Calor excessivo coloca setor da cana-de-açúcar em alerta no Brasil
Em pleno outono as temperaturas estão elevadas em todo o país. Só em 2024 já foram registradas ao menos quatro ondas de calor em importantes áreas de produção agrícola. O agronegócio brasileira busca soluções para as adversidades climáticas que atingem as mais diversas culturas, inclusive a cana-de-açúcar.
De acordo com Arnaldo Antonio Bortoletto, vice-presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Cocaplana), a safra está andando com bom rendimento, mas existe no setor a preocupação com a cana-de-açúcar plantada de 18 meses, que pode não brotar devido à falta de chuvas. "A cana-soca, que está colhendo, também necessida de umidade para vegetar, e a estiagem prolongada há mais de 30 dias prejudica seu crescimento", afirma.
A Coplacana tem atuação em cinco estados brasileiro. As condições climáticas adversas são observadas em todas elas. Em Minas Gerais e Goiás, por exemplo, as chuvas aconteceram, mas ainda há necessidade de mais água. O cenário ficou ainda mais crítico com o bloqueio atmosférico das últimas semanas, que concentrou as chuvas no Sul do país e impediu o avanço da umidade para outras áreas.
"O calor excessivo sempre será prejudicial para as lavouras, principalmente para as mais sensíveis. Neste momento, as folhas da cana-de-açúcar, por exemplo, estão fechados devido à insolação intensa em um período este que, geralmente, já está mais frio", acrescenta.