Com dados do Brasil em evidência, açúcar tem semana de pressão
O mercado do açúcar encerrou a semana apenas com ajustes técnicos para os preços nos terminais internacionais. Monitorando as principais origens e com a expectativa de uma oferta mais ampla, a semana foi marcada por pressão nos preços.
Em Nova York, o tipo bruto teve queda de 1,09% e encerrou valendo 18,13 cents/lbp. Já na Bolsa de Londres, o tipo branco teve queda de 0,28% e encerrou sendo negociado por US$ 514,50 a tonelada.
"O açúcar de NY caiu na quinta-feira para a mínima de 1 ano e meio no futuro mais próximo, e o açúcar de Londres caiu para a mínima de 1 ano e meio devido às perspectivas de ampla oferta global de açúcar", acrescenta a análise do site internacional Barchart.
A Unica informou na quarta-feira que a produção de açúcar do Brasil na segunda quinzena de abril saltou + 84,0%. Além disso, o mercado segue monitorando também as condições atuais da Índia - que também deve ter uma recuperação na produção.
No mercado interno, o preço do açúcar teve leves baixas no último dia de negoicação, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista encerrou valendo R$ 137,84 - com queda de 1,28%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a r$ 177,42 - sem variações, de acordo com dados da Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de negociação de apuração o preço FOB a US$ 19,34 - registrando queda de 1,69%.
INCERTEZAS CLIMÁTICAS
Em pleno outono as temperaturas estão elevadas em todo o país. Só em 2024 já foram registradas ao menos quatro ondas de calor em importantes áreas de produção agrícola. O agronegócio brasileira busca soluções para as adversidades climáticas que atingem as mais diversas culturas, inclusive a cana-de-açúcar.
De acordo com Arnaldo Antonio Bortoletto, vice-presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Cocaplana), a safra está andando com bom rendimento, mas existe no setor a preocupação com a cana-de-açúcar plantada de 18 meses, que pode não brotar devido à falta de chuvas. "A cana-soca, que está colhendo, também necessida de umidade para vegetar, e a estiagem prolongada há mais de 30 dias prejudica seu crescimento", afirma.