produção da cana-de-açúcar em São Paulo
No último dia 16 de julho, o Sindicato Rural de Bebedouro reuniu presencialmente, em sua sede, um grupo de produtores para levantar o custo de produção da cana-de-açúcar na região, referente à safra 2024/25. O levantamento faz parte do Projeto Campo Futuro, da CNA, que conta com a parceria da Faesp, Sindicatos Rurais e o Pecege. O relatório final deve sair em torno de 20 dias.
Além da presença do presidente do Sindicato Rural de Bebedouro e membro da Comissão Técnica de Cana-de-Açúcar e Energia Renovável da FAESP, José Osvaldo Junqueira Franco, e do suplente da diretoria do Sindicato Rural, João Rosetti Neto, participaram da reunião fornecedores de cana e técnicos da Canaoeste, Coopercitrus e Coplana de Colina. Segundo Franco, a reunião foi marcada por discussões técnicas de alta qualidade e uma participação ativa dos produtores. “Foi muito produtiva e esperamos que mais encontros como esse aconteçam”, avalia.
O que se pode apurar, de modo preliminar, foi a produção de cana-de-açúcar desenvolvida na propriedade modal da região de Bebedouro apresentando resultados de margens e lucro mais favoráveis, quando feita a comparação com outras localidades que fazem parte do levantamento do Campo Futuro e cujas margens estão mais pressionadas ou negativas devido ao impacto maior do custo de oportunidade (terra e capital) sobre o custo total da atividade.
Isso se explica, em parte, em função da maior longevidade do canavial e o deslocamento que há do custo de formação do canavial para o arrendamento. Foi comentado que muitos produtores arrendam suas terras para a reforma pela soja ou pelo amendoim, o que ajuda a diluir o custo de formação do canavial. O subsídio que os produtores recebem nas operações de CTT (corte, transbordo e transporte) e a maior concorrência pela matéria-prima entre as usinas, que se concentram no entorno, são algumas das particularidades do sistema de produção da cana-de-açúcar da região. Além desses fatores, contribuiu também para os resultados a previsão de um valor de R$ 1,19 por kg de ATR no final da safra.
A propriedade modal da região de Bebedouro, definida pelos participantes, foi uma área produtiva própria de 150 hectares, com produção de 78,00 t/ha, seis cortes por ciclo de vida da planta e 138,00 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar. O sistema de remuneração mais comum é pelo Consecana puro.
Este foi o primeiro levantamento para a safra 2024/2025 no estado de São Paulo, com próximos encontros agendados para o final de julho e início de agosto em Novo Horizonte, Penápolis e Morro Agudo.
Cronograma dos próximos encontros:
Novo Horizonte : 30 de julho
Penápolis: 31 de julho
Morro Agudo: 1 de agosto